Jornalismo com seriedade

sexta-feira, 3 de março de 2017

Novo ministro, Aloysio Nunes é investigado no STF por crime eleitoral

Coluna do Estadão

Escolhido hoje pelo presidente Michel Temer para o Ministério das Relações Exteriores, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) vai reforçar a fila de investigados do governo.

Em setembro do ano passado, o ministro Celso de Mello, do STF, determinou a abertura de inquérito contra o tucano para apurar envolvimento em possível crime eleitoral de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

A investigação foi aberta com base em delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa que disse à Procuradoria-Geral da República (PGR) que Aloysio teria recebido R$ 300 mil de forma oficial e R$ 200 mil em dinheiro de caixa dois para sua campanha ao Senado em 2010.

O empresário afirmou que as doações, oficiais ou não, eram pagamentos de propina para obtenção de contratos com a Petrobrás.


Aloysio diz que as acusações são “absurdas”. “É simplesmente absurda a mera suposição de que eu, oposicionista notório e intransigente aos governos do PT, pudesse favorecer negócios na Petrobrás”, afirma

Ex-presidente da Odebrecht diz que repassou R$ 9 milhões a pedido de Aécio Neves

Benedicto Júnior, um dos delatores da empreiteira na Lava Jato, contou ao TSE que dinheiro, pago via caixa 2, foi repartido em 2014, sendo R$ 6 milhões para três políticos do PSDB e R$ 3 milhões para marqueteiro do tucano, que concorria à Presidência da República; executivou relatou que a empresa repassou R$ 200 milhões para todas as campanhas
O Estado de São Paulo
O ex-presidente da Construtora Odebrecht Benedicto Júnior, um dos delatores da Operação Lava Jato, disse nesta-quinta-feira, 2, em depoimento ao ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que na campanha de 2014 repassou R$ 9 milhões a políticos do PSDB e do PP e ao marqueteiro tucano a pedido do então candidato à Presidência Aécio Neves – presidente nacional da sigla. Segundo Benedicto, a doação foi feita via caixa 2.

O executivou relatou que a Odebrecht repassou R$ 200 milhões para todas as campanhas de 2014. Benedicto afirmou que R$ 120 milhões doram transferidos de forma oficial, R$ 40 milhões por caixa 2 de terceiros, no caso pela Cervejaria Itaipava e R$ 40 milhões por caixa 2.

Ele não disse que se encontrou ou se tratou pessoalmente com Aécio sobre as doações. A audiência, realizada na sede do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, no Rio, faz parte da Ação de Investigação Judicial Eleitoral aberta a pedido do PSDB contra a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer por suspeita de abuso de poder econômico na campanha presidencial.

Questionado por advogados que compareceram à sessão, Benedicto relatou que R$ 6 milhões foram repassados para Antonio Anastasia (PSDB) – que foi eleito senador em 2014 –, para o ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB) – que concorreu ao governo de Minas – e Dimas Fabiano Toledo Júnior (PP) – eleito deputado federal e filho do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo. Os outros R$ 3 milhões, ainda segundo o ex-presidente da Construtora Odebrecht, foram pagos ao publicitário Paulo Vasconcelos, marqueteiro de Aécio na campanha presidencial. O combinado, segundo o executivo, era um pagamento no total de R$ 6 milhões para Vasconcelos, mas só foi possível repassar a metade.

O ex-executivo da Odebrecht – conhecido na empreiteira como BJ – não pôde dar mais detalhes. Ele foi advertido pelo ministro de que as doações ao PSDB são objeto estranho à investigação. Benedicto disse que não tinha ciência de doações à campanha nacional, pois cuidava apenas de doações estaduais.

Segundo testemunhas do relato do ex-executivo, ele afirmou que não poderia dizer se os pagamentos foram realizados em dinheiro. Um advogado o questionou sobre a forma das doações. Ele admitiu repasses não contabilizados, o caixa 2. Disse que, em geral, são feitos via caixa 1, ou caixa 1 por terceiros – citou a cervejaria Itaipava que, segundo o empreiteiro Marcelo Odebrecht, era usada como “laranja” para repasses a políticos.

