Um homem, identificado como Vinicius Lopes Gritzbach, foi executado a tiros na tarde de sexta-feira, 8, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Ele havia colaborado com o Ministério Público de
São Paulo, revelando detalhes sobre operações criminosas do PCC (Primeiro
Comando da Capital) em depoimentos recentes.
O
empresário, réu em um processo por lavagem de dinheiro para a facção, era
acusado de movimentar cerca de R$ 30 milhões em recursos do tráfico de drogas,
supostamente investidos na compra de imóveis e postos de combustíveis.
Segundo
informações da Polícia Federal, Gritzbach vinha entregando informações
importantes sobre esquemas do PCC e sugeriu em seus depoimentos que poderia
revelar mais detalhes sobre atividades ilícitas da organização.
Os
investigadores suspeitam que o crime tenha sido uma queima de arquivo,
possivelmente motivada por vingança devido às delações do empresário.
Gritzbach,
que estava retornando de Goiás, foi surpreendido pelos criminosos ao sair do
Terminal 2 do aeroporto, onde desembarcava com sua namorada.
O ataque,
ocorrido por volta das 16h, deixou três pessoas feridas, incluindo dois
motoristas de aplicativo e uma mulher que estava na calçada. As vítimas foram
socorridas em estado grave.
Segundo
informações da investigação, o empresário chegou a ser atendido pelo Corpo de
Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos.
Os
disparos, realizados com fuzis calibre 765, partiram de dois homens que estavam
em um veículo Gol preto.
Após o
ataque, o carro utilizado pelos suspeitos foi localizado em Guarulhos, com
munições de fuzil.
No
momento da execução, um dos seguranças de Vinicius estava no aeroporto
acompanhando o filho do empresário, enquanto outros três seguranças, todos
policiais militares, enfrentaram problemas com o carro que usavam, que quebrou
a caminho do aeroporto.
Os
seguranças foram identificados, tiveram seus celulares apreendidos e serão
interrogados pelas autoridades.
A
namorada de Vinicius deixou o local antes da chegada da polícia, mas já foi
identificada e encaminhada ao DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à
Pessoa) no Centro de São Paulo para prestar depoimento.
Amigos
próximos relataram que o empresário tinha consciência de que membros do PCC
sabiam de sua colaboração com o MP e que temia por sua vida.
A polícia
segue investigando o caso e busca mais informações sobre os responsáveis pelo
ataque.