Jornalismo com seriedade: três cabeças que não conseguem varrer a sujeira de uma cidade

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

três cabeças que não conseguem varrer a sujeira de uma cidade

A história de um senador ausente e das três cabeças que não conseguem varrer a sujeira de uma cidade

Em uma viagem que fiz a Bacabal alguns dias atrás, Bacabal totalmente destruido: 

Em conversa que mantive com o ex-vice-prefeito, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Bacabal, Jurandir Ferro do Lago Pai, há alguns anos, ele me deixou claro que o hoje senador João Alberto Sousa havia desaprendido de fazer politica. Naquele momento Alberto queria, mais uma vez, que a esposa de Lago se aventurasse como candidata a prefeita de Bacabal. Jurandir e filhos foram veementemente contra a aventura, a empresária Taugi acabou por fazer parte do que se considera com a mais bem sucedida articulação política de todos os tempos em Bacabal, que acabou tornando-a, inimaginavelmente para muitos, como vice candidata da chapa encabeçada pelo então Prefeito Raimundo Nonato Lisboa, candidato a reeleição.

Essa articulação, contam, teria tido como base um largo lastro financeiro e teria sido alinhavada por uma série de compromissos políticos, entre os quais a eleição da empresária como prefeita no final do mandato acertado.

Acordo fechado o senador teve o respeito e a boa vontade de me chamar para uma conversa e me explicar que estava aceitando o fato por saber ser aquela a única forma de dá sobrevida ao seu grupo político.

No limiar da campanha que acabou por eleger ao atual prefeito José Alberto Oliveira Veloso eu, também em respeito ao senador, conversei com ele em São Luis, e lhe expus, na minha visão, a situação política em que Bacabal se encontrava no momento, mostrando-lhe que a sua pretensa candidata não reunia, naquele momento, as condições mínimas para voltar a se aventurar em uma campanha.

O senador me respondeu de forma veemente: “eu vou fazer a eleição com Lisboa”. Lisboa fez a eleição com Zé Vieira. Ainda argumentei no sentido de que Alberto tentasse manter contato com o articulador da embrionária candidatura do pecuarista José Alberto Veloso explicando-lhe que aquele era o momento certo para abortar a gestação.

Esse contato nunca foi feito e a candidatura de Veloso ganhou o viés de “a salvação de Bacabal” com o impagável slogan “Vamos varrer a sujeira”. Alberto foi obrigado a “engolir” a candidatura de Veloso e, mais vez, barganhou para que sua aliada fosse mantida como vice-prefeita. Além de Taugi o senador tinha leve queda pelo nome do ex-vice-prefeito Almir Carvalho Rosa Júnior e ainda sonhou em usar esse nome para abortar a aliança de Vieira com Lisboa.

Conduzindo aqueles que queriam ser "salvos", de vassouras nas mãos, Veloso e família ganharam as ruas de Bacabal para se eleger prefeito com larga diferença de votos, criando em nosso povo a falsa esperança de que ele resolveria todos os problemas do município no momento em que sentasse na cadeira de prefeito.

João Alberto de Sousa,  Hoje quando vem para cá se hospeda em uma casa alugada pelo deputado Roberto Costa.

Nessa conversar disse com todas as letras que os problemas que aconteceram com o seu grupo se deram em função da sua ausência, da sua omissão. Mas aliviei um pouco contemporizando no sentido de que a culpa não era completamente dele, porque ele não poderia ter adivinhado que os nomes que ele escolheu para representá-lo, entre os quais o do ex-deputado estadual Jura Filho, não conseguiram corresponder e devolver a sua confiança.

Hoje o senador vive situação semelhante. Mesmo sem querer colaborou para a eleição de José Alberto Veloso.