sábado, 24 de fevereiro de 2018

QUE PAÍS É ESSE!!! FAMÍLIA DA VÍTIMA ESTÁ REVOLTADA! JUSTIÇA CONCEDE PRISÃO DOMICILIAR A LATROCIDA CONDENADO A 21 ANOS EM REGIME FECHADO PORQUE ELE TEM MEDO DE ESCURO

QUE PAÍS É ESSE!!!
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Arlindo Rabelo descumpriu medida cautelar de prisão domiciliar e foi beber com tornozeleira eletrônica em bar de Iranduba
A crueldade com que foi assassinado o microempresário José Gomes Filho, em 2013, no município de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus), até hoje não foi esquecida por sua família. Ele saiu para fazer um frete para três homens, no porto de Iranduba em março daquele ano, sem iaginar que estava transportando três assaltantes perigosos e que logo em seguida seria assassinado e seu corpo jogado no rio para nunca mais ser encontrado.

Há informações de que os bandidos mataram o microempresário, que também trabalhava com transporte fluvial, tiraram suas vísceras antes de jogar o corpo no rio, para que José Gomes não boiasse e o crime não fosse descoberto. A polícia investigou o caso a fundo e prendeu, à época, os assaltantes Arlindo Rabelo de Sena, que pegou 21 anos de prisão e seu comparsa Glemerson Melgueiro de Lima, apenado a 20 anos em regime fechado, nos seus julgamentos pela Justiça do Amazonas.

A tornozeleira eletrônica na perna do latrocida preso

Na época do crime a perda irreparável e por meio cruel do microempresário foi motivo de grande dor para a família, até porque o corpo de José Gomes nunca foi encontrado para ser dado a ele um sepultamento digno que merecia. A prisão dos envolvidos no latrocínio, roubo seguido de morte, e a condenação de Arlindo Rabelo e Glemerson Melgueiro, segundo a família da vítima, ao menos serviu de consolo em saber que pelo menos foi feita Justiça aos culpados por um crime tão bárbaro.

Mas uma primeira surpresa totalmente desagradável para a familia do microempresário assassinado, foi quando soube que assaltante Glemerson Melgueiro, conseguiu prisão domiciliar em 2017, por meio de ações de seus advogados. Ele já havia sido solto e estava sob prisão domiciliar quando foi novamente capturado vendendo droga em sua casa, mesmo depois de ter se tornado cadeirante ao ser atingido por uma bala na região lombar, numa troca de tiros com a polícia.

Laudo médico atesta que o criminoso tem medo de escuro

A péssima surpresa para a família do microempresário não parou por aí, porque no último domingo, 18, a esposa, filhos e outros parentes descobriram que o outro latrocida, Arlindo Rabelo, condenado a 21 anos, também já estava solto e sob prisão domiciliar. O latrocida condenado a 21 anos em regime fechado e que foi mandado pela Justiça para cumprir sua pena em casa de onde não poderia se ausentar, usando inclusive tornozeleira eletrônica, foi preso quando bebia em um bar do município de Iranduba.

O delegado Fábio Ely, titular da Delegacia Interativa de Iranduba, confirmou que o latrocida - condenado a regime fechado - obteve na Justiça autorização para cumprir pena em regime domiciliar, utilizando tornozoleira eletrônica, mas descumpriu medidas cautelares. Para completar Alindo Rabelo bebia em um bar das proximidades da casa da família do microempresário e, segundo um dos filhos da vítima, que não quis se identificar, fazia deboche e ameaças, sempre "se gabando" por estar em liberdade.

Delegado Fábio Ely mandou o latrocida de volta para a cadeia

Arlindo foi liberado no dia 18 de abril de 2017, por decisão do juiz Luiz Carlos Honório de Valois Coelho, da Vara de Execuções Penais (VEP), após alegar complicações médicas, obtendo na Justiça autorização para cumprir pena em regime domiciliar. A família ficou mais revolta ainda quando descobriu que o latrocinda condenado foi liberado mediante apresentação, por seus advogados, de um laudo médico diagnosticando que Arlindo Rabelo sofre de claustrofobia, ou seja tem medo de locais escuros e fechados.

Quando foi preso no último domingo, Arlindo estava no bar do município de Iranduba, usando a tornozeleira eletrônica que segundo a Justiça, monitora detentos beneficiados pelo regime semiaberto, prisão domiciliar e liberdade condicional. O agravante disso tudo e que foi inclusive confirmado pelo delegado da DIP de Iranduba, é que Arlindo não apenas foi condenado a 21 anos de prisão pelo latrocínio, mas também responde a outros 5 processos criminais na Justiça Estadual.

Arlindo foi preso no domingo bebendo e
com tornozeleira na perta (Fotos: Divulgação) 

"Estamos revoltados com tudo isso. Como pode a Justiça soltar um criminoso de tão alta periculosidade baseada no fato de que ele tem medo de escuro e local fechado? Em local escuro e fechado, está meu pai para sempre", disse revoltado um dos filhos do microempresáqrio assaltado, morto e que até hoje não teve o corpo encontrado.

O latrocida preso no último domingo foi encaminhado à Central de Recebimento e Triagem (CRT) do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), no quilômetro oito da rodovia federal BR-174 (Manaus - Boa Vista).