domingo, 3 de dezembro de 2017

As fazendas fantasmas do senador Lobão e o golpe nos fundos de pensão

A PGR investiga como uma empresa ligada ao senador Edison Lobão usou propriedades inexistentes para justificar um patrimônio elevado e assim poder embolsar fortunas dos fundos de pensão

Por Ary Filgueira
IstoÉ

Coube à Operação Greenfield, da Polícia Federal, revelar os meandros das transações financeiras que quase levaram à bancarrota os fundos de pensão dos funcionários públicos da Petros, Previ, Funcef, Núcleos e Postalis, caso não fossem descobertas a tempo.

Agora, um novo inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR) lança mais luz sobre as operações fraudulentas que minaram o patrimônio desses fundos. Para atrair investidores institucionais dispostos a aplicar recursos em sua carteira de produtos, a Diamond Mountain Capital Group, empresa ligada à Diamond Mountain Cayman Holding, com sede nas Ilhas Cayman, apresentou capital social falso.

Além disso, essa empresa teria como sócio o senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro das Minas e Energia, segundo apurou a PGR. A Diamond Mountain Capital Group afirmava possuir uma reserva de mais de R$ 200 milhões em ativos, formados sobretudo por fazendas agrícolas fantasmas.

Para comprovar a existência das propriedades, a empresa anexava ao seu patrimônio duas fazendas no Maranhão que pertenceriam a uma subsidiária do grupo, a Terra Limpa Participações. Conforme certidão dos imóveis obtida por ISTOÉ, não há documento de compra e venda das fazendas Laranjeiras  e Aquários no Cartório Washington José Campos Serra, situado em Monção (MA), mesmo município maranhense onde estariam localizadas as propriedades relacionadas em nome da Terra Limpa. A certidão de inteiro teor de imóvel que a Diamond apresentou é falsa.

A Terra Limpa, do grupo ligado a Lobão, alegou ter recebido as duas frações de terras como quitação de uma dívida com um empresário do Maranhão chamado Luiz Carlos Silva Mendonça. A dívida de Luiz Carlos era equivalente ao valor somado das duas fazendas: R$ 145 milhões. Ele teria oferecido os dois imóveis em pagamento pela quitação da dívida. Segundo a versão da Terra Limpa, uma das fazendas, a Laranjeiras, com área de 40 mil hectares, está avaliada em R$ 65 milhões. Outra, a Aquários, com 98 mil hectares, valeria quase R$ 80 milhões. Esses imóveis, porém, não constam em cartório em nome de Luiz Carlos e muito menos da Terra Limpa. São fantasmas.

A Diamond Mountain Capital Group, ligada a Lobão, dizia possuir reserva de R$ 200 milhões em ativos, formados por fazendas agrícolas inexistentes.
Antes de se associar à holding liderada pela Diamond Mountain, a Terra Limpa não tinha atividades operacionais registradas até então. Mas, da noite para o dia, o seu patrimônio foi inflado e se tornou uma instituição milionária. Hoje, sabe-se que o capital social da Terra Limpa não passa de uma mera ilusão de ótica. Os ativos imobiliários são fictícios. É o que comprova a documentação do tabelionato.

Um dos alvos da fraude foi o Fundo de Investimento da Fundação Carlos Chagas. A instituição é conceituada no ramo de aplicação de concursos públicos em todo o País. Em 2014, a empresa investiu R$ 70 milhões num fundo administrado pela Diamond. E hoje está a ver navios. O dinheiro dificilmente será estornado para sua conta, já que a subsidiária da Diamond Mountain Cayman Holding não possui o capital que havia declarado antes de celebrar o negócio.

O elo entre a Diamond Mountain Capital Group e o ex-ministro de Minas e Energia no governo de Dilma Rousseff (PT), Edison Lobão, é Márcio Coutinho, advogado e amigo do ex-ministro. Ele trabalhou no gabinete do senador Lobão de 2009 a 2010. Coutinho era responsável por representar o peemedebista na sociedade. Para a Procuradoria-Geral da República, Lobão era um sócio oculto da Diamond.

