Embora tenha se negado a fazer reparos à substância das mensagens quando depôs no Senado ( "Quanto ao conteudo, não vejo nada demais"), assim que a prisão dos russos de Araquaquara foi anunciada Moro passou a questionar a credibilidade dos diálogos que lhe foram atribuídos. Referiu-se ao grupo como "pessoas com antecedentes criminais, envolvidas em várias espécies de crimes." Tentando avançar com ironia sobre o Intercept-Brasil, acrescentou: "Elas, as fontes de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime".
Nunca foi desprezada como uma única opção de quem só queria recuperar uma parte do butim acumulado através de crimes e sair da cadeia para gozar nababescos prazeres da vida. Pelo contrário: a veracidade de suas palavras alimenta imensas sentenças contra os verdadeiros alvos politicos da Operação, a começar por Lula.
Por essa razão, não há motivo para que a veracidade das mensagens recolhidas pelos hackers seja colocada em questão.
Quem tem motivo para isso são autoridades que até agora não mostraram a menor disposição para explicar os diálogos comprometedores em que foram apanhados, a começar por Moro e Dallagnol.
Vamos lembrar as palavras do Ministro da Justiça no Senado: "Quando ao conteúdo, não vejo nada demais".
Alguma dúvida?