domingo, 26 de janeiro de 2014

Ex-prefeito Lisboa está firme no projeto de ser deputado

Arrolado em dívidas, com bens tomados por agiotas e podendo ser preso a qualquer momento em virtude dos inúmeros desvios de dinheiro dos cofres públicos feitos durante os dois mandatos que esteve à frente da administração municipal, o ex-prefeito de Bacabal, Raimundo Nonato Lisboa, aquele mesmo que despachava com assessores e secretários entre cartas de baralho e garrafas de whisky importado, parece que ainda sente a falta daquela época de muita extravagância, luxo e vida mansa.
Desde que colocou os pés definitivamente fora do “Palácio das Bacabas” Raimundinho não soube mais o que é passar da cabeça da ponte do Rio Mearim para fazer uma daquelas viagens para as mais diversas cidades turísticas Brasil afora.
Assistir corridas de Fórmula 1, em São Paulo; jogos do Flamengo no Maracanã e desfile das Escolas de Samba, no Rio de Janeiro, foram alguns dos passeios feitos por ele, esposa e um bom número de jogadores de carteado que diariamente viam, sentados com ele, ao redor de uma mesa, o sol nascer de segunda à sexta.
Obviamente que nessas viagens, além dos hotéis luxuosos, a “caravana da alegria” frequentava os melhores restaurantes e lojas de grife.
Sem esquecer que nos finais de ano as paradisíacas praias cearenses e o Beach Park eram destinos certos.
Nessas idas e vindas, o ex-prefeito acabou se desacostumando da realidade que nos cerca. Para amenizar seu “sofrimento” Raimundinho adquiriu, por uma fortuna, a mansão onde até hoje mora com a família, na rua Magalhães de Almeida. Lá também continua jogando seu carteado, porém, sem direito àquelas rodadas de apostas volumosas em que ele mesmo distribuía aos demais o dinheiro a ser colocado na mesa.
Para não estressar, comprou fazendas, e nelas construiu outras mansões dignas das novelas globais. Era para lá que se dirigia nos finais de semana.
Os secretários, assessores e, principalmente os credores, coitados. Eram obrigados gastar seu tempo e combustível indo a uma dessas mansões e esperar horas e horas para ser atendidos.