As suspeitas de que o senador seja sócio do empreendimento fraudulento baseiam-se na análise da agenda do ministro por parte da Procuradoria-Geral. O caderno de registros revela diversas reuniões entre Lobão e representantes da empresa no gabinete do então ministro de Minas e Energia. Todas na presença de Márcio Coutinho. Chamou a atenção de Rodrigo Janot, então procurador-geral da República, uma reunião realizada no dia 2 de junho de 2011. Mesmo atolado de compromissos naquele dia, Lobão se reuniu com Marcos Henrique Costa e Luiz Meiches, representantes da Diamond Mountain Capital Group.

Golpe nos fundos

Ao aprofundar as investigações, Janot afirma que a Diamond foi beneficiada ilicitamente com o aporte de capital de diversos fundos de pensão controlados pelo governo federal, entre os quais, o da Petros, ligado aos funcionários da Petrobras. Uma das empresas do grupo é a Diamond Mountain Investimentos e Gestão de Recursos, gestora de fundos de investimento, responsável pela captação de valores de fundos de pensão de estatais, como Petros, Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa), Postalis (Correios) e Núcleos (Eletronuclear), bem como fornecedores da Petrobras.


O golpe da Diamond ocorre um ano depois que foi desencadeada a Operação Greenfield, que investiga fraudes bilionárias contra quatro dos maiores fundos de pensão de funcionários de empresas estatais: Funcef, Petros, Previ e Postalis. Como se vê, acontecia de tudo durante a gestão dos principais fundos de pensão do País. Seus administradores realizavam investimentos sem a mínima preocupação com a idoneidade das instituições financeiras que batiam em sua porta em busca de investimentos. Foram inúmeros os golpes aplicados, muitas vezes com conivência dos gestores públicos. O da Diamond Mountain Capital, que tinha um ministro de Estado por trás, é mais um exemplo de como os políticos enriqueceram ilegalmente.

Homem que matou ex-mulher e o namorado dela em Trizidela do Vale é condenado a 34 anos de prisãoHomem que matou ex-mulher e o namorado dela em Trizidela do Vale é condenado a 34 anos de prisão

Em relação ao homicídio de Maria Inês, a juíza considerou que o réu desejou consumar o crime, “tanto que deu pelo menos dez golpes de faca na mulher, ceifando a sua vida por causa diminuta, na proporção em que agiu por não aceitar o fim do relacionamento dos dois e o seu envolvimento com terceiro”.
Em sessão do Tribunal do Júri presidida pela juíza Larissa Rodrigues Tupinambá Castro, realizada na comarca de Pedreiras, na quinta-feira (30), o réu Jucilio Leitão de Sousa (“Francilio”) foi julgado e condenado a 34  anos de reclusão pela morte de um casal.

Consta da denúncia do Ministério Público que o réu, no dia 30 de maio de 2013, por volta das 19h, em Trizidela do Vale, matou José Nilton da Silva Santos e de Maria Inês de Lima, com três facadas no primeiro e 10 na segunda, conforme exame de corpo de delito, laudo cadavérico, fotografias, laudo médico e declaração de óbito anexados na ação penal.

No julgamento, o Tribunal do Júri acolheu, por maioria de votos, a materialidade e a autoria do acusado em relação aos dois crimes, e também por maioria de votos rejeitou a tese da legítima defesa no primeiro homicídio e da legítima defesa no segundo, e reconheceu em seu desfavor, ainda por maioria, a qualificadora de motivo fútil.

PENA
O Conselho de Sentença decidiu que o réu praticou dois delitos de homicídio qualificado. A juíza presidente do Júri proclamou a sentença condenando o acusado pela prática dos dois crimes. “Impõe-se o cúmulo duplicado, chegando-se a uma resultante de trinta e quatro anos de reclusão”, disse a juíza na sentença.

Em relação ao homicídio de José Santos, a juíza observou que ele matou simplesmente porque não aceitava o relacionamento do ofendido com sua ex- companheira. E demonstrou possuir personalidade agressiva, em atitude irracional, desmedida e desproporcional, optando por um ataque feroz e bestial”, observa a magistrada na sentença.