“Quando é por caixa 2 como é feito o pagamento?”, perguntou um outro presente à sessão. “É dinheiro, em espécie”, respondeu Benedicto.

Paulos Vasconcelos, Pimenta da Veiga  e Dimas Toledo Filho não foram localizados.

COM A PALAVRA, O SENADOR AÉCIO NEVES
Procurada, a assessoria do senador Aécio Neves disse que ele “solicitou, como dirigente partidário, apoio para inúmeros candidatos de Minas e do Brasil a diversos empresários, sempre de acordo com a lei. Como já foi divulgado pela imprensa, o empresário Marcelo Odebrecht, que dirigia a empresa, declarou, em depoimento ao TSE, que todas as doações feitas à campanha presidencial do senador Aécio Neves em 2014 foram oficiais”.

COM A PALAVRA, O SENADOR ANTONIO ANASTASIA

Em nota, a assessoria do senador Antonio Anastasia disse que o parlamentar “nunca tratou, no curso de toda sua trajetória pessoal ou política, com qualquer pessoa ou empresa sobre qualquer assunto ilícito”.

Clique aqui e acesse o Twitter do Blog ONU alerta que casos de overdose entre as mulheres disparam no mundo todo


O relatório anual de 2016 do Conselho Internacional para o Controle de Narcóticos (INCB, na sigla em inglês) , entidade da Organização das Nações Unidas (ONU), alerta que houve um aumento desproporcional dos casos de overdose de drogas e medicamentos entre as mulheres no mundo. O documento, lançado na quinta-feira (2), pede aos países que levem as mulheres em consideração na preparação de programas e políticas sobre o assunto. As informações são da ONU News.
Segundo o INCB, os governos devem dar prioridade ao fornecimento de cuidados de saúde a mulheres dependentes e quer mais fundos e coordenação para evitar e tratar o abuso de drogas entre o público feminino. O relatório mostrou que mulheres e meninas representam um terço dos usuários globais de drogas. Os índices mais altos foram registrados entre as mulheres em países ricos.
Ao mesmo tempo, apenas 20% das pessoas que recebem tratamento são mulheres. Comparado com os homens, as mulheres são mais propensas a receber prescrições de narcóticos e medicamentos para combater a ansiedade.
O relatório mostra ainda que houve um aumento significativo das prisões de pessoas do sexo feminino por crimes relacionados às drogas. Os especialistas constataram uma forte conexão entre as trabalhadoras do sexo e o uso de drogas. Eles explicam que muitas mulheres se prostituem para financiar as drogas e outras usam as substâncias para conseguir suportar a natureza do trabalho.
O organismo da ONU afirma também que a legalização da maconha para uso recreativo é incompatível com as obrigações legais internacionais.
Brasil e América do Sul
No Brasil, o relatório diz que o crime organizado e o tráfico de drogas continuam sendo o foco das preocupações e da cooperação regional, incluindo a tríplice fronteira do país com a Argentina e o Paraguai.
No ano passado, Brasil, Peru e Bolívia anunciaram a criação de um centro de inteligência da polícia para combater o tráfico de drogas entre os três países. O governo brasileiro firmou também um acordo de cooperação estratégica com o Escritório da Polícia Europeia (Europol), para aumentar a cooperação entre os dois lados.
O relatório do Conselho Internacional para o Controle de Narcóticos afirma ainda que apesar da fabricação de cocaína ocorrer principalmente na Colômbia, no Peru e na Bolívia, laboratórios clandestinos foram encontrados no Brasil, na Argentina, no Chile e no Equador.
Além disso, o uso de cocaína por estudantes do ensino médio é mais alto na América do Sul em comparação com as Américas Central e do Norte e no Caribe. Os maiores índices foram registrados na Argentina, Chile, Colômbia e Brasil, em quarto lugar.
Em relação ao "crack", Brasil, Argentina, Chile e Paraguai apresentaram os menores índices de consumo entre os estudantes do ensino médio. O documento do INCB ressalta ainda a implementação de programas para detectar o HIV no Brasil.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Aécio pediu R$ 15 milhões para campanha de 2014, diz Odebrecht

Informação foi dada pelo ex-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, em depoimento.

