Com a segunda
denúncia da Procuradoria da República nos seus calcanhares, o presidente Michel
Temer reabriu as portas do Palácio para os parlamentares; de 2ª feira (25) a 6ª
feira (29), o peemedebista recebeu 43 deputados, entre eles os deputados
federais pelo Maranhão Aluísio Mendes (Pode) e Cléber Verde (PRB), que votaram
a favor do arquivamento da primeira denúncia
O presidente Michel Temer reabriu as
portas de seu gabinete no Palácio do Planalto com a chegada da nova denúncia
por parte da Procuradoria Geral da República. De 2ª feira (25.set) a 6ª feira
(29.set), o peemedebista recebeu 43 deputados. Entre eles os deputados federais
pelo Maranhão Aluísio Mendes (Pode) e Cléber Verde (PRB), ambos foram a favor
do arquivamento da primeira denúncia.
Desde a 2ª
denúncia, em 14 de setembro, foram 48 deputados. Desses, Cléber Verde e mais 11
são integrantes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. O ritmo
de audiências se intensificou após Temer voltar de viagem aos Estados Unidos,
onde participou da Assembleia Geral da ONU, em 21 de setembro.
O levantamento do
Poder360 leva em conta as agendas oficiais do presidente da República
divulgadas pelo site do Palácio do Planalto. Há encontros que não são
registrados pela Secretaria de Comunicação Social do Governo –o exemplo mais
célebre é a reunião entre o presidente e Joesley Batista no Palácio do Jaburu.
NA 1ª DENÚNCIA: 3
AUSENTES E 1 CONTRÁRIO
Dos deputados que
se reuniram com Michel Temer, 3 estiveram ausentes na votação da
admissibilidade da 1ª denúncia e 1 foi contra o presidente.
O peemedebista
Osmar Serraglio (PR), ex-ministro da Justiça, não esteve na votação em 2 de
agosto e se reuniu com o presidente na 4ª feira (27.set). Marcos Reategui
(PSD-AP) e João Fernando Coutinho (PSB-PE) também votaram no plenário da Câmara
e se reuniram com Temer.
O peessebista
George Hilton (MG), ex-ministro do Esporte do governo da ex-presidente Dilma
Rousseff, esteve com Michel Temer na 5ª feira (28.set). No plenário da Câmara,
ele votou contra o presidente.
INTEGRANTES DA CCJ
Ao todo, Temer
recebeu 12 deputados que atualmente integram a CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça), colegiado que analisa a denúncia antes de o processo ir ao plenário
da Casa.
A comissão tem 66
integrantes titulares. Descontando cerca de 20 votos já definidos contra Michel
Temer (de deputados do PT, PC do B, PDT, Rede, Psol, PSDB, PSB e Podemos),
restam 46 governistas ou “negociáveis”. O presidente conseguiu se reunir com
26% deles.
Outros 6 são
suplentes da comissão e podem votar em caso de ausência de 1 titular de seu
bloco. O relator, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), por exemplo, é 1
suplente no colegiado.
Desde que a denúncia se tornou o foco
das atenções do governo, líderes de partidos aliados ao Planalto têm feito
trocas nas indicações à comissão. Por isso, 1 deputado pode ter se encontrado
com Michel Temer ainda como integrante da CCJ, mas ter sido substituído
posteriormente –e vice-versa. O Poder360 levou em conta a composição do
colegiado na 6ª feira (29.set.2017), às 18h, de acordo com a Câmara dos
Deputados.