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Bolsonaro perde a guerra nas redes

Na Coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
A reação moderada de lideranças da Câmara dos Deputados e do Senado em relação à convocação de Jair Bolsonaro para as manifestações do dia 15 foi deliberada. Há uma convicção de que é preciso deixar o presidente falando sozinho —e não mais mergulhar em pautas determinadas por ele que desviam a atenção de problemas como o turbilhão econômico que varre o mundo.
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A análise política coincide com as de especialistas em monitoramento de redes sociais: a pauta econômica desgasta Bolsonaro e mudar de assunto o favorece. A consultoria Arquimedes coletou 208 mil manifestações de 2 a 6 de março sobre o PIB: 81,16% eram desfavoráveis ao governo.
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Um estudo da AP Exata distribuído a bancos e empresas e que circulou entre autoridades na segunda (9) dizia que “o governo vem perdendo a guerra da dominância narrativa nas redes. Seus apoiadores fazem muito barulho, mas só têm influenciado uma bolha cada vez mais radicalizada”.
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Se antes a capilarização abrangia outras bolhas, como a anti-PT, anti-corrupção ou a moralista, ela agora está “focada apenas no público que o idolatra”, diz Sergio Denicole, da AP Exata.
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8A militância nas redes “já não consegue ultrapassar essa barreira, mesmo com a atuação de perfis de interferência que defendem o bolsonarismo nas redes”, como robôs, perfis fakes e adeptos. De acordo ainda com a análise distribuída pela AP Exata, isso explica o fato de Bolsonaro “ter convocado pessoalmente as pessoas às ruas”.

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