Jornalismo com seriedade: Os 14 maiores derrotados das eleições 2018 no Maranhão

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Os 14 maiores derrotados das eleições 2018 no Maranhão

1º – José Sarney

O ex-presidente da República, José Sarney (MDB), que por décadas também foi presidente do Senado Federal, é o maior derrotado destas eleições no Maranhão. O chefe da maior oligarquia maranhense da história, comandou por cinco décadas os rumos políticos do Estado, sentiu o começou do fim em 2014, e agora, confirmou seu declínio ainda no primeiro turno com a reeleição de Flávio Dino. Além da perda da filha, Roseana, ao governo, Sarney também amarga a derrota de outro filho, Zequinha, para o Senado. Portanto, a dupla derrota põe fim à “era Sarney” e faz dele o maior derrotado destas eleições.

 – Roseana

Governadora por quatro vezes do Maranhão, Roseana amarga sua segunda derrota na disputa pelo governo maranhense. Em 2006, ela foi derrotada por Jackson Lago. Desta vez, o desastre nas urnas também aposenta a filha de Sarney das corridas eleitorais para o Palácio dos Leões. Roseana saiu menor do que entrou! Os número são tão desfavoráveis que ela obteve menos votos que Edinho Lobão em 2014, quando o dono da TV Difusora também perdeu para Flávio Dino.

3º – Lobão

Outro ex-governador, o peemedebista Edison Lobão que soma 24 anos de Senado pelo Maranhão pretendia não parar, mas acabou barrado pelo povo. Colecionador de denuncias de recebimento de propina, Lobão e seu filho, Edinho, integram a comissão de frente dos grandes derrotados nesta eleição. Para Lobão, o gosto da derrota é maior ainda, vez que ficou na quarta colocação. Este Blog, “cantou a bola”, em post anterior.

4º – Sarney Filho

Com a derrota para o Senado, o ex-ministro do Meio Ambiente de Michel Temer ficará sem um mandato em cargo público pela primeira vez em 40 anos. Eleito aos 21 anos para o cargo de deputado estadual do Maranhão, nas eleições de 1978, Sarney Filho logo foi para a Câmara Federal no mandato seguinte, em 1983, onde conseguiu se reeleger por nove vezes consecutivas. Em vários períodos ele ocupou cargos no Governo do Maranhão como secretário, e no Governo Federal como ministro. Agora passará quatro anos sem o gosto do poder nas mãos.

5º – Ricardo Murad

O ex-deputado estadual e ex-secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad, teve uma derrota maiúscula nessa eleição. Candidato a deputado federal, teve apenas 23 mil votos, e detalhe, os votos estão anulados. Sua filha, deputada Andrea, tombou, e saiu das urnas com apenas 17 mil votos. O genro, também deputado estadual Souza Neto, desistiu semanas antes do dia da eleição. De forma que Murad, perdeu o mandato da filha e do genro, era o “tratorzão” quem comandava os mandatos  e, naturalmente, todos os cargos disponíveis nos gabinetes dos seus familiares . Agora fica sem nada!

6º – Roberto Rocha

O senador Roberto Rocha (PSDB) sai desta eleição infinitamente menor do que entrou. O tucano que foi eleito graças ao apoio de Flávio Dino em 2014, cai de 1.476.840 (51.41%) votos obtidos na eleição passada para, acredite, míseros 64.446 (2.05%) nestas eleições. A tragédia eleitoral sofrida tem relação direta com a traição política do tucano ao governador. A situação de Rocha ficou tão delicado que ele deve ficar de fora das eleições municipais de 2020 e sequer disputar a renovação do mandato em 2022.

7º – Hilton Gonçalo

O médico e prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (Avante) é outro que saiu pequeno nestas eleições. O gestor que toda eleição ameaça disputar cargos de expressão, como prefeito de São Luis, Senado e até governo do Estado, não conseguiu eleger seus familiares tanto para Assembleia Legislativa quanto para Câmara Federal. Ariston e Elizabeth Gonçalo tiveram votação tímida e amargaram dupla derrota, logo eles, que eram dados por Gonçalo como eleitos. Importante ressaltar que Hilton comanda nada menos que três prefeituras, a dele, da esposa em Bacabeira e da irmã em Pastos Bons. E tem influência em outras tantas…

8º – Waldir Maranhão 

O ainda deputado federal Waldir Maranhão (PSDB) tinha uma reeleição tranquila no grupo do governador Flávio Dino, mas caiu na desgraça de achar que já possuía cacife suficiente para disputar o Senado, forçou a barra e acabou rompendo com Dino e demandando para o PSDB, de Roberto Rocha. Lá, foi traído e teve de voltar a disputar reeleição para Câmara Federal. Resultado: teve apenas 21 mil votos. Então, fica o questionamento: Do que adiantou romper com o governador? Resposta: Só para perder o mandato!

9º – Zé Reinaldo 

A história do ex-governador José Reinaldo Tavares é muito parecida com a de Waldir Maranhão. Ele, igualmente, tentou forçar a barra e ser indicado candidato ao Senado a força. Queria uma declaração do governado Flávio Dino, mas esqueceu que o comunista não aceita pressão de aliados, então, Zé procurou o PSDB. No ninho tucano acabou saindo das urnas humilhado, apenas na sexta colocação com 219.225 votos (3.84%). Uma vergonha para quem já foi ministros e governador.

10º – Clodomir Paz

O ex-deputado estadual Clodomir Ferreira Paz é outro grande derrotado nestas eleições. Não conseguiu eleger o filho, Guilherme, deputado e, tampouco, a esposa que tentava ser vice-governadora. Assessor de Roberto Rocha, Clodomir coleciona seguidas derrotadas como coordenador de campanhas eleitorais: Três na Capital, 2008, 2012 e 2016, somadas a mais três para o governo do Estado, em 2010, 2014 e agora em 2018. Ao todo já foi coordenador de seis campanhas e perdeu em todas!

11º – Assis Ramos

Diferente do prefeito de São Luís, o gestor da segunda maior cidade do Maranhão decepcionou nestas eleições. Assis Ramos (MDB) viu o seu adversário Flávio Dino confirmar a boa avaliação do seu governo na cidade e saiu das urnas com 69,65% dos votos. Em segundo lugar,  Maura Jorge apareceu com 15,93%, já a aliada do prefeito, Roseana marcou vexatórios 11,14%. De forma que não surtiu efeito o empenho de Assis, que apareceu em programas de TV pedindo votos para a ex-governadora e atacando Flávio Dino.

12º – Leo Cunha

Deputado estadual até dezembro, o presidente do PSC no Maranhão caiu na desgraça de indicar o seu irmão, Ribinha Cunha como candidato a vice-governador na chapa de Roseana Sarney. O resultado nas urnas foi extremamente negativo, Léo teve apenas 17 mil votos e sentiu na pele o quanto o povo é contra a volta da oligarquia. Pior ainda foi o desempenho da filha de Sarney na cidade de Cunha e Ribinha, onde Roseana perdeu até para Maura Jorge.

Filuca Mendes, 3 vezes Prefeito de Pinheiro, ex-secretário das cidade no governo de Roseana, não conseguio eleger o seu filho Victor Mendes, 2 mandato de deputado estadual, deputado federal, ex-secretário  do meio ambiente do governo Roseana. Pior ainda apoiou  Deputado Otheleno Neto deu apenas pouco mais de 1.000 votos.
POSTADO POR: WILLIAN REDONDO EM 09 DE OUTUBRO  DE 2018
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