O ataque de Jair Bolsonaro ao estudante Fernando Santa Cruz, sequestrado, preso e morto pela Ditadura Militar, motivou o repúdio de diversas instituições, e líderes de partidos políticos à esquerda e à direita; Ele conseguiu unir todo o campo democrático na repulsa a sua psicopatia.
A declaração de Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, 29, exaltando o assassinato do militante Fernando Santa Cruz, pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, durante a Ditadura Militar, conseguiu reunir o repúdio de várias instituições, partidos e líderes políticos de diversos campos político, da esquerda à direita.
"Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Conto pra ele. Não é minha versão. É que a minha vivência me fez chegar nas conclusões naquele momento. O pai dele integrou a Ação Popular, o grupo mais sanguinário e violento da guerrilha lá de Pernambuco e veio desaparecer no Rio de Janeiro", afirmou Bolsonaro (Leia mais no Brasil 247).
Esta declaração de Bolsonaro foi repudiada ao longo do dia. A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que "só nos regimes fascistas o presidente ameaça prender e se vangloria dos assassinatos" (leia mais). O ex-prefeito Fernando Haddad viu na fala um risco ao próprio presidente da OAB. "Vejo isso como uma ameaça”, disse Haddad (leia aqui).
Pela esquerda, também o líder do MTST, Guilherme Boulos coindenou o ataque de Bolsonaro. "Bolsonaro é um cínico asqueroso. Se sabe como Fernando Santa Cruz desapareceu, após ser preso pela ditadura, deve dizer ao Brasil. Nós queremos saber", disse Boulos.