Jornalismo com seriedade: FÁRMACO

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

FÁRMACO



FÁRMACO

 

Fármaco deriva do termo grego phárnObs 1 , que tanto pode significar veneno como remédio. Na terminologia farmacêutica fármaco designa uma substância química conhecida e de estrutura química definida dotada de propriedade farmacológica. Em termos correntes, a palavra fármaco designa todas as substâncias utilizadas em Farmáciae com acção farmacológica, ou pelo menos com interesse médico. Por convenção, substâncias inertes (como excipientes) não são considerados fármacos.1
De acordo com esta definição, fármaco designa qualquer composto químico que seja utilizada com fim medicinal, o que torna a sua distinção de medicamento bastante sutil.
Há uma grande confusão, portanto, sobre o uso de droga e fármaco. Isso porque nos artigos científicos escritos em Inglês, o uso do termo "drug" está sendo usado na função de fármaco. E essa mesma palavra "drug" pode ser ainda utilizada como Drogas Ilícitas como: Haxixe, maconha, entre outras. Assim, nas últimas décadas droga adquiriu a conotação de substância ilícitas de abuso. E fármaco para designar, num sentido lato, qualquer substância com actividade endógena ou farmacológica
Pode ser definido como uma substância química que interage com uma parte do corpo para alterar um processo fisiológico ou bioquímico existente. Pode diminuir ou aumentar a função de um órgão, tecido ou célula, mas não pode criar novas funções para eles.
HISTÓRICO
Anteriormente, a extração de Fármacos era realizado somente através de materiais vegetais ou minerais, sem conhecimento da causa da doença ou de que forma essas substâncias utilizadas faziam seu efeito de cura. Paracelsoadotou a teoria da Doutrina da Assinatura, que dizia que Deus formulava a cura de uma doença indicando um sinal comparativo. Por exemplo, era o formato da flor de verônica um olho, então a verônica funcionava no combate de tratamento de doenças oculares.2
Depois do século XIX, iniciou-se a substituição dos fármacos naturais pelos sintéticos, descobertas ao acaso, triagem empírica, modificação molecular, introdução de grupos volumosos, alteração de estado eletrônico, entre outros.


CLASSIFICAÇÃO DOS FÁRMACOS
Quanto a origem
1. Natural
biosíntese→ o fármaco é originado a partir da ingestão e absorção do farmaco para o tecido alvo. Com variações de tecido para tecido
biotransformação→ o fármaco é "finalizado" por um ser vivo ou parte dele. Ex: anticoncepcional.
biologia molecular→ um organismo recebe informação genética que não possuía e com ela nos dá o fármaco´(insulina obtida a partir de bactérias com o nosso código genético).
2. Animal
3. Vegetal
4. Artificial
Síntese→ o fármaco é construído pelo homem partir de pequenas estruturas e com metodologias mais pesadas (altas temperaturas)
Semi-síntese→ é semelhante à biotransformação, o homem apenas finaliza em poucas etapas uma molécula de certa complexidade e origem natural.
Quanto ao foco de açãoOrganotrópicos – condicionam a alteração de um parâmetro biológico (EX.:anti-hipertensores)
Etiotrópicos – não influenciam qualquer actividade biológica. Finalidade é matar ou impedir multiplicação demicrorganismos patogénicos.
Quanto a ocasião de usoPreventivo - vacinas e anticoncepcionais.
Substitutivo - vitaminas, insulina.
Usados para suprimir a causa da doença - bactericidas, bacteriostáticos.helio
Sintomático - corrigem os sintomas sem eliminar a causa, como ocorre nos analgésicos.
Efeitos que resultam da ação dos fármacosEfeito terapêutico – acção terapêutica (uma ou mais)
Efeitos secundários – doses usuais e são previsíveis. Não ocorrem para melhoria da situação patológica
Reacções adversas – ocasionam sintomas indesejáveis (ou mesmo toxicidade) ou dão lugar a interacções prejudiciais com outros medicamentos usados concomitantemente.
Efeitos tóxicos – reacções provocadas por uma dose excessiva ou por acumulação anormal do fármaco no organismo.
Efeitos locais – reacções que só ocorrem no local de administração do medicamento;
Efeitos sistémicos – efeitos ocorrem num órgão ou sistema distante do local de administração;
Efeitos sinérgicos – combinação dos efeitos de dois ou mais fármacos, administrados simultaneamente – efeito final é superior à soma dos efeitos de cada um deles isoladamente. EX.: relaxante muscular+analgésico
Efeitos antagónicos – efeito oposto entre dois fármacos. Ex.: potássio (frequência cardíaca) / digitálicos(frequência cardíaca). Potássio antagonisa a potência do digitálico.

