Jornalismo com seriedade

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Roberto Rocha busca aliança com o clã Sarney e reforça sua má fama de traidor


Rocha ao lado da Murad e do ex-secretário do governo Roseana…
Ao receber em Brasília (DF) dois membros do clã Sarney, o senador Roberto Rocha (PSB) confirma a má fama de traidor que adquiriu ao ter rompido com o governador Flávio Dino (PCdoB). Rocha, que atualmente considera o governador como seu rival, só conseguiu chegar ao Senado em 2014 graças à chapa vitoriosa que elegeu Flávio Dino e pôs fim a quase 50 anos de domínio do grupo Sarney no Maranhão.
Roberto Rocha esteve reunido nesta terça-feira (23) com a deputada estadual Andréa Murad (PMDB) e com o chefe do seu gabinete, Fábio Gondim. O encontro é mais um sinal de que o parlamentar está tentando fazer o caminho de volta ao grupo Sarney para tentar articular apoio da oligarquia nas eleições de 2018, quando pretende disputar o governo do Estado contra Flávio Dino.
Em 2014, no entanto, o discurso de Roberto Rocha ao lado de Dino era outro. Na época, seu slogan era “senador da mudança”, e sua candidatura seguia uma linha clara de antagonismo ao poderio do clã Sarney. Atualmente ele usa as redes sociais para criticar arbitrariamente a gestão Dino, no afã de macular a boa aceitação popular do governador entre os maranhenses.
Rocha é filho do ex-governador Luiz Rocha, político que fez carreira atendendo ordens da família Sarney. Voltar ao grupo Sarney parece ser a única saída para o projeto político do senador para 2018. Ele era um fiel aliado do presidente Temer e planejava contar com o apoio da máquina federal nas próximas eleições. No entanto, seus planos foram interrompidos quando seu partido, o PSB, decidiu abandonar a gestão Temer e defender a imediata renúncia do presidente.
“Diga-me com quem andas que te direi quem és”
O parlamentar, que há pouco mais de dois anos fazia duras críticas aos interesses políticos da oligarquia Sarney, não mede consequências ao aparecer em reunião com integrantes do clã, ainda que essas novas alianças possam gerar maior desgaste da sua imagem pública.
Andréa Murad é filha do ex-secretário de Roseana Sarney, Ricardo Murad, apontado como chefe de uma organização criminosa que desviou R$ 1,2 bilhão da Saúde do Maranhão.
Já Fábio Gondim, assessor de Rocha e que também foi secretário de Planejamento no governo Roseana, saiu do Maranhão para assumir a Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Mas ele passou apenas sete meses no cargo, sendo exonerado devido a grave crise instalada na saúde da capital federal durante sua administração. Ele chegou a ser alvo de ação do Ministério Público Federal que pedia sua prisão por supostamente ter descumprido acordos nos fornecimentos de medicamentos para pacientes com hemofilia.
Gondim também respondia a processo por improbidade administrativa durante o governo Roseana. Ele teria omitido informações a respeito de despesas e receitas do governo do Estado que não foram divulgadas no Portal Transparência.

Sebrae no MA realiza mais de 12 mil atendimentos na 9ª Semana do MEI

FONTE SEBRAE
Com ações em 37 municípios e 39 pontos de atendimento espalhados pelo estado, a iniciativa do Sebrae apresentou resultados melhores do que o registrado em 2016

