Jornalismo com seriedade

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Este post não é sobre maioridade penal. É sobre salsicha

 Este post não é sobre maioridade penal. É
 sobre salsicha

Brasília – A Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta quinta (2), uma proposta de emenda à Constituição que prevê a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos para os crimes cometidos com violência ou grave ameaça. Foram 323 votos a favor, 155 contra e duas abstenções.
Após não ter conseguido aprovar outra proposta de redução, na madrugada desta quarta (1), com 303 votos a favor, apenas cinco abaixo do mínimo necessário, o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e aliados colocaram uma proposta semelhante em votação um dia depois – o que foi considerado um golpe pelos opositores da redução.
A fim de convencer os que votaram contra com algo mais “palatável'', Cunha e aliados retiraram tráfico de drogas, tortura, terrorismo e roubo qualificado do texto, mantendo crimes hediondos (estupro, sequestro, entre outros), homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, no rol de crimes violentos para os quais jovens a partir de 16 anos poderão ser punidos como adultos.
O problema é que há projetos no Congresso Nacional para transformar tráfico de drogas em crime hediondo, o que pode zerar essa mudança.
O presidente foi acusado de, pessoalmente, pressionar parlamentares a mudar de posição. Deputados federais também reclamaram de ameaças via redes sociais.
Caso essa nova proposta fosse rejeitada, Cunha havia indicado traria outras semelhantes para serem apreciadas pelo plenário. Ele – que detém o poder de definir a agenda da Câmara – só interromperia esse processo quando atingisse o seu objetivo. A manobra de Cunha deve ser questionada no Supremo Tribunal Federal.
A PEC precisa passar por segunda votação na Câmara e por duas votações no Senado antes de ser promulgada. Isso se o Senado não mudar o texto, o que obrigaria a voltar para a Câmara.
Mas este resultado não importa.
Pois este post não é sobre ele. É sobre salsicha.
Sim, salsicha. Aquela deliciosa e roliça bisnaga de carne que, de acordo com o ditado popular, você não consumiria se soubesse como é feita.
Passei os últimos dias vendo os parlamentares produzirem uma salsicha. Não todos, mas muitos deles.
Porque o nível de argumentação deste debate, que diz respeito a que tipo de sociedade queremos construir e através de que leis, tem sido feito com base em discursos vazios e sensacionalismo. Muitos foram toscos, incompreensíveis, inacreditáveis. Caso os deputados se esforçassem indo um pouco mais baixo, encontrariam algum lençol freático, ou quiçá, petróleo.
Não que alguém que acompanha o Congresso Nacional não soubesse do que ele é feito. Mas este tema extrapolou os limites.
É possível realizar um debate utilizando argumentos razoáveis e embasados em informações de qualidade de ambos os lados. Prós e contras.
Mas muitos dos discursos parlamentares proferidos parecem ter saído da boca de apresentadores de programas de TV do tipo “espreme-que-sai-sangue'' ou “estamos-seguindo-uma-viatura''. Um deputado afirmou que o Estado Islâmico aprendia com as crianças e adolescentes do Brasil. Outro explicou que esses seres nem seriam mais crianças e adolescentes, mas demônios. Houve quem desse a entender que a redução da maioridade penal é uma vontade de Deus (jesusmariajosé!). Sem contar os que fizeram releituras de tragédias pessoais, tentando ganhar a simpatia dos colegas.
Como o tema está no foco do dia, parlamentares fizeram discursos apenas para aparecer nos telejornais. Ou, pior: a fim de preencherem o seu próximo horário eleitoral gratuito em rádio e TV. Citaram casos que se tornaram famosos na mídia, alguns dos quais que nem envolviam crianças e adolescentes. Mas pouco importa! Tudo é válido para aparecer.
A ponto de alguns membros da Bancada da Bala rirem de colegas que, no afã de produzir pomposos discursos, não faziam a menor ideia do que falavam ao abraçarem o microfone da tribuna.
Ouvi tantas vezes as expressões “homem de bem'' e “mulher de bem'' que acabei por ganhar uma pedra nos rins.
Os debates não trataram da garantia da segurança pública e da Justiça social sob uma ótica estrutural, de evitar problemas ao invés de corrigi-los, mas deitaram-se em vingança. Um simplismo temerário. O que é uma das mais importantes matérias legislativas das últimas décadas foi discutida por parlamentares que não estavam preparados para tanto, repetindo falas pré-fabricadas que justificam-se em si mesmas (ah, a pós-modernidade…) Ou usam um rosário de lugares-comuns para convencer suas bases de que estão executando a sua vontade.
Afinal de contas, medo é controle. E manter a população sob o medo é a melhor forma de garantir o cabresto.
Nestes últimos dias, nunca foi tão lembrado pelos deputados na tribuna que é dever do Congresso Nacional seguir a vontade da maioria da população. Esquecem, por um lado, que caso houvesse pesquisa a respeito, essa maioria provavelmente (e infelizmente) seria a favor de fechar o próprio parlamento ou reduzir o salário dos representantes. E daria apoio à taxação de grandes fortunas e de grandes heranças e ao engavetamento de propostas de mudanças previdenciárias e trabalhistas vindas do governo federal.
E que, por outro, uma verdadeira democracia não é governar pela vontade da maioria, que – acuada e com medo – pode ser muito opressora.  Como lembrou o deputado Silvio Costa (PSC-PE), a opinião pública condenou Jesus Cristo e absolveu Barrabás. A este blog, ele lembrou que a opinião pública também esteve ao lado de Hitler e apoiou a ditadura em nosso país. Ela deve ser respeitada, mas não está necessariamente certa.
Neste momento, a opinião pública está faminta por Justiça. Sua fome é, então, usada como justificativa para criar um salsichão. Que, ao contrário do que pode parecer, não vai saciar e nos deixar mais seguros. Ao contrário, do jeito que ele está sendo feito, de forma atropelada e no custe o que custar, vai causar uma grande indigestão social.

