Alcoolismo é um termo
amplo para descrever problemas com o álcool, sendo
geralmente usado no sentido de consumo compulsivo e descontrolado de bebidas alcoólicas, na maior parte dos casos
com implicações negativas na saúde, relações afetivas e no papel social do
alcoólico. Em termos médicos, o alcoolismo é considerado uma doença. O abuso de
álcool pode potencialmente provocar lesões em praticamente todos os órgãos do
corpo, incluindo o cérebro. A acumulação dos efeitos tóxicos derivados do abuso
crónico de álcool pode provocar problemas médicos e psiquiátricos.
A Organização Mundial de Saúde considera
o alcoolismo uma doença com componentes físicos e mentais. Não são ainda
totalmente compreendidos todos os mecanismos biológicos que causam o
alcoolismo. O risco é influenciado pelo ambiente social, stresse, saúde mental,
historial familiar, idade, grupo étnico e género.
O consumo
significativo de álcool ao longo do tempo provoca alterações fisiológicas na
estrutura e composição química do cérebro, como dependência física e aumento da
tolerância, o que faz com que o indivíduo necessite de consumir doses cada vez
maiores de álcool para atingir o efeito desejado. Estas alterações potenciam a
incapacidade do alcoólico em deixar de beber e provocam síndrome de
abstinência quando o consumo é interrompido.
O alcoolismo
pode ser difícil de identificar devido ao estigma social associado
à doença, o que faz com que o alcoólico evite o diganóstico e tratamento com
receio das consequências sociais. Um dos métodos de diagnóstico mais comuns é a
resposta a um grupo de questionários normalizados, os quais podem ser
utilizados para identificar diversos padrões de consumo nocivos, incluindo
alcoolismo. No geral, o abuso de álcool é considerado alcoolismo quando a
pessoa continua a beber apesar dos problemas sociais e de saúde que isso lhe
provoca.