O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) disse, na sessão desta quinta-feira (29), que a responsabilidade pela greve dos rodoviários em São Luís é exclusivamente dos donos de empresas de ônibus que continuam ‘forçando a barra’ para que o movimento continue, visando ao aumento das passagens.  O parlamentar rebateu críticas do governista Roberto Costa (PMDB) em relação à Prefeitura da capital.
1615342929-646015300noticiaDeputado Othelino Neto voltou a responsabilizar empresários pela greve
Othelino Neto citou declaração do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários, José Luiz de Oliveira Medeiros, na qual ele diz que, apesar de o SET (Sindicato das Empresas de Transportes) não ter feito sequer uma contraproposta, a entidade da categoria já apresentou uma segunda proposta, fazendo concessões.
“O que está acontecendo em São Luís beira à chantagem e é bom se frisar que a população está atenta. O prefeito Edivaldo Holanda Jr não admite essa pressão de aumentar as passagens para R$ 2,70”, afirmou.
Othelino Neto reiterou, na tribuna, que o prefeito Edivaldo Holanda Jr já disse que não aceita o aumento das passagens e nem o financiamento que os empresários querem.  O parlamentar ressaltou que o gestor municipal já apresentou sugestões de soluções concretas.
“Agora não dá para aceitar o aumento da passagem ou financiar os empresários de ônibus de São Luís. Imaginem só ter que pagar quatro milhões de reais para os empresários de ônibus. Isso seria uma proposta indecente à sociedade para financiar o transporte público, que é um empreendimento privado. Acho que o Sindicato das Empresas de Ônibus devia ter vergonha de propor isso”, disse o deputado.
Biometria facial
Othelino destacou que a Prefeitura propôs, no intervalo de 90 dias, medidas que vão reduzir e consertar, em médio prazo, o sistema com relação ao equilíbrio financeiro do transporte público municipal. Entre elas, a gestão municipal se comprometeu em implantar o sistema da biometria facial, a fim de impedir ou atrapalhar a fraude que acontece, por exemplo, quando alguém utiliza o direito de outro para não pagar a passagem.
Segundo o deputado, o sistema de biometria facial não constrange e ainda evita alguém, que não tenha o merecimento do benefício, de acordo com a legislação, de usar a carteira de outro. “Somente controlando esse tipo de fraude, já é possível um impacto importante na casa de mais de R$ 1 milhão por mês”, frisou Othelino Neto.