O instituto,
uma vez que a empresa responsável, no caso o ICN, deve utilizar as normais
legais, ou seja, seletivos, para realizar tais contratações.
A
Operação Sermão aos Peixes, desencadeada pela Polícia Federal no Maranhão,
respingou até no governo Flávio Dino. Interceptações telefônicas, captadas em
março deste ano, revelam que Benedito Silva Carvalho, presidente do Instituto
de Cidadania e Natureza (ICN), conversa com o secretário de Estado da Saúde
(SES), Marcos Pacheco, para tratar assuntos relacionados a contratações de duas
mulheres.
Em um dos
trechos do diálogo, o presidente do ICN chega a afirmar que o gestor da SES
ganharia com a contratação . “Benedito chega a dizer que eles
tem mais a ganhar do que perder com as contratações das mulheres indicadas“,
diz o documento.
A Policia
Federal classifica como interessante o motivo pelo qual as contratações
solicitadas a Marcos Pacheco seriam mais um ganho do que perda. Embora as
normais legais, ou seja, seriam seletivos para realizar tais contratos. A
solicitação dos dois contratos foi discutida inicialmente entre Benedito
Carvalho e a ex-diretora do Hospital do Câncer, Ilvanicia Braga Bordalo.
Em outra
conversa interceptada, também no mês de março, o presidente do ICN dialoga com
uma mulher identificada como Maria Alice, mãe de um homem que, supostamente
recebe salários em uma das unidades de saúde do Maranhão sem trabalhar. Ela
pede ao presidente do instituto a permanência da pessoa, pois o “afilhado do
investigado”, como ela chama o filho, precisa terminar a faculdade.
Benedito
Silva Carvalho foi preso acusado de integrar uma organização criminosa
(ORCRIM), que desviou dos cofres públicos da Saúde mais de R$ 1 bilhão de
reais, durante a gestão de Ricardo Murad.
A
Secretaria de Comunicação do Governo informou que já solicitou o teor da suposta
interceptação telefônica para se manifestar e reitera que não se pronuncia
sobre especulações oriundas de fontes não oficiais.