Tentativa de feminicídio ocorreu no bairro Maiobão, em Paço do Lumiar,
no dia 23 de fevereiro. Gutemberg Matos Bezerra estava foragido e era o
principal suspeito de ter desferido 18 facadas na ex-esposa Girlene Silva
Araújo.
O Departamento de
Feminicídio/SHPP da Polícia Civil informou que compriu mandado de prisão
preventiva no fim da manhã desta terça-feira (20) em desfavor de Gutemberg
Matos Bezerra, que é o principal suspeito de ter esfaqueado a ex-esposa Girlene
Silva Araújo no dia 23 de fevereiro, no bairro Maiobão, em Paço do Lumiar.
A delegada Viviane Azambuja
informou que Gutemberg estava foragido e foi preso na casa de familiares na
cidade de Ubajara/CE, com o apoio dos policiais locais. Após ter ficado
internada, Girlene já teve alta e não corre risco de vida.
"Efetuamos a prisão
hoje, no fim da manhã. A gente sabia que a mãe dele era do Ceará, que ele tem
irmãs aqui, e encontramos ele na casa do ex-marido da mãe em Ubajara/CE. Ele
cometeu crime de feminicídio e será ouvido quando voltarmos. Para quem é
condenado, a pessoa pode ficar presa de 12 a 30 anos. Quanto a Girlene, ela
está bem melhor, se recuperando bem, e já saiu do hospital. Creio que não corre
risco de vida", declarou a delegada.
Entenda
o caso
Uma mulher identificada como
Girlene Araújo silva, de 37 anos, recebeu 18 facadas dentro
de casa no bairro Maiobão, em Paço do Lumiar, na noite do dia 23 de fevereiro.
Girlene foi levada até o Hospital Socorrão 2 em estado grave.
Parentes e amigos acreditam
que o autor do crime é o ex-companheiro dela, Gutemberg Matos Bezerra, que
estaria inconformado com o término no relacionamento. O casal estava separado
há cerca de dois anos e tem um filho adolescente. Segundo Gisele Araújo, irmã
da vítima, ela já tinha denunciado que era agredida por Gutemberg.
“Ele batia nela até quando
ela largou ele. Já estavam há um tempão separados”, contou .
A tentativa de homicídio
aconteceu no momento em que filho do casal não estava. Vizinhas afirmam ter
ouvido gritos de socorro e visto Gutemberg sair de moto do local depois do
crime. Uma das vizinhas, Zélia Vilas Boas, disse ter encontrado o corpo ensanguentado.
“Eu vim correndo. Quando
cheguei encontrei ela. Aí pedi para chamarem a ambulância ou a polícia porque
ela poderia morrer”, afirmou.