Em relação ao homicídio de Maria Inês, a juíza considerou que o réu desejou consumar o crime, “tanto que deu pelo menos dez golpes de faca na mulher, ceifando a sua vida por causa diminuta, na proporção em que agiu por não aceitar o fim do relacionamento dos dois e o seu envolvimento com terceiro”.

A juíza manteve a prisão cautelar do réu para garantir a ordem pública ameaçada pela gravidade dos crimes e para assegurar a aplicação da lei penal, tendo em vista que o réu só se apresentou depois do cumprimento de mandado de prisão, tendo fugiu e tomado rumo ignorado após o crime. O regime fixado para o cumprimento da pena é o inicialmente fechado.

Lula lidera em todos os cenários e pode levar eleição no primeiro turno


IGOR GIELOW
FOLHA DE SÃO PAULO

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fortaleceu sua liderança e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) está isolado em segundo lugar da corrida presidencial, segundo indica pesquisa do Datafolha.

A constatação coincide com o momento em que o PSDB tenta emplacar o nome do governador Geraldo Alckmin (SP) como o candidato das forças de centro no pleito de 2018, contrapondo-o aos extremos da esquerda e direita, personificados respectivamente em Lula e Bolsonaro.

Além disso, o apresentador Luciano Huck, alvo de especulações para a mesma tarefa, disse que não será candidato.

O instituto fez 2.765 entrevistas entre 29 e 30 de novembro, em 192 cidades. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Como houve alterações em cenários, só é possível comparação com levantamentos anteriores nas simulações de intenção espontânea de voto no primeiro turno e estimuladas no segundo.

O tucano, hoje, está em quarto lugar na disputa em um cenário com a maior gama de candidatos colocada, empatado numericamente com o ex-governador Ciro Gomes (PDT, 6%) e tecnicamente com o ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa (sem partido mas cortejado pelo PSB, 5%) e o senador Alvaro Dias (Podemos, 3%).

Aqui, Lula lidera com 34% e Bolsonaro o segue com 17%. Marina Silva (Rede) aparece numericamente acima do pelotão encabeçado por Alckmin e Ciro, mas tecnicamente empatada com ambos.

Na simulação em que o nome de Alckmin é substituído pelo do prefeito paulistano João Doria, que disputava a indicação tucana, o desempenho é semelhante.

Quando a intenção de voto é questionada sem apresentação de nomes, Lula surge com 17% das citações e Bolsonaro, com 11%. Todos os outros pontuam de 1% para baixo. O "ninguém" tem 19% e não sabem afirmar em que candidato votariam, 46%.

Lula ganha em todos os cenários de segundo turno. Ele ampliou em quatro pontos percentuais sua vantagem, em relação à pesquisa feita no fim de setembro, no confronto com Alckmin (52% a 30%), Marina (48% a 35%) e Bolsonaro (51% a 33%).

O tucano empata tecnicamente com Ciro (35% a 33%) e Marina ganharia de Bolsonaro (46% a 32%).

A candidatura Lula poderá ser barrada, já que está previsto julgamento em segunda instância da condenação por corrupção no caso do apartamento no Guarujá -o petista pegou nove anos e seis meses de prisão.

Se a condenação for ratificada no colegiado, legalmente ele está fora, mas pode haver recursos. O PT acredita ser possível mantê-lo na disputa pelo menos até o primeiro turno, se condenado.

O principal cenário sem Lula vê Bolsonaro com 21%, Marina com 16% e Ciro se beneficiando de votos do petista, com 12%. Alckmin segue com 9%, empatado tecnicamente com Alvaro Dias (5%).

Um dos nomes citados para substituir Lula, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad ficaria com 3%, empatado tecnicamente com a Manuela D´Ávila (PCdoB, 2%). Nas simulações sem Lula, o voto em branco ou nulo sobe bastante, de 12%-14% para de 25% a 30%.

Isso indica um mar de eleitores a serem pescados pelos remanescentes na corrida, se Lula estiver ao fim fora.

Em termos de perfil do eleitor, não há mudanças significativas em relação ao que já foi apurado até aqui.

Lula tem a preferência entre mais pobres, menos escolarizados e moradores da região Nordeste. Bolsonaro faz especial sucesso entre homens, jovens e com renda maior. No estrato mais rico do eleitorado, a disputa é mais pulverizada.