Filuca e Neto protagonizam mais um “arranca-rabo” de políticos em grupo de WhatApp

Filuca e Neto protagonizam mais um “arranca-rabo” de políticos em grupo de
WhatApp

Com o advento e a consequente democratização dos apetrechos tecnológicos nos tempos modernos, onde a internet revoluciona a sociedade através das redes sociais, sobretudo nos grupos de WhatApp, discutir política ficou ainda mais atrativo e eletrizante.
 O “arranca-rabo” entre o ex-deputado federal, Simplício Araújo(SD) atual Secretário de Indústria e Comércio do Estado, e o  deputado estadual playboy – filinho de papai – Vinicius Louro(PR), lembre AQUI.
Nesta quarta-feira(01) o blog do Jonh Cutrim relevou print’s exclusivos de outro dissabor virtual envolvendo um membro do grupo político do governador Flávio Dino e um fiel aliada do clã-sarney.
Ao responder indagações do prefeito de Pinheiro, Filuca Mendes(PMDB) no grupo de WhatApp “Fórum da Baixada”, o secretário de Desenvolvimento Social, Neto Evangelista (PSDB), deixou claro que não gosta de piadinhas.
O prefeito peemedebista, cobrou do secretário tucano o repasse de recursos para o funcionamento dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da cidade. Que segundo Filuca, desde janeiro, a estrutura dos prédios estão prontas, faltando apenas o repasse de dinheiro para que o Cras e Creas comecem a funcionar. Mendes ainda reclamou que não consegue falar com o secretário.
Neto, por sua vez, respondeu ao gestor da maior cidade da baixada maranhense que as obras não foram entregues e as construções ficaram paradas porque o BNDES não estava liberando recursos, uma vez que o governo passado não prestou conta dos gastos. Confira ao lado a íntegra do bate-boca.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

O xilique do deputado ‘filhinho de papai’ após ser taxado de ‘batedor de carteira’



O deputado estadual playboy – filinho de papai – Vinicius Louro(PR) subiu na Tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira(1º) para mostrar o quanto seu nível de maturidade política é baixo.
Enquanto a sociedade espera atuação em favor das causas sociais dos maranhenses, o parlamentar colocou entre sua prioridade um discurso que em nada contribui para melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
Louro não economizou insultos para atacar o ex-deputado federal, Simplício Araújo(SD) atual Secretário de Indústria e Comércio do Estado. O motivo? Uma discussão em um grupo de WhatsApp recheada de troca de insultos entre os políticos adversários na Cidade de Pedreiras.
O filinho de papai chegou imitar o colega de parlamento Adriano Sarney(PV) que viciou em pedir cabeças de secretário do governo Flávio Dino e fez o mesmo, se referindo ao desafeto Simplício. Vinicius alega que existe um suposto caso de ‘farra de cargos públicos’ na Secretaria de Indústria e Comércio.
Quem teve o desprazer de assistir o fraco discuso do deputado percebeu que não passava de um chocorô após a repercussão negativa do “arranca-rabo” entre o parlamentar e Simplício Araújo.
Bom seria se o nobre representante do povo usasse a tribuna para causa produtivas em favor da população de Pedreiras, por exemplo, denunciado as mazelas da atual gestão municipal, acusada pelo Ministério Público  de superfaturamento e licitações irregulares.

