Quem manda no município? o prefeito, a mulher dele ou os filhos?
Pense num município em que os cidadãos votaram em uma pessoa para prefeito mas, de fato, a Administração é feita por outras.
Pense num município que se constituiu
num paraíso para uma família que retalhou a máquina administrativa em
vários segmentos, de forma que cada membro da família fique responsável
por um setor.
Se o leitor pensou talvez tenha chegado a
mais de uma resposta. Mas se dissermos que há um município com essas
características e que isso resulta em tremendo prejuízo para a
população, o universo das possibilidades se restringe. Se dissermos que
essa cidade centenária fica encravada no interior do Maranhão, talvez o
leitor consiga apontar São Luis Gonzaga como a cidade onde tudo pode
acontecer.
Se você, caro leitor, apostou nesse nome
não errou. Quem errou mesmo foram os 6.083 eleitores que votaram no
médico Emanoel Carvalho para prefeito da cidade. É o segundo mandato
consecutivo de Emanoel.
A missão de administrar, delegada pelo povo nas urnas, ele exerce pouco. E não é de hoje (releia).
Quem manda de fato é a senhora Maria José, esposa do prefeito que
também já foi prefeita, mas não tem condições de ser candidata por ser
ficha-suja. Os filhos cresceram e também compartilham do gosto pela
gestão pública. É uma legítima empresa familiar.
O pior é que o Município também está
coma ficha-suja. Inadimplente com órgãos do Governo Federal, não pode
pleitear recursos. Não pode receber emendas. E quem disse isso, com
todas as letras foi o deputado federal Alberto Filho. Em recente evento
público realizado em São Luis Gonzaga ele disse que lutou muito para
conseguir destinar uma emenda para construção do cais na cidade, não
conseguiu por conta da inadimplência. É do parlamentar peemedebista a
pergunta que dá titulo a esse post.
Nesses casos em que se transforma uma
cidade em um pequeno feudo, não há nada que não possa piorar. É o caso
da inadimplência, que poderia ser sanada mas que o prefeito Emanoel
Carvalho não pode fazer nada, porque teria sido gerada na época que a
sua esposa foi prefeita da cidade. São pecados antigos, que até hoje
penalizam o pobre povo de São Luis Gonzaga.
Se tivesse sido liberada a emenda, 1
milhão de reais teriam sido usados para a obra. Sem dúvida uma
considerável injeção de dinheiro num munícpio tão carente.