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Sergipe

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A humildade é o trampolim para a glória!


Todos nós vivenciamos ou presenciamos momentos de guerras e brigas que têm como consequência discórdias e desavenças entre irmãos. Achamos que tudo isto acontece por causa da situação que estamos vivenciando, às vezes, por falta de dinheiro, por enfermidades ou infortúnios. No entanto, São Tiago nos esclarece que todas estas desordens vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de nós.
Tudo o que é bom ou mal é fomentado dentro do nosso coração. A cobiça, a inveja, o desamor, o ódio têm como raiz o mal que vive também dentro de nós e a quem nós damos guarida e acolhimento. Até mesmo nós que rezamos e fazemos pedidos ao Senhor, muitas vezes, queremos coisas que têm origem nas nossas concupiscências, como esclarece São Tiago. “Pedis, sim, mas não recebeis porque pedis mal. Pois só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres.”
Pedimos a Deus coisas que nos ajudam a ter amizade com o mundo, pois são para o nosso próprio agrado e não condizem com os ensinamentos do Senhor. Deus é zeloso e quer de nós sentimentos condizentes com o Seu pensamento e com o Espírito que habita em nós e não com o que a mentalidade do mundo nos influencia.
Precisamos ter cuidado e verificar qual a fonte que está dando origem aos nossos pensamentos, sentimentos e ações. Para isso, São Tiago também nos intima: “Obedecei, pois, a Deus, mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós”! Não podemos nos deixar sugestionar pelo malvado, mas pedir ao Senhor que purifique as nossas mãos e santifique o nosso coração nos humilhando diante Dele para que Ele nos exalte como nos revela a leitura. – Você tem vivenciado momentos de guerra e de discórdia? – Qual o sentimento que move o seu coração nestes momentos? – Você acha que tem amizade com Deus ou com o mundo? – O que você tem pedido ao Senhor é de conformidade com a Sua vontade expressa na Sua Palavra?


No mundo em que vivemos, hoje, diante das situações de violência e desamor este salmo é como um desabafo para a nossa alma. Nós também, muitas vezes temos vontade de voar para achar um descanso, fugir para longe, esconder-nos para não presenciar tanta desgraça que tem acontecido. Na “cidade, hoje também só se vê violência e discórdia”, no entanto, como o salmista nós precisamos lançar sobre o Senhor nossos cuidados e Nele ter nosso sustento, pois jamais Ele irá permitir que vacilemos.
Jesus aproveitava os momentos em que caminhava com Seus discípulos para ensinar-lhes muitas coisas e abrir-lhes os olhos para que entendessem a razão da Sua vinda para a terra. Assim, Ele esclarecia o que iria acontecer com Ele, falando da sua morte e ressurreição. No entanto, eles não compreendiam as palavras de Jesus e não queriam aprofundar-se no que Ele lhes revelava, pois tinham medo de enfrentar dificuldades.
Fizeram como nós que, muitas vezes, não temos coragem de enfrentar assuntos, como morte, enfermidades, sofrimentos, desafios. Fugimos da realidade e achamos que por acreditar em Jesus, estamos isentos de passar por dificuldades. Isto vem da nossa percepção humana, da nossa carne que teme o sofrimento e não se apoia no Espírito que nos fortalece. Por isso, não admitimos a dificuldade, a luta, o esforço e queremos logo conquistar a vitória e ter a recompensa pelo nosso trabalho. Jesus não nos quer enganar e assim também
Ele quer fazer hoje com cada um de nós que nos propomos a ser Seus discípulos (as). Para seguir os passos do Mestre nós devemos aceitar as dificuldades próprias da nossa missão com humildade sem querermos ser diferenciados (as) dos outros a fim de ocupar postos mais elevados, como os discípulos pretenderam.
Nós também, como eles, queremos ter o primeiro lugar, ser grandes, ser o maioral, ter sucesso aqui na terra e também no céu, mas não pensamos no ônus que tudo isto pode nos acarretar. Por isso, Jesus também nos ensina: “se alguém quiser ser o primeiro que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” Para que sejamos grandes no céu e os maiores diante de Deus, nós temos que ser pequenos e humildes na terra, como uma criança que depende da força do Pai para caminhar. Devemos ter consciência de que para Deus a humildade é o trampolim para a glória.

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