Cunhado de deputado ataca liberdade de expressão e tenta censurar blog

Cunhado de deputado ataca liberdade de expressão e tenta censurar blog

O cunhado do vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PC do B), Washington Kleber Rodrigues Lima — que mesmo enfrentando uma ação movida pelo MPE (Ministério Público Estadual) — foi nomeado assessor sênior da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), tentou de forma rasteira evitar que os internautas deste blog lessem um post publicado em 22 de abril e que contém dados sobre o seu processo criminal por formação de quadrilha que investiga um esquema criminoso de comercialização ilegal de autorização para desmate através de “créditos virtuais” inseridos fraudulentamente no sistema Ceprof/Sisflora.
A nomeação de Washington Kleber Rodirgues, cunhado de Othelino Neto, na Sema também seria um flagrante ato de nepotismo.
Para retirar o post do ar, a defesa de Kleber Rodrigues alega que a matéria contém conteúdo difamatório sobre seu cliente. Mas a tese não vai se sustentar na justiça já que o blog usou documentos e um print com a imagem do processo que ainda tramita no judiciário e está disponível ao público no site do próprio Tribunal de Justiça.
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Réu por formação de quadrilha, cunhado de deputado procurou a Justiça para censurar matéria que investiga um esquema criminoso na Sema
A postura do cunhado de Othelino Neto é incompatível com a liberdade de expressão garantida pela Constituição brasileira e que é um dos pilares da moderna democracia que parece definitivamente não existir. Esta não é a primeira vez que o BLOG é alvo de censura. A página eletrônica que está há seis meses no ar e atua com total credibilidade e imparcialidade, sofre com a perseguição de malfeitores da política do estado. Muitos prefeitos e secretários já tentaram calar o blog, utilizando da mesma prática executada por Kleber Rodrigues.
QUEM DEVE TEME
A página triste e violenta da ditadura na nossa História já foi, felizmente, virada. No entanto, a tentativa de Washington Kleber Rodrigues Lima de tentar calar o blog acaba expondo algo ainda mais grave. Afinal, por que ele teme tanto que seu passado nebuloso venha à tona?
A resposta para o questionamento pode está na gestão de Othelino Neto à frente da Secretaria do Meio Ambiente (Sema). Nesse período, a Comissão de Investigação de Crimes Contra o Erário, com base em inquérito da Delegacia de Polícia Civil Especializada em Crimes contra a Fazenda (DEFAZ), descobriu um mercado paralelo montado pelo ex-secretário que movimentou R$ 500 milhões, entre 2006 e 2008, no governo Jackson Lago (PDT).
Além de crimes contra o meio ambiente, Othelino Neto e o cunhado Washington Rodrigues também são chegados a outros crimes menores. Em março de 2009, assim que deixou o cargo de secretário, auditores do estado encontraram documentos que comprovariam uma estratégia familiar para fugir da proibição ao nepotismo. Othelino empregou, via Fapema, a mãe, uma irmã, e o cunhado na Sema. Sem o nome na folha do estado, não dava para acusá-lo de nada.
Os documentos (veja reprodução abaixo) mostram que Claudia Zeneida Gomes, a irmã, recebia R$ 4 mil mensais, o mesmo que o marido Washington Kleber Rodirgues Lima, ambos professores do Uniceuma. O valor refere-se ao que a Fapema paga para professores fazerem cursos de doutorado. Claudia nunca foi vista na Sema, apesar dos R$ 4 mil serem depositados religiosamente em sua conta. Dona Yolete Maria Gomes Alves ganhava R$ 2,2 mil para ser a chefe de gabinete do filho. A mãe e o cunhado trabalhavam também na Prefeitura de São Luís.
CASO DE POLÍCIA
No mês de maio, uma Operação da Polícia Civil do Maranhão batizada de ‘Cayenne’, prendeu, quatro suspeitos de envolvimento em um esquema que desviou R$ 34 milhões da Universidade Virtual do Maranhão (Univima), ligada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectec-MA). O delegado-geral de Polícia Civil Augusto Barros explicou que o esquema beneficiava três empresas, que atuavam como fornecedoras da Univima. São elas: FJS Ferreira Comércio, Valmir Neves Filho Comércio e ID Correa Filho Comércio e Representações.
Mas Othelino Neto e seu cunhado Washington Rodrigues temem que o reflexo desta operação venha atingir seus familiares por causa dos escândalos na Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), que também é vinculada à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O blog já está de posse de dados sobre pagamentos dos recursos públicos à família do vice-presidente da Assembleia Legislativa. Estarei disposto a apresentar na Justiça, no dia da audiência, cópias dos documentos que envolvem o deputado e seu cunhado com esquemas na FAPEMA e SEMA. Aguardem