O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) quer ser candidato, mas tem desempenho baixo hoje.

Oscila entre 1% e 2% de intenções, mesmo nível de Paulo Rabello de Castro (PSC), João Amoêdo (Novo) e Guilherme Boulos (cortejado pelo PSOL).


Rabello de Castro é o atual presidente do BNDES e apareceu no programa partidário na TV, há duas semanas, como pré-candidato. 
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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

ESPOSA DO EMPRESÁRIO LÚCIO ANDRÉ QUEBRA O SILÊNCIO

A amante do meu marido não aceitava ser a outra e fazia chantagens dia e noite, chegava a usar o próprio filho para manipular meu marido; 
 "Ludmila Ribeiro"
Durante todo esse tempo me mantive calada para preservar minha família, minhas filhas e minha saúde, mas chegou o momento de me pronunciar.
Eu sou Cristine Ferreira Sousa, esposa e mãe das filhas de Lúcio André, envolvido recentemente em um caso de agressão.
Muitos não sabem do outro lado da história e por isso venho a público revelar.
Meu relacionamento com Lúcio André teve início em julho de 2009; em novembro de 2011 nasceu nossa primeira filha, a princesa de nossas vidas hoje com 6 anos de idade.
Em 2014 fui transferida pelo meu trabalho para outra cidade, meu marido continuou residindo e trabalhando em Pinheiro e em São Luis; tentamos manter o casamento a distância mas sem êxito.
Nesse período então ele conhece essa mulher, se apaixonam, ela engravida e eles ficam noivos.
Em 2016 eu já estava de volta a Pinheiro por motivos de saúde quando ela o denunciou a primeira vez por suposta agressão;
Em março de 2016 Lúcio André me procurou para reatar nosso relacionamento. Logo soube que dias após a denúncia da suposta agressão, essa mulher já o procurava tentando voltar.
Desde março de 2016 estávamos juntos, casados e felizes; iniciamos o processo de construção da nossa casa e em dezembro desse ano íamos oficializar nossa união realizando nossa sonhada cerimônia de casamento; para concretizar nossa família planejamos mais um filho, hoje estou com 16 semanas de gestação; tudo corria perfeitamente bem a não ser pelas constantes investidas dessa mulher que nunca aceitou meu casamento com ele.
Por inúmeras vezes presenciei ela ligar insistentemente para ele, vi ela ameaçar colocar ele na justiça por causa do filho que tiveram juntos e até proibir Lúcio André de ver o filho; as tentativas dela de voltar com ele se intensificaram quando ela percebeu que ele estava bem, feliz, prosperando através do trabalho dele e o irmão o havia lançado como pré-candidato a deputado. Ela o buscava incansavelmente não importava a hora nem o dia, ele nunca atendia na minha frente.
Com tudo isso nos mantivemos juntos, firmes nos nossos propósitos.
Já no início de outubro comecei a perceber uma certa mudança no comportamento dele comigo; ele que sempre foi um marido carinhoso e presente começou a ficar um pouco distante. No dia 31 de outubro fizemos o chá de revelação da nossa segunda filha, um momento que compartilhamos com nossa família e amigos; estávamos felizes.
No dia 2 de novembro ele viaja pra São Luis e já retorna completamente mudado; hoje percebo o real motivo: ela conseguiu entrar em nossas vidas e assumiu o papel de amante.
A amante do meu marido não aceitava ser a outra e fazia chantagens dia e noite, chegava a usar o próprio filho para manipular meu marido; ela não aceitava me ver inserida e amada pela família dele e ela não; aos poucos ela foi tirando meu marido de mim, aos poucos ela foi destruindo uma família que foi construída com tanto amor, sacrifício e perseverança.
Lúcio André nunca foi agressivo comigo e nunca encostou um dedo em mim; sempre foi um marido carinhoso e um pai exemplar.
É impossível para mim tentar entender o que aconteceu naquela noite para ele agir daquela forma; sei que ele estava deixando todos os nossos projetos por causa das investidas dela, estava me deixando grávida, estava indo contra a vontade da família dele, já havia até abdicado da pré-campanha que o irmão estava apoiando; ele estava largando tudo por ela quando naquela noite horrível descobriu através do celular dela que ela não era amante só dele e que com os outros ela era muito mais liberal; apesar de todo o transtorno causado pela amante dele, apesar dela ser essa pessoa vil e maquiavélica, apesar dela ter destruído minha família, nada justifica tal atitude. Eu repudio todo e qualquer tipo de violência à mulher; ele cometeu um erro e tem que pagar pelo que fez.
Mas não irei aceitar calada o que ela está tentando fazer com a imagem da minha família e da família do meu marido.
Foi ela quem destruiu nossas vidas, foi ela que tirou meu marido de mim no momento em que eu mais precisava dele, foi ela que entrou em nossas vidas sem ser convidada.
Assim como repudio todo e qualquer tipo de violência, eu repudio também o envolvimento da nossa família nessa situação, eu repudio a tentativa de envolvimento político do meu cunhado que nada tem a ver com o ocorrido e repudio veementemente a tentativa de extorsão que essa mulher vem tentando fazer com a nossa família.
Todos estamos completamente destruídos com tudo isso; no estado em que me encontro é muito difícil até me pronunciar sobre o assunto, mas não podia ficar calada diante de tantas mentiras.
Reitero que apesar da mente e caráter doentios dessa mulher que vem usando a agressão que sofreu para auto-promoção e vingança pessoal, nada justifica a violência.
A mulher sábia edifica sua casa, a tola a destrói.