zidovudina ou AZT (azidotimidina) é um fármaco utilizado como antiviral, inibidor da transcriptase reversa (inversa). Indicado para o tratamento daAIDS e contágio por Pneumocystis carinii. Foi uma das primeiras drogas aprovadas para o tratamento da AIDS (no Brasil) ou SIDA (em Portugal).
Atualmente é usado no tratamento de infecções por VIH, em associação com outros medicamentos antirretrovirais, sendo neste último país um medicamento de uso exclusivo hospitalar. Sua fórmula química é: C10H13N5O4
ASPIRINA COQUITEL PARA TRATAMENTO DA AIDS
A zidovudina foi a primeira droga aprovada para o tratamento da infecção do VIH/SIDA. Jerome Horwitz do Barbara Ann Karmanos Câncer Institute e Wayne State University School of Medicine sintetizou o AZT em 19641 2 , usando uma bolsa Federal do US National Institutes of Health (NIH). O AZT foi originalmente pensado como uma droga anticancro, mas foi arquivada quando se conclui que não era suficientemente efectiva contra tumores em ratos.3
Em 1974 W. Ostertag do Instituto Max Planck na Alemanha obteve indícios que o AZT era activo numa cultura de retrovirus de ratos 4 . Em 1984, pouco após a confirmação de que o HIV era a causa da SIDA/AIDS, os cientistas na Burroughs Wellcome Co. (BW) começaram a pesquisar novos compostos para tratar a doença. Burroughs Wellcome já tinha experiência nas doenças virais, liderada por cientistas que incluíam Gertrude Elion, David Barry, Phil Furman, Marty St. Clair, Janet Rideout, Sandi Lehman entre outros. O seu esforço de investigação focou-se na enzima viral Transcriptase reversa. A Transcriptase reversa é uma enzima que os retrovírus, incluindo o VIH, utilizam para se replicarem. Os cientistas na BW começaram por identificar e sintetizar compostos e desenvolver um teste de despistagem para actividade contra retrovírus nos ratos. Um composto com o código BW A509U foi testado e demonstrou uma potente actividade contra os vírus destes roedores.
Na mesma altura, Samuel BroderHiroaki Mitsuya, e Robert Yarchoan doNational Cancer Institute (NCI) dos Estados Unidos da América tinham começado também os seu próprio programa independente para desenvolverem uma terapia para a SIDA/AIDS. Os cientistas na BW não estava a trabalhar directamente no VIH, e como tal os dois grupos decidiram trabalhar em conjunto. Em Fevereiro de 1985, os cientistas da NCI demonstraram que o BW A509U tinham uma actividade potente contra o VIH no tubo de ensairo, e alguns meses mais tarde, começaram a fase 1 inicial de ensaios clínicos do AZT na NCI, em colaboração com cientistas da Burroughs Wellcome e da Duke University 5 6 7 . Este ensaio demonstrou que a droga podia ser administrada com segurança a pacientes com VIH e que podia aumentar as contagens de CD4 em doentes com VIH incluindo os com SIDA/AIDS.
Um teste aleatório com controlo por placebo do AZT foi subsequentemente realizado pela Burroughs-Wellcome, no qual foi demonstrado que o AZT podia prolongar a vida de pacientes com SIDA/AIDS.8 Burroughs Wellcome Co. pediu a patente do AZT em 1985. A Food and Drug Administration (FDA) aprovou a droga (através do então recentemente criado FDA accelerated approval system) para uso contra VIH, SIDA/AIDS, e AIDS Related Complex (ARC, um dermo médico que deixou de ser usado para doenças pré-SIDA/AIDS) em 20 de Março de 1987,9 . O tempo entre a primeira demonstração que o AZT era activo contra o VIH no laboratório e a sua aprovação foi de apenas 25 meses, que é um dos mais curtos períodos de desenvolvimento de uma droga na história recente.
O AZT foi subsequentemente aprovado como tratamento preventivo em 1990. Foi inicialmente administrado em doses muito maiores que as actuais, tipicamente 400 mg a cada quatro horas (mesmo durante a noite). No entanto, a falta de alternativas na altura para tratar a SIDA/AIDS afectou o rácio risco/benefício, com a garantida toxicidade da infecção HIV ultrapassando o risco de toxicidade da droga. Um dos efeitos secundários do AZT é anemia, uma queixa frequente nos ensaios clínicos.
Os regimes de tratamento actuais envolvem doses menores (e.g., 300 mg) de AZT tomados duas vezes ao dia, e quase sempre como parte da highly active antiretroviral therapy (HAART). O AZT é combinado com outras drogras para evitar a mutação do HIV em formas resistentes ao AZT10 11
A estrutura cristalina do AZT foi referenciada por Alan Howie (Universidade de Aberdeen) em 1988.12 No estado sólido o AZT forma uma rede de ligações de hidrogénio.

Mecanismo de ação
É fosforilizada no interior da célula para monofosfato de zidovudina através da timidinocinase celular; o monofosfato se converte em difosfato pela ação da dimitilatocinase celular e logo se converte em trifosfato através de outras enzimas celulares.
O trifosfato de zidovudina compete como substrato com o trifosfato de timidina natural para se incorporar às cadeias doDNA viral, que se formam pela ação da transcriptase inversa do retrovírus (DNA polimerase dependente de RNA).
Uma vez incorporado, o trifosfato de zidovudina interrompe prematuramente o crescimento da cadeia de DNA, já que o grupo 3'-azida impede novas uniões fosfodiéster-5'-3' e, portanto, inibe a divisão do vírus. A afinidade da zidovudina com a transcriptase inversa do retrovírus é maior que com a-DNA-polimerase humana e permite a inibição seletiva da replicaçãoviral sem bloquear a replicação celular.
ácido acetilsalicílico (aspirina) interage com a zidovudina ficando mais difícil de ser eliminada e mais tóxica então deve ser evitado.

