O prefeito de Bacabal do Maranhão e membros de sua atual gestão deixaram de comparecer à Superintendência de Combate a Corrupção (Seccor) para não prestarem esclarecimentos sobre a grave acusação apresentada pelo empresário Márcio Gesso sobre pedido de propina e extorsão de fornecedores.
Intimados pelo delegado titular do grupo especial criado pela Procuradoria Geral da Justiça, Edvan Brandão e o próprio filho, o secretário de administração, Davi Brandão, teriam viajado quarta-feira (13) para São Luís, a fim de evitar ser interrogados no inquérito policial.
Além da dupla da alta cúpula da prefeitura, foram arrolados na investigação dos crimes corrupção e formação de quadrilha, Pedro Franklin ( engenheiro do município), Márcio Gesso (empresário denunciante), James Soares (secretário de saúde), João Passos (engenheiro elétrico) e Emílio Carvalho.
A investigação segue os rastro da denúncia feita em maio deste ano por Márcio Gesso ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Maranhão. O empresário contou à polícia que recebeu uma proposta indecente para pagar propina ao filho do prefeito Edvan Brandão em transições sobre serviços de instalação de uma subestação de energia no pronto socorro municipal (socorrão).
De acordo com Márcio Gesso, ao cobrar a dívida, ele teria sido informado que só receberia os valores “se” aceitasse a negociata de 20% para empresa e 80% a ser pagos ao Srº Emílio e ao filho do prefeito, Davi Brandão. O conversa teria acontecido numa mansão situada no centro da cidade. Consta, nos bastidores, que a investigação pode desencadear uma mega-operação sobre suspeitas de enriquecimento ilícito e sem causa, desvio de recursos públicos, peculato, dentre outros crimes praticados na gestão de Edvan Brandão.