Toca Serra deve
duas folhas de cheque encontradas pela Seic e Gaeco no cofre do agiota Pacovan
Livrou-se temporariamente de um pedido de prisão, em primeira instância,
o suplente de deputado estadual Domingos Erinaldo Sousa Serra, o Toca
Serra (PTC), irmão do prefeito Pedro do Rosário, Irlan Serra, mesmo partido.
Protegido pelo Palácio dos Leões - isto mesmo, pelo governador Flávio
Dino o neo parlamentar deveria
estar sendo investigado e já preso pela polícia por envolvimento com um dos
maiores agiotas do Maranhão, Josival Cavalcante da Silva, o Pacovan, mas
teve seu caso abafado e assumiu, nessa terça-feira 18, a vaga do deputado
Edivaldo Holanda (PTC), que saiu de licença por 121 dias.
Durante uma operação conjunta da Superintendência Estadual de
Investigações Criminais (Seic) e da Grupo de Atuação Especial no Combate a
Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público estadual, Toca Serra teve
pelo menos duas folhas de cheque do Banco do Brasil, assinadas por ele próprio,
encontradas dentro do cofre de Pacovan. Uma no valor de R$ 1.060,000,00 (hum
milhão e sessenta mil reais) e outro de R$ 1.500,000,00 (hum milhão de
quinhentos mil reais).
De posse da prova do envolvimento do mais novo detentor de foro
privilegiado na República do Maranhão, a polícia já poderia ter mandado
Toca Serra direto para a cadeia, coisa que agora só pode ser feita por
determinação de um desembargador.
Tudo em Casa
A posse do envolvido na Máfia da Agiotagem foi feita por outro
envolvido em desvio de recursos públicos, o vice-presidente da Assembleia
Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB). No caso de Othelino,
que também entrou na AL por meio de suplência, e automaticamente também está
sob foro privilegiado desde então, quase uma dezenas de processos controle ele
por malversação de dinheiro público dorme nos porões do Tribunal de Justiça do
Maranhão. Uma investigação em curso, porém, deve acorda toda a turma.