A presidente afastada Dilma Rousseff
recebeu na sexta-feira (26) à tarde, por mais de duas horas, uma visita do
senador e ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL), no Palácio da Alvorada. A
conversa foi reservada e, segundo pessoas próxima a Dilma, o senador que a
solicitou. Apesar disso, a abertura de Dilma faz parte de uma estratégia na
reta final do impeachment para tentar reverter votos a seu favor.
Collor, que sofreu um processo de
impeachment, não anunciou claramente o seu voto durante a sessão que decidiu
pelo prosseguimento do processo de afastamento de Dilma Rousseff. Por outro
lado, o senador não poupou críticas ao governo petista. Na ocasião, Collor
comparou o processo de Dilma com o seu, em 1992, e defendeu que a chefe do
executivo é a responsável por improbidades administrativas e deve responder por
crime de responsabilidade.
A conversa com Collor, segundo um
interlocutor de Dilma, aconteceu no mesmo momento em que o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, que desembarcou ontem em Brasília para também tentar
conquistar votos contra o impeachment, estava com o senador Edison Lobão
(PMDB-MA). Lobão foi ministro de Minas e Energia nos governos de Lula e Dilma.
Ele já votou contra a presidente afastada, mas agora diz estar indeciso.
O PT tenta ainda tenta atrair os
senadores João Alberto (PMDB-MA) - que havia se posicionado a favor de Dilma,
mas na última sessão foi contra - e Roberto Rocha (PSB-MA). A ordem da cúpula
petista é atender às reivindicações de todos nas disputas municipais, mesmo que
para isso seja necessário mudar parceiros nas alianças. Com informações do
Estadão Conteúdo.