Jornalismo com seriedade

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014


Caso Justin Bieber e o tratamento desigual de imigrantes nos EUA




Organizações de defesa dos direitos dos imigrantes nos Estados Unidos vêm criticando o que classificaram como "tratamento desigual" dado ao cantor pop canadense Justin Bieber por autoridades do país.

Segundo essas entidades, Bieber, que soma inúmeros delitos em sua ficha criminal fora dos palcos, já teria sido deportado se tivesse outra origem racial ou sócioeconômica.

Há duas semanas, o cantor, de 19 anos, foi preso em Miami Beach, no Estado americano da Flórida, acusado de dirigir sem licença e sob efeitos de álcool e drogas.
Bieber negou as acusações e foi posto em liberdade poucas horas depois após pagar uma fiança de US$ 2,5 mil (R$ 6 mil).

Segundo argumentam as entidades de defesa dos direitos dos imigrantes, os crimes cometidos por Bieber em Miami Beach já teriam sido suficientes para que as autoridades americanas iniciassem um processo de deportação do cantor.

As organizações lembram ainda que o astro já tinha cometido outros delitos, como quando foi acusado de agredir e ameaçar um vizinho na Califórnia.Na semana passada, uma petição enviada à Casa Branca pedindo a deportação de Bieber recebeu mais de 200 mil assinaturas.

A polêmica em torno da deportação de Bieber - e do tratamento dado a outros imigrantes residentes nos Estados Unidos – chegou também às redes sociais.No Facebook e no Twitter, multiplicam-se campanhas criticando o posicionamento das autoridades americanas.

Uma das iniciativas que está gerando grande repercussão foi criada por jovens imigrantes – muitos deles de origem hispânica – cuja intenção é denunciar o "racismo" que dizem existir nas políticas migratórias dos Estados Unidos.

A campanha, batizada de #Undeportable ("não deportável", em tradução livre), insta os participantes que tirem fotos de si mesmos e depois as editem, mudando sua aparência para ficar com cabelos loiros e olhos azuis.