O Dia do Homem
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O Dia do Homem

 Edson Vidigal:

 O Dia do Homem



Ora, não é só mulher que tem Dia Internacional no calendário. Homem também. Esta semana, anteontem, terça feira, 15 de julho, foi o Dia Internacional do Homem.

Já sabemos que as mulheres ganharam esse dia em reconhecimento à luta que vem travando até hoje pelos seus direitos, muitos dos quais ainda não saíram das boas intenções consignadas em leis que não saem do papel.

O Dia Internacional da Mulher que a ONU inscreveu para cada 08 (oito) de março já não evoca, infelizmente, as razões originárias que o ensejaram na virada do século 19 para o século 20.

As celebrações do Dia da Mulher, aos poucos, vão descambando quase sempre para as pieguices de vitrines e anúncios de varejões ou, quando muito, enviar-lhes buquês de rosas, de preferência as vermelhas.

Quanto a nós homens, só me dei conta de que terça feira, ante ontem, 15 de julho, era nosso dia quando me deparei com uma pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia.

Qual o seu maior receio ou preocupação? Ficar impotente, responderam 28% (vinte e oito por cento) dos entrevistados. E depois? Ser traído pela esposa ou pela namorada foi a resposta de 25% (vinte e cinco por cento) dos homens. Perder o emprego ou ser assaltado são medos menores.

Curioso é que o percentual dos que receiam ficar impotentes ocupa o primeiro lugar em cidades como Rio de Janeiro (56%), Porto Alegre (56%) e Brasília (28%).

Os baianos de Salvador não ligam muito para esse negócio de ficarem impotentes. Nem os goianos de Goiânia, nem os paulistas da Capital, nem os mineiros de Belo Horizonte. O que receiam em primeiro lugar é serem traídos pela esposa ou pela namorada, o popular chifre.

Os paulistas tem medo em primeiro lugar é de serem assaltados (28%) e os mineiros de perderem o emprego (48%).

Quando os pesquisadores perguntaram – quais os problemas de saúde que mais o preocupam, imagina o que veio em primeiro lugar. O câncer (20%).

E em segundo lugar? Problemas de ereção (16%). Depois é que despontam nessa ordem o infarto (14%), derrame cerebral (10%), câncer de próstata (10%), hipertensão (5%), andropausa (5%), câncer de fígado (5%), calvície (4%), obesidade (4%), diabetes (4%) e estresse (3%).

São dois os principais especialistas na saúde do homem. Um é o urologista, cujo dedão conhecido como fura bolo quase todos os homens temem. Puro machismo.

Dizem os cientistas que só com o toque retal é possível aferir o nível de saúde da próstata. Entre os pesquisados, 51% não vão ao urologista.

O outro médico igualmente indispensável à saúde é o cardiologista. A pesquisa indica que 14% dos homens não vão ao cardiologista há mais de 01 (um) ano.

O Dia Internacional do Homem destina-se também à reflexão sobre a saúde do homem. As mulheres já são maioria no Brasil e com homens ignorantes quanto à própria saúde, não dá.

(Por Edson Vidigal é advogado, ex-vereador de Caxias, ex-deputado federal, professor e ministro aposentado do STJ)

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