terça-feira, 24 de janeiro de 2017

As cinco denuncias gravíssimas que derrubaram o comandante do 10º Batalhão de Pinheiro

Tenente Coronel Osmar foi afastado após denuncias que descaracterizou viatura para uso pessoal da esposa, além de fraudar diárias para realização de confraternização de final de ano, e ainda, falsificar licitação, receber propina de prefeitos e usar a PM para realizar transporte de valores para fins privadas.

Por fim, o comando geral da PM investiga se são verdadeiras as denúncias de que o comandante do 10º Batalhão de Pinheiro determinou o Grupo de Operações Especiais (GOE) para fazer, de segunda a sexta, escolta de valores da distribuidora Dibrasa, supostamente ligada ao ex-prefeito Filuca. Os malotes de dinheiro seriam transportados para o banco pelos próprios policiais do batalhão, o mesmo acontecendo com valores dos postos de gasolina da cidade

1ª. Viatura descaracterizada para esposa
O comandante geral da Polícia Militar do Estado, Coronel Pereira, afastou, nesta segunda-feira (23), o comandante do 10º Batalhão Militar, sediado em Pinheiro, Tenente Coronel Osmar, para apurar denúncias de desvio de conduta contra o militar. Em contato com o Jornal Pequeno, Pereira afirmou que está selecionando um nome adequado para substituí-lo.
Dentre as denúncias recebidas, uma, de imediato, já foi resolvida pelo Coronel Pereira: a devolução, para a Companhia de Santa Helena, de uma viatura blaser, entregue recentemente pelo próprio comandante da PMMA, que Osmar retirou de Santa Helena descaracterizou e levou para Pinheiro. Essa viatura descaracterizada, inclusive, estaria sendo utilizada pela esposa do comandante do 10º Batalhão. “Já recaracterizamos a viatura e devolvemos para a Companhia de Santa Helena”, afirmou Pereira.
2ª. Confraternização de final de ano
Apura ainda o comando da PM uma denúncia sobre uma confraternização de final de ano, em dezembro último, organizada pelo Tenente Coronel Osmar. Para viabilizá-la, o comandante do 10º Batalhão teria solicitado 20 diárias em nome de cinco oficiais e 15 ‘praças’, que deveriam sacar de suas respectivas contas e entregar pessoalmente a ele ou a seu ajudante, um cabo de nome Rodrigo, o que de fato aconteceu. Os vinte policiais repassaram o dinheiro das diárias, que caiu na conta do comandante do 10º Batalhão, com autorização do funcionário civil Rubinho, que opera o sistema das finanças do Quartel. Além do recurso das diárias, o comandante teria pedido patrocínios para a confraternização em lojas, postos e bancos da cidade, fato que está sendo apurado.
3ª. Licitação ao restaurante ‘Chicão’
Outra denúncia que levou ao afastamento do comandante Osmar enquanto os fatos são apurados diz respeito a uma licitação, no Batalhão de Pinheiro, para alimentação dos alunos do curso de soldado. A licitação foi ganha pelo restaurante ‘Chicão’, mas o tenente coronel afastado teria falado com o então prefeito Filuca para doar 40 dias de alimentação aos alunos no restaurante popular daquela cidade, pedido que teria sido atendido. Há informações, agora, apuradas, de que o restaurante ‘Chicão’, que ganhou a licitação, teria fornecido nota desses 40 dias de alimentação aos alunos do curso de soldado.
4ª. “Mensalinhos” de prefeitos
Também estão sendo investigadas denúncias de supostos repasses de recursos ao comando do 10º Batalhão por parte de prefeitos da região, inclusive para abastecimento de viaturas. E, ainda, de compras na casa de construção Ferro Norte, em Pinheiro, em nome do quartel, sem que o material chegasse ao seu destino legal, como torneiras, pisos em porcelanato.
5ª. Transporte de valores
Por fim, o comando geral da PM investiga se são verdadeiras as denúncias de que o comandante do 10º Batalhão de Pinheiro determinou o Grupo de Operações Especiais (GOE) para fazer, de segunda a sexta, escolta de valores da distribuidora Dibrasa, supostamente ligada ao ex-prefeito Filuca. Os malotes de dinheiro seriam transportados para o banco pelos próprios policiais do batalhão, o mesmo acontecendo com valores dos postos de gasolina da cidade.