Doleiro diz que Lula foi pressionado a indicar Paulo Roberto Costa
O esquema, segundo a PF, era comandado pelo doleiro
Em depoimento Ă Justiça Federal no ParanĂĄ, o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato por integrar esquema de lavagem de dinheiro, informou que, em 2004, o entĂŁo presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva foi pressionado por partidos aliados a aceitar a indicação de Paulo Roberto Costa para a Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Segundo Youssef, “agentes polĂticos” trancaram a pauta no Congresso para forçar a nomeação, feita pelo lĂder do PP Ă ĂŠpoca, JosĂŠ Janene, que morreu em 2008.
"Tenho conhecimento de que, para Paulo Roberto Costa assumir a Diretoria de Abastecimento, esses agentes polĂticos trancaram a pauta no Congresso durante 90 dias. Na ĂŠpoca, o presidente era Luiz InĂĄcio Lula da Silva. Ele ficou louco. Teve de ceder e realmente empossou o Paulo Roberto Costa na diretoria”, disse Youssef, em depoimento ontem (8), como parte das investigaçþes da Operação Lava Jato, da PolĂcia Federal. Quando hĂĄ o trancamento da pauta no Congresso, nenhuma matĂŠria pode ser votada pelos parlamentares. Procurada, a assessoria de Imprensa do Instituto Lula nĂŁo foi encontrada para comentar o depoimento de Alberto Youssef.
Deflagrada no dia 17 de março, a operação da PF descobriu esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos, que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhþes. O esquema, segundo a PF, era comandado pelo doleiro, que estå preso no Paranå e aceitou assinar acordo de delação em troca de redução da pena.
No entanto, o depoimento de ontem, ao juiz SĂŠrgio Moro, da 13ÂŞ Vara da Justiça Federal de Curitiba e responsĂĄvel pelo caso, nĂŁo estĂĄ relacionado ao acordo delação. Paulo Roberto Costa tambĂŠm prestou depoimento em Curitiba nessa quarta. Alberto Youssef usou as expressĂľes agentes polĂticos e agentes pĂşblicos em referĂŞncia a outros envolvidos na investigação sobre desvios de dinheiro de contratos da Petrobras. Os termos foram usados por recomendação do juiz SĂŠrgio Moro para manter o sigilo dos nomes de outros envolvidos. Como tĂŞm foro privilegiado, os nomes desses agentes polĂticos devem ser revelados posteriormente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O doleiro destacou que era apenas uma “engrenagem” na operação e que outras pessoas estavam acima dele e de Paulo Roberto Costa. “NĂŁo sou mentor ou chefe da organização criminosa. Tinha gente mais elevada, inclusive acima do Paulo Roberto Costa, no caso agentes pĂşblicos".
Perguntado se em outras diretorias havia operação semelhante Ă que ocorria na Diretoria de Abastecimento, Youssef respondeu: “NĂŁo operei em outra diretoria, mas sei que existiam os mesmos moldes. Sei por conta dos prĂłprios empreiteiros, os prĂłprios operadores”. O juiz perguntou novamente se os empreiteiros afirmavam que havia esquemas semelhantes em outras ĂĄreas e o doleiro confirmou. “Sim. Em todas as ĂĄreas, tanto na Internacional quanto na de Serviço”.
Youssef tambĂŠm detalhou o repasse do dinheiro pago por empresas vencedoras de licitaçþes da Petrobras. Segundo ele, elas combinavam quem ganharia a licitação, e a vencedora pagava 1% do valor total da obra contratada. Segundo o doleiro, ele, Costa e os agentes polĂticos, cujos nomes nĂŁo revelou, recebiam esse percentual a tĂtulo de comissĂŁo.
"Tenho conhecimento de que, para Paulo Roberto Costa assumir a Diretoria de Abastecimento, esses agentes polĂticos trancaram a pauta no Congresso durante 90 dias. Na ĂŠpoca, o presidente era Luiz InĂĄcio Lula da Silva. Ele ficou louco. Teve de ceder e realmente empossou o Paulo Roberto Costa na diretoria”, disse Youssef, em depoimento ontem (8), como parte das investigaçþes da Operação Lava Jato, da PolĂcia Federal. Quando hĂĄ o trancamento da pauta no Congresso, nenhuma matĂŠria pode ser votada pelos parlamentares. Procurada, a assessoria de Imprensa do Instituto Lula nĂŁo foi encontrada para comentar o depoimento de Alberto Youssef.
Deflagrada no dia 17 de março, a operação da PF descobriu esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos, que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhþes. O esquema, segundo a PF, era comandado pelo doleiro, que estå preso no Paranå e aceitou assinar acordo de delação em troca de redução da pena.
No entanto, o depoimento de ontem, ao juiz SĂŠrgio Moro, da 13ÂŞ Vara da Justiça Federal de Curitiba e responsĂĄvel pelo caso, nĂŁo estĂĄ relacionado ao acordo delação. Paulo Roberto Costa tambĂŠm prestou depoimento em Curitiba nessa quarta. Alberto Youssef usou as expressĂľes agentes polĂticos e agentes pĂşblicos em referĂŞncia a outros envolvidos na investigação sobre desvios de dinheiro de contratos da Petrobras. Os termos foram usados por recomendação do juiz SĂŠrgio Moro para manter o sigilo dos nomes de outros envolvidos. Como tĂŞm foro privilegiado, os nomes desses agentes polĂticos devem ser revelados posteriormente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O doleiro destacou que era apenas uma “engrenagem” na operação e que outras pessoas estavam acima dele e de Paulo Roberto Costa. “NĂŁo sou mentor ou chefe da organização criminosa. Tinha gente mais elevada, inclusive acima do Paulo Roberto Costa, no caso agentes pĂşblicos".
Perguntado se em outras diretorias havia operação semelhante Ă que ocorria na Diretoria de Abastecimento, Youssef respondeu: “NĂŁo operei em outra diretoria, mas sei que existiam os mesmos moldes. Sei por conta dos prĂłprios empreiteiros, os prĂłprios operadores”. O juiz perguntou novamente se os empreiteiros afirmavam que havia esquemas semelhantes em outras ĂĄreas e o doleiro confirmou. “Sim. Em todas as ĂĄreas, tanto na Internacional quanto na de Serviço”.
Youssef tambĂŠm detalhou o repasse do dinheiro pago por empresas vencedoras de licitaçþes da Petrobras. Segundo ele, elas combinavam quem ganharia a licitação, e a vencedora pagava 1% do valor total da obra contratada. Segundo o doleiro, ele, Costa e os agentes polĂticos, cujos nomes nĂŁo revelou, recebiam esse percentual a tĂtulo de comissĂŁo.