Romário é eleito senador pelo Rio de Janeiro
Os eleitores fluminenses escolheram
neste domingo (5) o ex-jogador de futebol e deputado federal Romário
(PSB), 48, para representar o Estado do Rio de Janeiro no Senado. O
ex-esportista chega ao Senado quatro anos após estrear na política -- e
cinco depois de se aposentar oficialmente dos gramados.
Romário ficou à frente do veterano Cesar
Maia (DEM), 69, que já foi prefeito do Rio em três oportunidades e
atualmente é vereador da capital fluminense.
Crítico da Copa e da CBF
Crítico da Copa e da CBF
Romário de Souza Faria, nascido e criado
na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, teve como ápice da
carreira de jogador a conquista do tetra na Copa do Mundo de 1994. Desde
o início de sua trajetória no futebol, o "Baixinho" também se destacou
pela língua afiada e pela vida noturna agitada. Foi protagonista de
polêmicas, discussões e chegou a ser preso por não pagar pensão, em
2009.
Eleito deputado federal, em 2010, com
quase 147 mil votos ( o sexto mais votado no Rio), o ex-camisa 11 da
Seleção Brasileira foi para Brasília com a promessa de lutar por
melhorias no esporte e em prol das pessoas com deficiência (sua filha
mais nova, Ivy, tem Síndrome de Down). Desde então, ganhou projeção
política pelas críticas aos gastos do governo federal com a Copa do
Mundo do Brasil, realizada neste ano. Também não poupou a CBF
(Confederação Brasileira de Futebol).
O sucesso de seus discursos sobre
denúncias, escândalos e assuntos relacionados à Copa fez com que Romário
começasse a pensar em voos mais altos na política. No ano passado,
desentendeu-se com a direção nacional do PSB, pois queria a garantia de
que poderia concorrer à Prefeitura do Rio em 2016, caso estivesse bem
cotado nas pesquisas de opinião. Ele chegou a se desfiliar do partido,
em agosto de 2013, porque não tinha diálogo com o então presidente
nacional do PSB, Eduardo Campos.
No entanto, após dois meses flertando
com o PR e o PROS, acertou a refiliação ao PSB e foi alçado ao posto de
presidente regional da sigla. Desde então, com a garantia de que poderá
concorrer ao governo municipal daqui a dois anos, começou a planejar sua
candidatura ao Senado