Polícia desarticula quadrilha que traficava drogas de Goiânia ao Maranhão


No total, as equipes deram cumprimento a 42 mandados de prisão preventiva, sendo que 30 envolvidos já estavam encarcerados no Complexo de Pedrinhas.
A Polícia Civil, sob a coordenação da Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Senarc), desarticulou uma quadrilha vinculada à facção Bonde dos 40, que abastecia o Maranhão com grandes carregamentos de drogas (maconha, crack e cocaína). No total, as equipes deram cumprimento a 42 mandados de prisão preventiva. Um dos envolvidos é auxiliar de perito criminal.

Durante a entrevista coletiva que apresentou os presos, na tarde desta quinta-feira (30), o delegado Danilo Veras, membro da Senarc, disse que a operação, denominada de “Libertar”, começou no início do ano, mas tinha o intuito de desarticular um bando criminoso no bairro da Liberdade, em São Luís. A partir daí, essa rede foi descoberta, sendo caracterizada pela “Conexão Goiás-Maranhão”, por meio do tráfico de drogas de Goiânia até o território maranhense.
Um dos líderes dessa organização é Flávio Júnior Barcellar Pinto, o “Goiano”, que já estava encarcerado no Complexo Penitenciário São Luís (Complexo de Pedrinhas). O outro se chama Edmilson dos Santos Lima, de 38 anos, o “Maranhão”, que foi capturado em Goiânia/GO na tarde de quarta-feira (29). De lá, ele chefiava a rota que levava maconha, crack e cocaína até o Maranhão, onde a distribuição era feita nas “bocas” controladas pela facção criminosa.

Com “Maranhão”, disse o delegado Carlos Alessandro, titular da Senarc, foi apreendida uma pistola calibre 380. A “Operação Libertar” deu cumprimento a 42 mandados de prisão preventiva, sendo que 30 procurados já estavam enclausurados no Complexo de Pedrinhas. Os outros 12 foram localizados em bairros como Liberdade, Anil, Cidade Operária, Vila Brasil e na cidade metropolitana de Raposa. No bairro Vinhais, e, São Luís, foi preso o auxiliar de Perícia Criminal Sandro Luís Araújo de Souza.
O secretário de Segurança Pública (SSP/MA), delegado Jefferson Portela, comunicou que o auxiliar de perito criminal era responsável por repassar munições do Instituto de Criminalística (Icrim) para os delinquentes do Bonde. Sandro já tinha sido capturado pela Senarc em 21 de março deste ano por vender armas de fogo para facções criminosas. O armamento era subtraído da própria Perícia Criminal e oferecido por Luís Araújo aos faccionados para cometerem assaltos e homicídios.