Os técnicos e consultores credenciados do Sebrae realizaram 12.105 atendimentos durante a 9º Semana Nacional do MEI e 4ª Semana de Educação Financeira no Maranhão. Este número é 4,8% maior do que o registrado em 2016, quando foram realizados 11.550 atendimentos.
“Este resultado mostra que, com profissionalismo, dedicação e criatividade, é possível realizar mais e obter melhores resultados. Atuamos no estado inteiro, realizamos ações em 37 cidades maranhenses, ampliamos a capilaridade das ações com o apoio de uma rede de parceiros, públicos e privados, e desta forma conseguimos amplificar o atendimento para os pequenos negócios, em especial aos Microempreendedores Individuais”, comentou o diretor superintendente do Sebrae no Maranhão, João Martins.
Ao todo, durante a 9º Semana Nacional do MEI e 4ª Semana de Educação Financeira foram realizados 277 palestras e oficinas em 39 pontos de atendimento no estado. Além disso, foram realizadas 94 formalizações de MEIs, 5.107 orientações empresariais e 586 consultorias.
"Os resultados alcançados mostram a aceitação do Sebrae pelos empreendedores do estado. As metas para as Semanas do MEI e de Educação Financeira foram superadas com tranquilidade, porque o maranhense confia que a instituição está fazendo seu papel”, acredita o diretor técnico do Sebrae, José Morais.
A 9ª Semana do MEI e 4ª Semana de Educação Financeira aconteceu de 8 a 13 de maio. Em Pinheiro uma decisão inédita marcou a semana, pela primeira vez as ações não aconteceram apenas na sede da Unidade Regional do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Maranhão (Sebrae) em Pinheiro. A descentralização levou capacitações para os municípios de Guimarães, Alcântara e Bequimão, além é claro da cidade de Pinheiro.
A semana do MEI na regional alcançou números expressivos, foram quase 500 atendimentos, através de 08 palestras com mais de 200 participantes, 11 oficinas com mais de 190 participantes e 95 atendimentos especializados entre consultorias e orientações técnicas. A unidade regional do Sebrae de São Luís foi quem mais realizou atendimentos no estado, seguida de Imperatriz (1.619) e Caxias (1.425).   

MEI
No Brasil, os Microempreendedores Individuais já chegam a 7 milhões de pessoas que encontraram na formalização uma maneira mais segura de conquistar o seu espaço no mercado e possuem, hoje, cidadania empresarial sendo incluídas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), com vantagens como redução tributária e seguridade da Previdência Social, passando a ter direitos como aposentadoria, auxílios maternidade e doença, dentre outros.
No Maranhão, os MEIs já ultrapassam 92 mil, de acordo com estatísticas do Portal do Empreendedor do dia 30 de abril, sendo a capital São Luís o município que concentra o maior número, com 30.309, seguido de Imperatriz (8.145), São José de Ribamar (4.009), Timon (2.989) e Paço do Lumiar (2.444).

Semana do MEI em Números
Resultados da edição de 2017 superaram em 4,8% os registrados em 2016
                                               2016                2017
Cidades                                  28                    37
Atendimentos                        11.550             12.105
Palestras e Oficinas                229                  277
Pessoas capacitadas*             4.845               6.402
Formalizações                        197                  94                   
Consultorias                           647                  586


*Pessoas capacitadas em palestras e oficinas

terça-feira, 23 de maio de 2017

Sarney, FHC e Renan Calheiros articulam novo nome para substituir Temer, diz jornal


O alto comando da coalizão partidária que sustenta o governo Temer busca desde o fim de semana uma solução para a crise que permita a renúncia do presidente e dê a ele garantias de que não irá para a prisão.
Temer já teria concordado com a ideia, e opções como indulto ou pedido de asilo foram discutidas nas últimas horas. Entre os articuladores estão José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Romero Jucá e Renan Calheiros. O primeiro obstáculo é a escolha de um nome de consenso para substituir Temer, em eleição indireta.
A ele caberia acertar uma agenda mínima para a transição até 2018 e convocar uma assembleia constituinte. Gilmar Mendes e Nelson Jobim teriam a preferência do PMDB. Mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem conversado com senadores, e o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, apresentou-se ontem como o garantidor das reformas no Congresso. Há uma corrida contra o tempo: há pedidos de impeachment, as condições de governabilidade perdem força a cada minuto.
E as ruas podem melar o jogo.
Roteiro na rede
O caminho negociado por PMDB e PSDB foi exposto por Renan Calheiros no Facebook: “Precisamos construir uma saída na Constituição que garanta eleições gerais em 2018 e assembleia nacional constituinte. Fora disso é o imponderável. Tenho convicção que o presidente compreenderá seu papel e ajudará na construção de uma saída.”
Da coluna Lidya Medeiros/ O Globo

Câmara acumula 14 pedidos de impeachment de Michel Temer

Nove pedidos para impedimento do presidente foram apresentados após divulgação de conversa com o empresário Joesley Batista; outros cinco foram protocolados antes de delação.

