Roseana Sarney deixa governo com dívida de mais de R$1 bilhão e Flávio Dino reduz custeios do Estado
O Chefe da Casa Civil do governo do Estado, Marcelo Tavares, a
Secretária Estadual de Planejamento de Orçamento Cyntia Mota Lima e o
Secretário de Fazenda Marcellus Ribeiro Alves, concederam entrevista
coletiva na manhã desta sexta-feira (09) para detalhar a situação Fiscal
do Governo.
Marcelo Tavares apresentou demonstrativo referente a dívidas deixadas
pelo governo Roseana Sarney, que juntas, chegam a um rombo de R$ 1,1
bilhões.
Tavares explicou que a dívida deixada pelo governo anterior inclui R$
545 milhões referentes a dívidas com precatórios, R$ 423 milhões de
restos a pagar e R$ 86 milhões de verbas retidas dos servidores
públicos, descontados dos salários dos servidores, mas que não foram
repassadas aos agentes credores. O chefe da Casa Civil explicou que
Roseana deixou o Caixa do Estado em situação crítica, deixando apenas R$
24 milhões de reais.
Apesar das dívidas herdadas, governo Flávio Dino vai honrar com todas as obrigações financeiras.
Marcelo Tavares explicou como o governo conseguirá receita para
garantir o pagamento dos servidores referente ao mês de janeiro, bem
como as demais obrigações financeiras. Uma parte dos recursos virá
graças ao bloqueio dos últimos pagamentos autorizados pelo ex-governador
Arnaldo Melo no final do ano passado. “Ao bloquear pagamentos com
indícios de irregularidades, o governador Flávio Dino se preocupou em
garantir a liquidez do fluxo de caixa para o pagamento da folha de
janeiro”, disse.
Outra parte dos recursos para cobrir os rombos virá do corte de
gastos de custeio desnecessários: “Desde o primeiro dia o governo está
trabalhando para garantir que haja recursos necessários para
investimentos prioritários. O governo Flávio Dino honrará com todas as
obrigações financeiras”, disse Tavares.
O corte de gastos deverá atingir 30% no orçamento de custeio e
garantirá, se houver necessidade de mantê-lo até o fim do ano, uma
economia de mais de R$ 800 milhões.
Tavares enfatizou que os cortes não afetarão os investimentos do
governo nas áreas sociais e nos programas de desenvolvimento econômico
do Estado.
Onde haverá cortes
– Contratos de convênios assinados com suspeitas graves no faturamento;
– Contratos não relacionados aos interesses diretos dos maranhenses;
– Artigos de Luxo;
– Transferências de prédios alugados pelo Estado para imóveis pertencentes ao patrimônio do governo.