Em seu depoimento de quatro horas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira, dia 1º, o delator e ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht relatou que o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, teria lhe pedido R$ 15 milhões no final do primeiro turno da campanha eleitoral de 2014.
O delator depôs na Ação de Investigação Judicial Eleitoral aberta a pedido do PSDB contra a chapa Dilma/Temer. Ele disse que, inicialmente, negou o pedido do tucano afirmando que o valor era muito alto, mas que o senador teria sugerido como "alternativa" que os pagamentos fossem feitos aos seus aliados políticos.
Após ser preso na Lava Jato, contudo, Odebrecht disse ter sido informado que o aporte financeiro acabou não se concretizando. Ainda assim, segundo ele, teria ficado definido no encontro com Aécio que o repasse seria discutido entre Sérgio Neves, que era superintendente da empresa em Minas, e o empresário Oswaldo Borges da Costa, apontado como tesoureiro informal do tucano. Em seu relato, Odebrecht disse que só se recorda de doações oficiais Aécio.
O valor bate com a planilha e a troca de mensagens de Odebrecht apreendidos pela Lava Jato e que mostram o repasse de R$ 15 milhões do departamento de propina da empreiteira ao apelido "mineirinho" que, segundo o delator Claudio Melo Filho, era uma referência a Aécio.
Odebrecht respondeu sobre o tucano quando questionado pela defesa da presidente cassada Dilma Rousseff - de acordo com os advogados, questionar doações para o PSDB fazia parte da estratégia da petista. À Justiça Eleitoral, a campanha do senador mineiro registra doações que somam R$ 3,9 milhões da Construtora Odebrecht e R$ 3,9 milhões da Braskem, petroquímica do grupo empresarial. Ao todo, o PSDB recebeu R$ 15 milhões da Odebrecht em doações eleitorais em 2014.
O delator, contudo, não se aprofundou mais sobre o assunto, pois o juiz auxiliar que estava conduzindo a audiência pediu a Marcelo que se limitasse ao objeto da Ação Judicial Eleitoral - repasses para a chapa Dilma-Temer, que venceu as eleições de 2014.
Além destes R$ 15 milhões, o empreiteiro contou que se encontrou várias vezes com o tucano, e que Aécio sempre pediu dinheiro para campanhas. Em relação aos repasses para a campanha tucana em 2014, o delator disse que se lembrava mais especificamente de três ocasiões - uma doação para o PSDB na época da pré-campanha, uma de cerca de R$ 5 milhões durante a campanha, e o pedido no final do primeiro turno de R$ 15 milhões.
Na versão do empreiteiro, o contato da Odebrecht com Aécio para tratar da campanha era mais difuso do que com Dilma e feito com a base das empresas do grupo em Minas, Estado do senador.
'Mineirinho'
A versão de Marcelo Odebrecht coincide com documentação encontrada pela Lava Jato em Curitiba. No pedido de busca e apreensão da Polícia Federal na 26.ª fase da operação, a Xepa, "Mineirinho" é apontado como destinatário de R$ 15 milhões entre 7 de outubro e 23 de dezembro de 2014. As entregas, registradas nas planilhas da secretária Maria Lúcia Tavares, do Setor de Operações Estruturadas - conhecido como o "departamento de propina" da Odebrecht - teriam sido feitas em Belo Horizonte, capital de Minas.
A quantia foi solicitada em 30 de setembro de 2014, na véspera do primeiro turno, por Sérgio Neves, a Maria Lúcia, que fez delação e admitiu operar a "contabilidade paralela" da empresa a mando de seus superiores. O pedido foi intermediado por Fernando Migliaccio, ex-executivo da empreiteira que fazia o contato com Maria Lúcia e que foi preso na Suíça.
Defesa

Procurada nesta quinta-feira, 2, a assessoria de imprensa do tucano não havia emitido posição oficial sobre o caso até por volta das 13h. O espaço está aberto para manifestação de Aécio

quarta-feira, 1 de março de 2017

Na corrida para o Senado, Waldir Maranhão visita vários municípios durante carnaval

