Aos poucos vem à tona os motivos
de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apresentar-se abatido, sem ânimo, com olheira, em frente ao Palácio do Alvorada.
Ele ficou chocado com o que leu sobre o ex-presidente Lula, seu virtual
adversário em 2022, no maior jornal do mundo, o New York Times, dos Estados
Unidos.
“Os que precisam de
liquidez neste momento são pessoas pobres. É quem precisa de liquidez, não o
sistema financeiro brasileiro”, disse o petista ao NYtimes, sem papas na
língua.
A entrevista de
Lula foi dada aos repórteres Maurício Savarese e David Biller, da Associated
Press, cuja resenha foi publicada pelo gigante Times na edição de ontem.
O líder popular brasileiro diz que presidente cometeu erros em meio à pandemia
e está criando um ambiente perigoso para o país. “Bolsonaro, neste momento, é
um desastre”, opina.
Em isolamento em
casa, apenas alguns meses após sua libertação da prisão, o ex-presidente do
Brasil Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que o presidente Jair
Bolsonaro precisa mudar sua abordagem desdenhosa do novo coronavírus ou corre o
risco de ser forçado a deixar o cargo antes do fim de seu mandato em dezembro
de 2022.
O ex-presidente
conhecido como Lula disse em entrevista à Associated Press que o desafio de
Bolsonaro contrário à exigência do distanciamento social dificulta os esforços
de governadores e prefeitos para conter o vírus.
Ele também
argumentou que o Brasil pode precisar imprimir dinheiro para proteger os
trabalhadores de baixa renda e manter as pessoas em casa, uma proposta que
certamente suscitará preocupações em um país com histórico de hiperinflação e
uma moeda em queda.
Da Silva, que governou
entre 2003 e 2010, no momento em que a economia do Brasil estava forte,
reconheceu que é improvável que Bolsonaro atenda aos crescentes apelos da
oposição para renunciar e que não há votos suficientes no congresso pelo
impeachment.
“A sociedade
brasileira talvez não tenha paciência para esperar até 2022”, disse Silva em
uma videoconferência. “A mesma sociedade que o elegeu tem o direito de
destituir esse presidente quando perceber que ele não está fazendo o que
prometeu. Um presidente que cometeu erros e está criando um desastre.
Bolsonaro, neste momento, é um desastre”.
Algumas pessoas
em várias regiões do país que votaram massivamente em Bolsonaro nas eleições de
2018 estão desiludidas com ele, batendo panelas nas janelas de suas casas em
protestos que se tornaram regulares nas últimas duas semanas. O presidente
subestima o surto, o que o coloca em desacordo com quase todos os 27
governadores do país.
Cerca de 800
pessoas morreram da doença COVID-19 no Brasil até agora e existem quase 16.000
casos confirmados, a maioria dos registrados na América Latina. O Brasil espera
um pico nos casos de vírus no final de abril ou início de maio.
No mês passado,
Lula elogiou o governador de São Paulo, João Doria, ex-aliado do presidente,
por impor restrições destinadas a coibir a disseminação do vírus. Bolsonaro,
que frequentemente se refere a Silva como um “ex-presidiário”, disse em uma
entrevista de rádio que se sente constrangido quando políticos conservadores
que se voltaram contra ele durante a crise recebem elogios do líder de
esquerda.
“Estou apenas
reconhecendo aqueles que fizeram um trabalho mais eficaz”, disse Da Silva,
acrescentando que Doria continuará sendo um adversário político.
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