Aprovação ao governo Dilma é de 9%, diz Ibope

Aprovação ao governo Dilma é de 9%, diz
 Ibope
A aprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) chegou a 9% segundo pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada nesta quarta-feira (1º). De acordo com a pesquisa, 9% dos entrevistados consideravam o governo Dilma como "ótimo ou bom". A pesquisa indica ainda que 21% dos entrevistados avaliam o governo como "regular" e 68% dos entrevistados classificam o governo como "ruim ou péssimo".
Na pesquisa anterior, divulgada em março de 2015, o percentual dos entrevistados que avaliavam o governo como "ótimo ou bom" era de 12%. Os que classificavam o governo como "regular" totalizavam 23% e os que avaliavam o governo como "ruim ou péssimo" somavam 64%.
Esta é a segunda pesquisa CNI/Ibope divulgada desde o início do segundo mandato da presidente petista. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Os menores índices de avaliação de governo registrados pela pesquisa foram nos meses de junho e julho de 1989, durante a gestão do ex-presidente José Sarney (PMDB). Nesses dois meses, o percentual dos entrevistados que classificou o governo como "ótimo e bom" foi de 7%.
Já em relação à aprovação à maneira de governar, a série histórica da pesquisa CNI/Ibope começou a ser feita durante o governo do ex-presidente Fernando Collor (PTB), mas foi sistematizada a partir do primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Os 15% de aprovação obtidos por Dilma são o índice mais baixo de toda a série histórica registrada pela pesquisa.
A pesquisa avaliou também o índice de confiança na presidente Dilma. Segundo o Ibope, em junho, 20% dos entrevistados afirmaram confiar na presidente. Em março deste ano, o índice chegava a 24%. Na série histórica, apenas Sarney obteve um índice de confiança menor que Dilma. Em junho de 1989, apenas 16% dos entrevistados diziam confiar no então presidente.
Já os que afirmaram não confiar na presidente Dilma em junho deste ano somam 78%. Em março, este índice era de 74%. Novamente, apenas Sarney superou Dilma neste quesito. Em junho de 1989, 80% dos entrevistados afirmavam não confiar no presidente.
A pesquisa foi feita entre os dias 18 e 21 de junho e ouviu 2002 pessoas em 141 municípios de todo o Brasil. O grau de confiança é de 95%.

Agenda "positiva" e más notícias

A queda nas taxas de aprovação do governo Dilma acontece mesmo depois de a presidente ter ampliado a chamada "agenda positiva", que incluiu o lançamento de um plano de concessões de R$ 198 bilhões para o setor de infraestrutura e do Plano Safra, voltado ao agronegócio e com investimentos anunciados de R$ 187 bilhões.
No campo político e econômico, entretanto, o ambiente de crise permanece. Segundo o IPCA, a inflação acumulada entre maio de 2014 e maio de 2015 foi de 8,7%, a maior taxa desde dezembro de 2003. De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego chegou a 6,7% nas seis regiões metropolitanas pesquisadas, a maior taxa desde julho de 2010
No campo político, o governo Dilma enfrenta novas denúncias relacionadas à operação Lava Jato. Na última semana, foram divulgados trechos da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, executivo da empreiteira UTC. Segundo o executivo, a empreiteira teria doado R$ 7,5 milhões à campanha para a reeleição de Dilma por temer prejuízos em contratos da empreiteira com a Petrobras. 
Os baixos índices de popularidade da presidente Dilma também foram aferidos pelapesquisa Datafolha divulgada no último dia 20. Segundo a pesquisa, apenas 10% dos entrevistados avaliavam o governo da presidente como "ótimo ou bom". A margem de erro do Datafolha também era de dois pontos percentuais para mais ou para menos.