G1
Situação de Michel Temer começa a ficar insustentável
Câmara dos Deputados já havia recebido, até a tarde desta segunda-feira (22), 14 pedidos de impeachment do presidente Michel Temer.
Do total, nove foram protocolados desde a divulgação de informações da delação premiada dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista. Outros cinco já tramitavam na Casa anteriormente.
A delação dos executivos foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e, com base nas informações, a Corte autorizou a abertura de inquérito para investigar o presidente Michel Temer por suspeitas de corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa.
Diante dos pedidos de destituição do presidente já apresentados, cabe ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidir se aceita ou não os argumentos e dá andamento ao processo de impeachment de Temer.
Além dos 14 pedidos já registrados na Câmara, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, informou nesta segunda-feira (22) que a entidade apresentará, ainda nesta semana, mais um pedido de impeachment de Temer.
No último fim de semana, a OAB aprovou, por 25 votos a 1, entrar com o pedido de impeachment.

Os pedidos

Autor: Mariel Márley Marra, advogado
  • Data da Apresentação: dezembro de 2015
  • O que diz: argumenta que o presidente cometeu o mesmo ato da ex-presidente Dilma Rousseff ao assinar decretos que abriram créditos suplementares sem autorização do Congresso, que seriam incompatíveis com a meta de resultado primário.
  • Situação: aguarda indicação de membros pelos partidos para instalação de comissão especial, mas o processo está judicializado. Em abril do ano passado, o ministro do STF Marco Aurélio Mello concedeu uma liminar (decisão provisória) ao advogado determinando que o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, instalasse uma comissão especial na Casa para analisar o caso, nos moldes do que ocorreu com Dilma. A Câmara, porém, não cumpriu a ordem e não instalou a comissão. Após nova cobrança de Marco Aurélio, o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu, em dezembro de 2016, que o plenário do STF decida se a Casa deve ou não dar prosseguimento ao pedido. A decisão ainda não foi tomada.

Fachin cede à Receita provas contra Renan, Jucá, Sarney e outros investigados na Lava Jato

Estadão
Nelson Jr.|SCO|STF

O objetivo é verificar a ocorrência de infrações tributárias e iniciar ou complementar procedimentos fiscais contra políticos


O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Receita Federal a obter documentos e provas que fazem parte de investigações da Lava Jato no STF contra os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Fernando Collor (PTC-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Edison Lobão (PMDB-MA) e o ex-presidente da República José Sarney, entre outros parlamentares. O objetivo da Receita é verificar a ocorrência de infrações tributárias e iniciar ou complementar procedimentos fiscais contra políticos.
Ministro Edson Fachin, do STF
Ministro Edson Fachin, do STF 
No fim de março, o grupo de trabalho da Receita Federal que fiscaliza a Operação Lava Jato pediu acesso ao conteúdo de 13 inquéritos e uma ação cautelar que estão na Corte, em busca de indícios de não pagamento de impostos por parte de investigados.
A Receita informou a Fachin que alguns dos envolvidos na Lava Jato já estão sob procedimento fiscal, em que se apura possíveis irregularidades em relação ao pagamento de impostos. E afirmou que a “possível celeridade na obtenção desses documentos otimizará as decisões acerca das confirmações necessárias quanto à efetividade dos indícios de infração tributária que deram causa aos procedimentos fiscais instaurados e em face de novos alvos potenciais que ainda não tiveram ações fiscais iniciadas”.