DINHEIRO DO CÂNCER VAI PARAR NA CONTA DE EDINHO LOBÃO, INFORMAM DEPUTADOS
Quatro deputados estaduais – Othelino Neto, Marcelo Tavares, Rubens Júnior, Bira do Pindaré e um deputado federal, Simplício Araújo, foram impedidos de fiscalizar um prédio alugado pelo governo do Estado para instalação de uma clínica de tratamento do câncer. O contrato de aluguel foi firmado com a Difusora Incorporação e Construção, empresa da qual o candidato a governador Edinho Lobão detém mais de 90 por cento das ações.
O valor do aluguel é de 30 mil reais por mês. O Estado já pagou 4 meses, ou seja, 120 mil reais. Nunca funcionou nada lá, nem mesmo uma farmácia. O contrato motivou uma ação de impugnação da candidatura de Edinho, movida pelo deputado federal Simplício Araújo. Depois da ação, 5 pedreiros foram contratados para reformar o prédio. O nome do prédio é “Residencial Paris”, o que leva à conclusão de que nunca pensaram em instalar clínica oncológica nenhuma naquele endereço, já que é notoriamente impraticável o tratamento de câncer em edifícios residenciais.
Para o deputado Othelino, trata-se de uma indecência sem tamanho, as pessoas sofrendo e morrendo de câncer, uma maldade com o povo, utilizar o dinheiro público destinado a pacientes com câncer dessa forma. O parlamentar deu notícias também da indignação do povo “com esse contrato irresponsável”, demonstrada nas redes sociais. “Uma afronta à sociedade brasileira, à sociedade maranhense e, principalmente à lei”, considerou.
Para o deputado Rubens Júnior, é mais um caso em que o governo do Estado utiliza dinheiro público para beneficiar aliados. “O prédio não serve para o tratamento de câncer”, afirmou. Segundo Rubens Junior, Edinho Lobão vai receber o dinheiro do aluguel, vai ter seu prédio reformado e nunca ninguém foi atendido lá. “Se o prédio não pertencesse a Edinho, o governo teria alugado outro, que desse condições de iniciar imediatamente o tratamento ambulatorial”, afirmou.
Edinho acaba de apresentar no Senado um projeto de lei contra a corrupção no Brasil.