TODAS AS DROGAS PSICOTRÓPICAS ATUAM SOBRE O CÉREBRO, PRINCIPAL ÓRGÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL.
Há diversas classificações possíveis para as drogas, dependendo do enfoque a que se propõem os pesquisadores ou interessados no assunto.
I. Classificação quanto aos efeitos farmacológicos das drogas
Essa é a maneira de classificar as drogas psicotrópicas mais aceita e difundida. Ela leva em conta o tipo de ação ou efeito que as drogas causam no cérebro de seus usuários







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Quadro 1: Classificação das drogas quanto ao seu modo de ação no cérebro
Drogas depressoras do sistema nervoso central
Drogas estimulantes do sistema nervoso central
Drogas perturbadoras do sistema nervoso central (alucinógenas)
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Sob esse ponto de vista, há três classes de drogas: depressoras, estimulantes e perturbadoras (alucinógenas) do sistema nervoso central.


Drogas depressoras do sistema nervoso central
Depressores de ação central ou psicolépticos são substâncias capazes de lentificar ou diminuir a atividade do cérebro, possuindo também alguma propriedade analgésica (quadro 2). Pessoas sob o efeito de tais substâncias tornam-se sonolentas, lerdas, desatentas e desconcentradas.
 

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FIGURA 3: Depressores do sistema nervoso central [da esquerda para a direita]: álcool, comprimidos de benzodiazepínicos, opiáceos sintéticos e Inalantes.

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Quadro 2: Drogas depressoras do sistema nervoso central
Álcool
Benzodiazepínicos
 (tranqüilizantes ou calmantes)
Barbitúricos (soníferos)
Opiáceos
Inalantes
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Drogas estimulantes do sistema nervoso central
Estimulantes centrais ou psicoanalépticos são substâncias capazes de aumentar a atividade cerebral (quadro 3). Há aumento da vigília, da atenção, aceleração do pensamento e euforia. Seus usuários tornam-se mais ativos, 'ligados'.
 

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FIGURA 4: Os estimulantes: o crystal (derivado das anfetaminas), a cocaína, o cigarro de tabaco (nicotina) e a noz de cola em pó (cafeína).

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Quadro 3: Drogas estimulantes do sistema nervoso central
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Drogas perturbadoras do sistema nervoso central
As drogas perturbadoras, alucinógenas ou psicodislépticas são aquelas relacionadas à produção de quadros de alucinação ou ilusão, geralmente de natureza visual.
A Química dos Cosméticos

Os cosméticos são um excelente exemplo de como as descobertas da Química fazem parte do nosso dia a dia. De fato, só a leitura da composição de qualquer comum cosmético pode tornar-se numa aula de química: água, emocionantes, conservantes, espessastes, estabilizadores de pH, corantes e fragrâncias várias, combinados em diferentes proporções, para diferentes objetivos.
A utilização de cosméticos – ou seja, compostos químicos destinados a melhorar a nossa aparência – não é um fenômeno recente. Consta que a rainha egípcia Cleópatra tomava banho em leite, como forma de manter a pele bonita e macia. O que provavelmente até resultava, porque está comprovado que o ácido lático – um dos compostos químicos constituintes do leite – atua sobre as camadas mais profundas da epiderme, promovendo a remoção das células mortas e a renovação da pele.
Na antiga Grécia, três mil anos antes de Cristo, as mulheres usavam pó de carbonato de chumbo para empalidecer o rosto. Infelizmente, sabemos hoje que o carbonato de chumbo é tóxico e é possível que a busca da beleza tenha custado a vida a algumas destas mulheres.
Em muitos casos, estes diferentes produtos cosméticos têm uma forte componente de inovação científica, desenvolvida nos mais modernos laboratórios de investigação. Basta dizer que a indústria de cosméticos foi uma das primeiras a adaptar os novos recursos da nanotecnologia, através do uso de nano partículas para melhorar a qualidade dos seus produtos e satisfazer os anseios dos seus clientes.
As nano partículas são partículas de dimensão intermédia entre a escala dos átomos e a dos materiais macroscópicos. Qualquer coisa como mil vezes maior que o diâmetro de um átomo e mil vezes menor que a espessura de um cabelo.
Esta característica confere-lhes propriedades únicas, e que podem ser moduladas pela alteração do tamanho.
Exemplos típicos da aplicação de nanotecnologia em cosméticos são as nano partículas de dióxido de titânio nos protetores solares (que conferem uma proteção completa sem o efeito de camada branca sobre a pele), a utilização de nano partículas de líquidos sólidos para libertação lenta de fragrâncias em perfumes, ou a criação de nano vesículas como transportadores para garantir uma melhor penetração dos ingredientes ativos na pele.