Jornalismo com seriedade

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

‘Dono’ de avião que caiu com Eduardo Campos (PSB) assina delação premiada

O acordo ainda precisa ser homologada pela Justiça e João Lyra deve prestar depoimento nas próximas semanas. Além dele, também optaram pela delação Eduardo Freire Bezerra Leite e Apolo Santana Vieira.    

Apontado pela Polícia Federal como responsável por entregar propina de empreiteiras ao ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) – morto em um acidente de avião, em agosto de 2014, durante a campanha presidencial -, o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, conhecido como João Lyra, assinou acordou de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).

O acordo ainda precisa ser homologada pela Justiça e João Lyra deve prestar depoimento nas próximas semanas. Além dele, também optaram pela delação Eduardo Freire Bezerra Leite e Apolo Santana Vieira. Os três empresários pernambucanos foram alvos da operação Turbulência, responsável por investigar o arrendamento da aeronave Cessna Citation PR-AFA que caiu em Santos e vitimou o então candidato Eduardo Campos.

O Estado apurou que além dos fatos envolvendo o avião, João Lyra negociou com os investigadores o detalhamento de todas as transações financeiras realizadas por seu grupo cujos valores são oriundos de superfaturamento de obras públicas e de esquemas envolvendo empreiteiras e o governo de Pernambuco.

Embora a operação Turbulência tenha origem na queda do avião, a PF compartilhou informações com a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e com o grupo de investigadores da Procuradoria-Geral da República. Para chegar aos verdadeiros proprietários do jatinho, a PF mapeou uma teia de empresas de fachada supostamente utilizadas para lavar e escoar dinheiro oriundo de obras públicas para campanhas políticas. Foram investigados repasses da Camargo Corrêa e da OAS que teriam origem em desvios praticados em obras da Petrobras em Pernambuco e na transposição do Rio de São Francisco.

Na denúncia oferecida pelo MPF contra 18 pessoas envolvidas no caso, o MPF apontou que os três empresários lideravam o grupo criminoso que lucrava com “a prática de agiotagem”, lavagem de dinheiro proveniente de superfaturamento de obras públicas e pagamento de propina para agentes públicos. Embora essa primeira denúncia tenha sido arquivada, a investigação prossegue em Pernambuco.

“A organização atuava por meio do controle de movimentações financeiras, tanto de empresas de fachada quanto do caixa paralelo de empresas em atividade, ora de maneira eventual, através da autorização de movimentações bancárias em nome de empresas coligadas à organização, ora de forma continuada, no caso das empresas gerenciadas pelos membros da organização”, explicou o MPF em sua denúncia contra João Lyra e outras 17 pessoas.


À época da deflagração da Turbulência, o Partido Socialista Brasileiro (PSB), do qual Eduardo Campos era presidente, reiterou a sua confiança na “conduta sempre íntegra do ex-governador” e o apoio incondicional ao trabalho de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público, esperando que resulte no pleno esclarecimento dos fatos.” A Camargo Corrêa afirmou que a empresa foi a primeira a colaborar e que segue à disposição da Justiça. A OAS não retornou aos contatos da reportagem.

sábado, 21 de janeiro de 2017

Imagem do dia: Sarney consegue reunir apenas quatro dos 18 deputados federais do MA


Quem não era Sarney… Bastava dar um pio que a classe política enchia qualquer auditório, hoje, sem o mesmo prestígio dos anos anteriores, sobra espaço até nos sofás da sala
A família Sarney passou por mais um vexame político do Maranhão: prova cabal da decadência da oligarquia no Estado! Nesta sexta-feira (20)  o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) esteve em São Luís para angariar votos na sua campanha de reeleição, e para tanto, escolheu  José Sarney como seu principal cabo eleitoral: péssima ideia! O ex-presidente da república prometeu presença de 12 dos 18 deputados federais maranhenses, no entanto, apareceram apenas quatro. Entre eles, o próprio filho – atual Ministro do Meio Ambiente – , e Juscelino Filho – que só esteve presente para não fazer desfeita a Maia – vez  que é o presidente Estadual do Democratas. Victor Mendes (PSD) e João Marcelo (PMDB) foram os outros dois parlamentares que estiveram presentes no “mega” ato político de Sarney.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

