Um dos mais antigos políticos da bancada evangélica e aliado de Bolsonaro, Arolde de Oliveira chamava a Covid de "vírus chinês" e classificava isolamento como "alarmismo"
O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) faleceu na noite desta quarta-feira (21) no Rio de Janeiro. Aos 83 anos, o parlamentar estava internado desde o início de outubro em uma Unidade de Terapia Intensiva. A notícia sobre a morte do senador foi dada por sua família através das redes sociais.
“Comunicamos que nesta noite (dia 21 de outubro) o Senhor Jesus recolheu para si nosso amado irmão, Senador Arolde de Oliveira. Falecido vítima de Covid e como consequência a falência dos órgãos. A família agradece o carinho e orações. Mais informações à posteriori”, diz uma postagem no perfil oficial de Arolde no Twitter.
Arolde foi internado com Covid-19 em 4 de outubro. Ele chegou a se curar do vírus, mas permaneceu internado – até vir a falecer – por conta de complicações respiratórias derivadas da doença.
Um dos mais antigos políticos da bancada evangélica, o senador era aliado de Jair Bolsonaro e dono do grupo de mídia evangélica MK, que tem como clientes a deputada Flordelis (PSD-RJ) e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O grupo tem entre seus veículos o Pleno News, portal evangélico de notícias sensacionalistas e de apoio ao governo.
Ao longo da pandemia, