Jornalismo com seriedade

sábado, 30 de maio de 2015

Sem a união da oposição, Filuca vai ‘comer’ de novo em Pinheiro, enquanto o Deputado Othelino Neto estiver metendo o seu bico, Filuca agradece.



Sem a união da oposição, Filuca vai ‘comer’ de novo em Pinheiro, enquanto o Deputado Othelino Neto estiver metendo o seu bico, Filuca agradece.

A divergência entre os jovens políticos de oposição de Pinheiro pode levar o atual prefeito a uma tranquila reeleição em 2016.
A gestão do sarneysista prefeito do município de Pinheiro Filuca Mendes (PMDB) vai de mal a pior, considerada uma das piores do interior do Maranhão, cenário propício para a celebração de união política da oposição visando ganhar a eleição do próximo ano e levar dias melhores para o povo pinheirense.
Isso se tiver tempo de buscar organização, porque o que se observa é uma briga de egos e sinais claros de desunião dos dois principais grupos que fazem oposição na Cidade. Caso não mude o cenário, certamente a divergência oposicionista deverá levar a derrota no pleito que se aproxima.
O suplente de deputado estadual Luciano Genésio(SD) atualmente no cargo de superintendente de Articulação Política do Estado em Pinheiro, já lançou o nome como pré-candidato e pelo resultado nas urnas da eleição passada – 18.728 votos, mostrou que tem chances reais de ser prefeito.
Já o vereador reeleito Leonardo Sá(PDT) que disputou uma vaga na Câmara Federal em 2014, adquirindo 15.947 exitosos votos, assim como o colega de oposição saiu das urnas com ótima aceitação popular.
Portanto, o resultado das urnas já sinalizou que a união é o caminho certo da vitória para os jovens e promissores políticos da baixada em 2016. Traçar caminhos diferentes para o mesmo objetivo é estupidez da oposição local.
Enquanto os opositores bicudos não se beijam, ou melhor, não se unem, o prefeito Filuca Mendes sorrir à toa, sabe que caso os dois continuem divergindo e sejam de fato candidatos, haverá a divisão de votos entre eles, daí o pai do deputado federal Victor Mendes ‘come’ – se reelege – de novo e com tranquilidade

Identificado vigilante que matou mecânico em Vitória do Mearim






Corpo da vítima já sem vida foi colocado na viatura por cima de outro ferido na operação. Do lado, o vigilante Luiz Carlos usa colete da polícia militar e age como um PM.
Foi identificado o homem que assassinou o mecânico montador Irinaldo Batalha, 34 anos, na tarde de ontem(28) na proximidade do praça Nossa Senhora de Nazaré, Município de Vitória do Mearim.
O executor do crime que abalou a Cidade é o vigilante identificado por Luiz Carlos, funcionário da Prefeitura Municipal. Ele estava com um colete da polícia junto com os policiais militares no momento que os “suspeitos” furaram a abordagem policial.
Como tudo aconteceu

Vigilante Luiz Carlos, funcionário da Prefeitura Municipal está foragido
Irinaldo Batalha morador da Rua Lourenço da Cruz Bogea, Município de Arari, saiu de casa na garupa de uma motocicleta com um amigo identificado como Diego, para assistir um jogo de futebol, os dois seguiram até a Cidade de Vitória do Mearim.
Por volta das 16h30 foram surpreendidos por uma blitz perto do Posto Lopes, na praça Nossa Senhora de Nazaré. Eles desobedeceram a ordem de parada na barreira da polícia e seguiram em alta velocidade.
Nesse momento, o vigilante Luiz Carlos atirou contra eles, vindo a acertar as costas e a cabeça do garupa que caiu da moto e foi arrastado por mais de 20 metros, quebrou a perna e bateu com o rosto no chão. O condutor [Diego], foi atingido com um tiro no pé.
Segundo os familiares das vítimas, populares foram impedidos de prestar socorro aos feridos. A família ainda sustenta que com eles não foram encontradas armas, drogas ou objeto de furto.
Mecânico montador Irinaldo Batalha, 34 anos, assassinado em Vitória do Mearim.
 o vigilante de bota preta e calça de militar, pisoteia o rosto da vítima antes de efetuar dois tiros de misericórdia a queima roupa na frente de dezenas de testemunhas.
Após o crime, o corpo da vítima foi coloco na viatura, e acreditem, junto com o condutor da moto atingido com um tiro no pé. A imagem deixa claro que a viatura 14-160 da 13ª Companhia Independente da Polícia Militar participou de toda ação.
Nota
A Secretaria de Estado da Segurança Pública emitiu nota na tarde desta dexta(29). Diz que Polícia Militar realiza diligências para prender o vigilante suspeito de execução, que se evadiu do local. A polícia também determinou a imediata apresentação dos policiais militares, que atenderam a ocorrência ao Comando Geral da Polícia Militar para apurar as circunstâncias em que ocorreu toda a operação e adotar as providências legais que o caso requer.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Acordo de Roseana Sarney com empreiteira teve propina e dano ao MA, diz auditoria




