A cantilena é a mesma manjada de sempre: ‘os ricos estudam de graça e os pobres pagam mensalidade’. Ora, por que não se resolve essa falsa dicotomia ampliando o número de vagas nas universidades públicas?
Não é apenas figura de retórica dizer que o golpista revogará a Lei Áurea, a que libertou os escravos. A tentativa de ampliar a jornada de trabalho para 80 horas semanais, como exige o sistema S, e o fim do ‘legislado sobre o negociado’, bem como o ataque à estrutura sindical, representarão revés concretos aos trabalhadores brasileiros, que ficarão em situação análoga à pré-1888.
O interino Michel Temer pretende reservar ao país uma espécie de neocolonialismo subordinado, sobretudo, aos interesses econômicos e geopolíticos dos Estados Unidos.
Note o caro leitor que o Globo não diz ao vento “fim do ensino superior gratuito”. O jornalão da família Marinho ecoa uma posição de governo já reverberada na entrada do ministro interino da Educação Mendonça Filho, que já avisou qual seria a direção tomadana área pelo golpismo.
Se aprovado o modelo privado de ensino superior no país necessariamente cairá, também, o sistema de ensino superior gratuito do Paraná. As instituições de ensino superior (IES) há muito estão na mira do governador Beto Richa (PSDB), que sistematicamente vem buscando maneiras de desobrigar-se dessa modalidade de ensino.
Portanto, o fim da gratuidade do ensino – agora no superior, depois no ensino médio – é uma prova inconteste de que o golpe e a Globo fazem mal ao Brasil.