FONTE BLOG LUIS PABLO
Luciano e Waldir no carnaval de Pinheiro, o melhor do Maranhão
Luciano e Waldir no carnaval de Pinheiro, o melhor do Maranhão
O deputado federal Waldir Maranhão tem trabalhado diuturnamente para consolidar seu nome na corrida para o Senado.
Waldir aproveitou o carnaval e fez uma intensa agenda política visitando vários municípios e suas bases eleitorais.
Waldir com lideranças de São João Batista
Waldir com lideranças de São João Batista
Durante sua passagem pelas cidades maranhenses, o parlamentar recebeu a garantia de apoio a sua candidatura de senador, nas próximas eleições em 2018.
Waldir Maranhão foi recebido por diversos prefeitos e lideranças políticas da Baixada Maranhense, onde pretende ter o maior volume de votos.
Waldir Maranhão ao lado do prefeito Luizinho em São Bento-MA
Waldir Maranhão ao lado do prefeito Luizinho em São Bento-MA
Prefeitos como Luciano Genésio (Pinheiro), Luizinho (São Bento), entre outros, são grandes lideranças na região que carregam a bandeira de Waldir na Baixada. Todos apostam e defendem seu projeto.
Waldir, por sua vez, tenta passar por cima da imagem de desgaste que sofreu a nível nacional no caso do impeachment, que ainda poderá lhe render bons frutos com a possível vinda do ex-presidente Lula ao Maranhão para defender sua candidatura ao Senado. Mas essa é uma outra história.
Deputado Waldir Maranhão com Eldon Jorge e lideranças de Matinha
Deputado Waldir Maranhão com Eldon Jorge e lideranças de Matinha
Waldir na festa de carnaval em Guimarães com lideranças
Waldir na festa de carnaval em Guimarães com lideranças
Grupo político de Cururupu ao lado do deputado Waldir
Grupo político de Cururupu ao lado do deputado Waldir

Othelino Neto e Victor Mendes ficam com receio de se vestirem de mulher no bloco das “Patifas” em Pinheiro

Os deputados Othelino Neto e Victor Mendes passaram o último dia de carnaval “juntos e misturados”.
Os dois percorreram pelas ruas da cidade de Pinheiro-MA no tradicional bloco das “Patifas”, onde os homens se vestem de mulher.
No caso de Othelino e Victor não houve figurino. Eles, na verdade, ficaram com receio de se “montar” e usaram apenas a camisa do bloco.
Há quem diga que em outros carnavais o look era mais exuberante.

Campanha da Fraternidade começa hoje com o tema defesa dos biomas


Com o tema "Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida", a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre oficialmente, nesta Quarta-feira de Cinzas, dia primeiro de março, a Campanha da Fraternidade 2017 (CF 2017). 
A campanha, que tem como lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15), alerta para o cuidado da Casa Comum, de modo especial dos biomas brasileiros. Segundo o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, a proposta é dar ênfase à diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. Para ele, a depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem, sejamos conduzidos à vida nova”, afirma.
Ainda de acordo com o bispo, a CF deseja, antes de tudo, levar à admiração, para que todo o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada. "Tocados pela magnanimidade e bondade dos biomas, seremos conduzidos à conversão, isto é, cultivar e a guardar”, salienta.
No Brasil, a Campanha já existe há mais de 50 anos e sua abertura oficial sempre acontece na Quarta-feira de Cinzas, quando tem início a Quaresma, época na qual a Igreja convida os fiéis a experimentarem três práticas penitenciais: a oração, o jejum e a esmola. 
O que é um bioma
O bioma, na definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o "conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, resultando em uma diversidade biológica própria". Em outras palavras, ele pode ser definido como uma grande área de vida formada por um complexo de ecossistemas com características homogêneas.
Um bioma é definido por um tipo principal de vegetação (embora num mesmo bioma possam existir diversos tipos de vegetação) e também de animais típicos, embora estes não influam tanto na definição.
Os biomas brasileiros são a Amazônia, o Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, o Pampa e o Pantanal.