Assessora de Desembargador é acusada de usar Policial para cobrar dívida 'na marra'
Publicada em 21/05/2014
A cobrança de uma dívida poderia ter terminado em tragédia na cidade de Bacabal. O caso é grave e envolve uma empresária da cidade, a assessora informal de um desembargador e um policial militar do Amazonas.Gisele Veloso é assessora do desembargador Guerreiro Júnior em Bacabal. É ela a responsável pela organização de eventos na mansão do magistrado. A família de Gisele é proprietária da Mecânica Veloso, uma casa de venda de peças para veículos. É contra Gisele que pesa a acusação de ter ido cobrar uma dívida a um caminhoneiro da cidade, acompanhada do policial militar do Amazonas, Adalberto Coutinho Ferreira.
O caso aconteceu na tarde da terça-feira, quando a moça foi até a casa do caminhoneiro Moisés das Chagas Silva, na rua Carlos Pereira, no centro da cidade. O caminhoneiro alega que foi ameaçado por perceber que o policial estava armado. Além disso, diz Moisés que Gisele e sua genitora afirmaram que a dívida a partir daquele instante não pertencia mais a elas e sim ao policial. Segundo Moisés, até o valor do débito está errado, ele afirma que deve 6 mil reais e a cobrança está sendo feita além do dobro do valor: 13 mil reais.
Temendo pela sua vida, o caminhoneiro acionou a Polícia Militar. Os policiais diligenciaram até a Mecânica Veloso e lá encontraram o citado PM armado com uma pistola calibre 380. Ele foi conduzido para a delegacia da Polícia Civil.
Em reportagem da TV Difusora local, o leitor pode ver a entrevista do cabo Josidarck, que atendeu a ocorrência e também a entrevista da vítima.
Além do policial militar Adalberto, foi conduzido para o Distrito Policial, Hamlton de Mendonça. Ele é funcionário da Mecânica Veloso e apontado pela vítima como o mais exaltado no momento da cobrança.
Em entrevista ao apresentador Randyson Laércio, da TV Difusora/Bacabal, a esposa da vítima diz que o seu marido proibiu a entrada dos homens na sua casa, permitindo apenas o ingresso de Gisele Veloso e de sua mãe. Mesmo assim, afirma ela, os homens entraram na casa de forma ameaçadora.
Durante a estada dos cobradores na residência da vítima, a filha do caminhoneiro também diz ter sido ameaçada de morte. Ao fotografar o policial com um aparelho celular, ele teria dito a ela para apagar as fotos ou “vou dar dois tiros na tua cara”. Uma das fotos é a que ilustra essa matéria. A moça fingiu ter apagado as fotos como ela contou a Randyson Laércio nessa entrevista: