O ex-delegado de Esperantinópolis, Idaspe Perdigão Freire Júnior,
foi preso na manhã de sábado (5), em sua residência na cidade de Barra do
Corda. Ele foi encaminhado para um presídio da Polícia Civil na cidade. Segundo
a polícia, em um intervalo de três meses ocorreram 99 violações contra a
tornozeleira eletrônica a qual Idaspe estava obrigado a usar em cumprimento de
medidas cautelares. Dentre as violações, foi registrado que ele deixava a
bateria da tornozeleira completamente descarregada e também saía do perímetro
onde deveria permanecer. Essa é a segunda vez que o ex-delegado de
Esperantinópolis é preso. Após sua primeira prisão, Idaspe conseguiu um habeas
corpus para responder ao processo usando tornozeleira eletrônica. Na primeira
vez, em agosto de 2018, o ex-delegado foi preso por receber dinheiro para
liberar veículos apreendidos, dentre outros crimes. Na época, a polícia também
prendeu o carcereiro da delegacia, identificado como Raimundo. “Em agosto foi
por causa dos veículos, que ele estava fazendo a restituição mediante pagamento
usando o carcereiro, o Raimundo. Também teve outros casos. Houve um caso
específico em que o Raimundo pediu um dinheiro falando que era para um defensor
público e a pessoa falou que não tinha dinheiro. A pessoa foi mandada para uma
prisão em Pedreiras, sendo que nesse caso o delegado estava pedindo R$ 4 mil
para liberar. E ainda tivemos informações de presos que tinham alguns
benefícios, como cumprir pena solto. Tudo levava a crer que ele [Idaspe]
recebia dinheiro, e por isso eles tinham esses benefícios”, informou a delegada
Kelly Haraguchi, que comandou o inquérito contra o delegado Idaspe.