O governo do Maranhão concluiu a auditoria sobre o precatório assinado pela ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) com a construtora Constran e afirma que houve pagamento de propina e prejuízo ao Estado no acordo que resultou no acerto de pagamento de R$ 114 milhões à empreiteira envolvida na operação Lava Jato.

Agora, o governador Flávio Dino (PCdoB) vai remeter o caso para investigação da Polícia Civil, do Ministério Público do Maranhão e da PGE (Procuradoria Geral do Estado).

O advogado de Roseana, Antônio Carlos de Almeida Castro, afirmou ao UOL que ela não vai se manifestar sobre a auditoria. "Os órgãos competentes que participaram é que têm de manifestar. Ela não participou da negociação e apenas assinou um ato final depois de um complexo processo, que tinha, inclusive, participação do Poder Judiciário. Foi essa instância que teve poder de decisão", explicou.

Sobre o envio do caso à polícia e ao MP pelo governador Flávio Dino, Castro disse que também não iria manifestar. "Não falo sobre manifestações políticas. Sou advogado e me atenho apenas a questões jurídicas. Não houve nenhuma irregularidade de Roseana", disse. "Acho a politização nesse caso lamentável."

O acordo entre a governadora e a Constran foi fechado no dia 23 de novembro de 2013, com a autorização da juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública, Luiza Neponucena. O pagamento autorizado era referente à dívida gerada por obras rodoviárias executadas nos anos 1980, e o acordo foi pago em valor integral, sem deságio --apenas com desconto de juros.

Em apenas 33 dias após a assinatura, a Constran recebeu a primeira parcela do acordo: R$ 4,7 milhões. Ao todo, foram pagas sete parcelas. Em junho, quando o caso veio à tona, a Justiça suspendeu o acordo. Até agora foram pagos R$ 34 milhões do acordo.

Segundo a auditoria, o acordo foi fechado com o valor proposto pela empresa, com juros corrigidos conforme o desejo da empreiteira, sem nenhum questionamento do Estado ao montante.

"A formalização do acordo para o pagamento do precatório foi extremamente danosa ao interesse público, pois, além de não exprimir nenhuma vantagem concreta, impôs aos combalidos cofres públicos do Maranhão o desembolso de vultosa quantia", diz um trecho do relatório.

A auditoria concluiu que o acordo assinado entre o governo e a empreiteira foi fruto de ato de corrupção e trouxe prejuízos aos cofres públicos. Em depoimento à Polícia Federal, a contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza, disse que a negociata rendeu pagamento de R$ 6 milhões de propina, que teriam sido pagas ao então chefe da Casa Civil do governo maranhense, João Abreu.

"Esse acordo foi feito com base num cálculo equivocado, não teve qualquer vantagem ao Estado e foi chefiado mediante ato de corrupção", disse ao UOL o secretário de Transparência do Maranhão e responsável pela auditoria, Rodrigo Lago.

Segundo Lago, o valor foi fechado sem qualquer estudo que o embasasse. Para ele, embora ainda não seja algo preciso, o débito do Estado com a Constran seria de menos de R$ 50 milhões.

"A PGE será encarregada de chamar a empresa e rediscutir o débito. Não há um reconhecimento desse valor. Tem petição, inclusive, dizendo que a causa nem existia, que houve um erro de cálculo", informou.

Para justificar a acusação de que houve corrupção, o secretário disse que documentos enviados pelo juiz Sergio Moro ao governo trouxeram certeza do pagamento de propina.

"Essa informação tem novos elementos [descobertos na auditoria]. Se fosse apenas o depoimento, seria algo perigoso, porque é um sujeito que está preso. O juiz Sergio Moro compartilhou conosco o auto de busca e apreensão. Com Youssef, foi encontrado petição do acordo e planilhas. Tem inclusive um e-mail dele comemorando porque passou meses negociando esse acordo", disse.

Youssef foi preso em março do ano passado, em São Luís, onde estava para entregar, supostamente, propina a João Abreu.

Obra fantasma?

Com a conclusão da auditoria, o governo fará um novo levantamento para saber se a obra foi realmente executada nos anos 80. Segundo ele, há depoimentos que apontam que ela não foi realizada. 

