terça-feira, 29 de novembro de 2016

Polícia diz que 72 corpos já foram resgatados de destroços



Segundo entidade, 63 já foram levados à Medellín
A polícia do departamento de Antioquia, na Colômbia, informou que72 corpos já foram retirados dos destroços da aeronave que levava a delegação da Chapecoense para a Colômbia.
Sobrevivente, goleiro da Chapecoense precisou ter a perna amputada
O Departamento de Aviação Civil da Colômbia divulgou uma nota com o balanço da operação, dizendo que 70% dos corpos estavam na fuselagem e 30% se encontravam espalhados pelo terreno, onde estavam os seis sobreviventes.
O grupo de investigações da Aeronáutica Civil colombiana, órgão equivalente à Anac no Brasil, encontrou as duas caixas pretas do avião que caiu com a delegação da Chapecoense nas proximidades de Medellín. O chefe de comunicação da instituição, Uriel Bedoya, confirmou a informação ao G1 e publicou foto no Twitter segurando um dos objetos.
As investigações sobre os motivos do acidente ocorrerão com a ajuda de três profissionais ingleses, enviados por autoridades britânicas, visto que a aeronave da companhia boliviana Lamia foi construída pela British Aerospace.
O trágico acidente de um avião, que caiu quando fazia ligação entre a Bolívia e a Colômbia, resultou na morte de 76 pessoas. O voo transportava a equipe da Chapecoense que viajava para Medellín para disputar o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional.
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Apenas cinco passageiros sobreviveram. Nas primeiras horas, as autoridades colombianas davam conta de que seis pessoas haviam sobrevivido, contudo, pouco tempo depois uma acabou por morrer a caminho do hospital.
Mais tarde, também um dos jogadores da Chape, Marcos Danilo Padilha, acabaria por falecer no hospital, não resistindo aos ferimentos. Por outro lado, um outro jogador, Neto, foi encontrado vivo nos escombros, fazendo com que o balanço inicial acabasse por se manter.
O jogo que a Chapecoense iria disputar era histórico, já que o clube nunca havia estado presente numa final internacional. Agora, em forma de tributo, o clube colombiano sugere que a taça seja entregue ao clube brasileiro vitimado na tragédia.
Há três jogadores que sobreviveram - Alan Ruschel, Jackson Follman e Neto -, bem como um jornalista - Rafael Henzel - e uma tripulante de bordo - Ximena Suarez.
As autoridades tentam apurar as causas do acidente, de olho para falhas técnicas, tendo sido levantada inclusive a possibilidade de a aeronave ter ficado sem combustível.
O acidente despertou dezenas de reações por todo o mundo, desde clubes, a jogadores.
Os torcedores do Chapecoense se reuniram no estádio do clube, para onde também foram os jogadores que não viajaram, como forma de homenagear toda a comitiva.
O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, confirmou que nenhuma partida será realizada no espaço de sete dias.