Frank Maloney, lenda do boxe, anuncia mudança de sexo
Famoso pelo seu passado como técnico e 
empresário de boxe, Frank Maloney,62 anos,surpreendeu os ingleses nesse 
domingo ao anunciar, em uma entrevista a um tabloide local, que vai 
mudar de sexo. O agente, que no passado chamou a atenção pela postura 
homófobica, se prepara para fazer a cirurgia e vive como uma mulher.
"Eu nasci no corpo errado e sempre soube
 que era mulher. Eu não consigo seguir vivendo nas sombras, e é por isso
 que eu estou fazendo isso. Viver assim por mais tempo ia me matar", 
disse Maloney ao jornal Mirror.
Frank é tratado pela mídia britânica 
como um dos reis do boxe entre os anos 1980 e 1990. Foi ele quem guiou 
Lennox Lewis, por exemplo, ao título mundial dos pesos pesados, o 
primeiro do Reino Unido em quase um século. Com o poder de decidir os 
futuros da modalidade, virou uma lenda.
"O que estava errado no nascimento agora
 está sendo corrigido pela medicina. Eu tenho um cérebro feminino. Eu 
sabia que eu era diferente no minuto em que eu me comparei com as outras
 crianças. Eu tinha inveja das meninas", disse Frank, que agora quer ser
 chamado de Kellie.
"Eu nunca fui capaz de contar a ninguém 
do boxe. Você consegue me imaginar indo para um ringue vestido como uma 
mulher e fazendo o meu trabalho? Eu consigo imaginar o que gritariam 
para mim, mas se eu trabalhasse no mundo da arte ninguém ligaria para 
essa mudança", disse ela.
Kellie encerrou a carreira como Frank no
 ano passado e desde então viveu reclusa. Maloney tem três filhos de 
dois casamentos e uma movimentada vida pública. No meio da década 
passada, ela chegou a tentar ser prefeita de Londres, quando foi acusada
 de homofobia.
Como Frank, ela recusou-se a visitar o 
bairro de Camdem, no norte da capital inglesa, alegando que lá teriam 
"muitos gays". "Eu não gosto de ver policiais de mãos dadas em público. 
Não é um jeito familiar de levar a vida e nós deveríamos apoiar mais a 
família", disse Maloney à época. Candidata pelo Partido Independente, 
ela terminou na quarta posição do pleito que elegeu Ken Livingstone, do 
Partido Trabalhista.





 
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