"Precisamos saber também se essa a obra realmente existe. Para saber, foi criada uma comissão e ela vai convocar pessoas para prestar depoimento. Não é tão simples", afirmou. "Tem que ir lá e fazer perícia, pois essa obra foi feita --se é que existe--, há mais de 30 anos. Não é só ir lá e ver se a obra existe, precisa uma análise." 

Em nota enviada ao UOL, a Constran informou que, "por determinação do Poder Judiciário, em todas as instâncias possíveis, a Constran é credora líquida e certa do Estado do Maranhão".

"Por decisão do ministro Luiz Salomão, do Superior Tribunal de Justiça, os aspectos que envolvem o referido acordo já foram remetidos no ano passado à Justiça do Maranhão. A Constran permanece à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários", disse

Afinal, quem é o dono da Cemar?



Afinal, quem é o dono da Cemar?


José Jorge Leite Soares, diretor de Relações Institucionais da Cemar: da cozinha dos Sarney

As relações da Companhia Energética do Maranhão (Cemar) com o Sistema Mirante de Comunicação voltaram às conversas políticas depois que a empresa perdeu R$ 25 milhões do governo do Estado e escolheu justamente os veículos da família Sarney para chorar pitangas. Voltou também a pergunta: afinal, quem é o dono da Cemar?

Antes de ser privatizada em junho de 2000, a Cemar serviu como a porta de entrada do grupo Sarney no mundo das companhias energéticas estatais. O escritor Palmério Dória conta em detalhes no Livro “Honoráveis Bandidos”, como Fernando Sarney usou negócios com a Cemar para conseguir recursos que financiaram a criação do Sistema Mirante de Comunicação.

O grupo Sarney controla o setor elétrico no país desde que a Presidência da República caiu no colo do patriarca, em 1985. Os donos do Maranhão até dezembro de 2014 só perderam parte do espólio elétrico em janeiro deste ano, quando o senador Lobão foi demitido do cargo de ministro de Minas e Energia. Ainda assim, os tentáculos dos Sarney continuam firmes e fortes em empresas energéticas estatais ou privadas, caso da Eletronorte e da Cemar.

Para explicar como Sarney continua operando na Cemar mesmo depois da privatização, é preciso voltar no tempo e rememorar o processo de desestatização da companhia.

Até hoje corre na Justiça uma ação do Ministério Público Federal que investiga a possibilidade de subvalorização na privatização da empresa. Para o MPF, a então governadora Roseana Sarney desvalorizou propositalmente a Cemar com a finalidade de beneficiar o consórcio de empresas que arremataram a estatal.

O MPF é claro ao dizer que a operação gerou duplo prejuízo à população, uma vez que uma empresa que pertencia ao Estado e, portanto, ao povo do Maranhão, foi vendida à preço de banana com posterior redução da qualidade dos serviços prestados.

E por que Roseana Sarney vendeu a Cemar à preço de banana? Porque há fortes indícios de que o negócio beneficiou sobretudo o próprio grupo Sarney. Exemplo claro é a presença do senhor José Jorge Leite Soares na diretoria da empresa.

José Jorge é amigo íntimo do empresário Fernando Sarney (há quem diga que seja irmão), de quem recebeu uma procuração para movimentar a conta do Instituto Mirante. Em 2009 a ONG foi suspeita de desviar parte de uma verba de R$ 150 mil repassada pela Eletrobrás para patrocínio cultural de festas.

José Jorge fazia a ponte para garantir a entrada de recursos públicos do Programa Luz para Todos dentro da Cemar.

Em matéria publicada no ano de 2009, o jornal “Folha de S.Paulo” mostrou os detalhes da relação do grupo Sarney com a Cemar. Segundo a matéria, além de José Jorge, mais dois amigos maranhenses de Fernando Sarney participavam da operação de arrecadação de recursos públicos para a Cemar: o então diretor financeiro da Eletrobrás, Astrogildo Quental, “que tinha como missão agilizar o repasse de verbas do programa ‘Luz para Todos’ para a Cemar”, e o empreiteiro Henry Duailibe Filho, dono da Ducol Engenharia, contratada para as obras de eletrificação. Segundo a Folha, a Ducol recebeu R$ 51 milhões da Cemar.

Trocando em miúdos, mesmo privatizada, a Companhia Energética do Maranhão continuou sendo um ninho de negócios lucrativos para os Sarney, que drenaram recursos públicos para a empresa operando dentro da empresa como se dela fossem os donos de fato.

E o dono da Cemar, o que comprou a companhia do governo do Estado, nunca ninguém viu no Maranhão