AUDITORIA REVELA QUE FILUCA DESVIOU R$ 2,1 MILHÕES QUE DARIA INÍCIO AO PÓLO INDUSTRIAL DE PINHEIRO

Auditoria da Secretaria de Estado de Transparência e Controle revelou que o prefeito Filuca Mendes, com a conivência do ex-secretário de Indústria e Comércio do governo Roseana, Maurício Macedo, desviou cerca de 70% dos R$ 3 milhões oriundos de um convênio que deveria promover o desenvolvimento industrial de Pinheiro e entorno.
A auditoria constatou in loco, entre 19 a 20/10/2015, que os serviços contratados por Filuca não foram realizados e que mesmo provocando um dano ao erário de R$ 2,1 milhões, Macedo aprovou a sua prestação de contas.
Há a suspeita de que esses recursos abasteceram a campanha de 2014, na qual Victor Mendes (PV), filho do prefeito, foi eleito deputado federal com 85 mil votos.
O convênio, assinado dia 6 e pago dia 25 de junho, a pouco mais de três meses da eleição de outubro, seria uma espécie de consolo de Roseana ao primo Filuca, depois que Victor foi obrigado a deixar a Secretaria de Meio-Ambiente e trocar uma reeleição certa para a Assembleia Legislativa por uma temerosa disputa para a Câmara Federal, após o irmão da governadora, Sarney Filho – o verdadeiro dono do posto -, lançar a candidatura do filho, Adriano Sarney, para deputado estadual.
Em seu lugar assumiu Genilde Campagnaro, que em apenas dez meses de gestão foi responsabilizada em uma outra auditoria pelo prejuízo de R$ 11 milhões aos cofres públicos.
Já Adriano Sarney saiu no lucro e foi eleito com 48 mil votos!
Além da compra de materiais de consumo antes mesmo do funcionamento da sede da SEDINC em Pinheiro (92,77% dos bens de informática e 38,85% das mobilias de escritório adquiridas pelo prefeito não foram encontradas), e do pagamento por obras não concluídas, o que chama atenção no relatório da STC são as contratações de consultorias.
A Ferreira Fonseca Serviços de Assessoria e Com. Ltda. recebeu R$ 1,5 milhão pela elaboração de levantamento e diagnóstico do potencial industrial no município e entorno e elaboração e execução de um plano de atração para o pólo industrial.
Enquanto a Chaves e Maia Advogados Associados levou R$ 298 mil pelo desenvolvimento de estudos e propostas de legislação para a atração e incentivos de empresas!
Quase R$ 300 mil para elaborar leis!
E mesmo assim, nem isso fizeram.
Segundo a auditoria, as duas empresas não prestaram os serviços pelos quais foram contratadas e o único diagnóstico foi o do dano ao erário de R$ 1,8 milhão.
Filuca é gente boa, fino, simples dizem até.
Mas, por trás de toda essa simpatia está o homem público, que dá tapinhas nas costas ao mesmo tempo que condena a população à miséria ao deixar de atrair empresas, que poderiam gerar empregos, para atrair votos.
E faz tudo isso rindo!


“Não vão atrapalhar o Carnaval de Pinheiro”, afirma Luciano Genésio



O Carnaval de Pinheiro é considerado um dos melhores do Maranhão. Mas este ano, parece que querem atrapalhar a folia dos pinherenses. Aliados do ex-prefeito Filuca Mendes, tem noticiado possíveis irregularidades na licitação para contração da empresa que fará o carnaval da cidade.
O motivo para tentar inviabilizar uma festa tão tradicional como a de Pinheiro é simples de entender. Caso não consiga realizar um carnaval de alta qualidade, seria o discurso perfeito para os adversários colocar a opinião pública contra o prefeito Luciano Genésio. A ideia é criar o discurso de que se Luciano não foi capaz de realizar um carnaval à altura de Pinheiro não seria capaz de administrar o município.
Os adversários dizem que a licitação para o Carnaval é carta marcada, ou seja, quando já se sabe qual empresa irá levar o contrato. Eles praticamente afirmam que a empresa vencedora da licitação será a Gajo Entretenimento. A empresa tem anunciado em suas redes sócias o carnaval de Pinheiro, apenas isso, e não faz nenhuma referência de atrações ou programação. Dias atrás, um outro baner circulou divulgado o carnaval com atrações e com outra empresa, desconhecida do público. Tudo com cheiro de armação.
A Gajo Entretenimento, empresa citada pelos aliados de ser a carta marcada, sequer concorrerá ao processo licitatório. Portanto não exagero nenhum acreditar que tudo não passa de uma armação para tentar deixar os maranhenses sem um dos melhores do Carnaval do Estado.
Em contado com o blog, o prefeito Luciano Genésio reagiu e disse que tudo está sendo feito dentro da legalidade e que não vão atrapalhar o carnaval de Pinheiro. Ele disse ainda que a prefeitura está trabalhando para presentear os foliões com o melhor Carnaval que pinheiro já teve.
“Estão de brincadeira, tudo está sendo feito dentro da legalidade e não são denúncias vazias que irão atrapalhar o carnaval de Pinheiro. Vamos realizar o melhor Carnaval que o município já teve, com muitas atrações, uma programação diversificada e muita segurança para os foliões.”

Acusado de tramar contra a Lava Jato, Sarney diz que Teori era um 'magistrado sério, correto e brilhante'

O ex-presidente  disse ter conhecido Teori quando ainda era juiz federal e acompanhou sua ascensão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde, segundo Sarney, teve passagem 'marcante'

O ex-presidente José Sarney, divulgou nota de pesar pela morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, vítima de um acidente aéreo em Paraty-RJ nesta quinta-feira, 19.

"É com profunda tristeza que recebo a notícia do falecimento do Ministro Teori Savascki, por quem tinha grande admiração. Era um magistrado sério, correto e brilhante. Prestou um grande serviço à magistratura brasileira com sua experiência, e cultura jurídica", escreveu Sarney.

O ex-presidente disse ter conhecido Teori quando ainda era juiz federal e acompanhou sua ascensão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde, segundo Sarney, teve passagem "marcante".

Sarney chegou a ter prisão pedida pelo Procurador-Geral Rodrigo Janot por tramar para atrapalhar o trabalho de investigação desenvolvido pelo Operação Lava Jato.

O ex-presidente também figura em uma lista de pagamentos de propina pela Construtora Odebrecht.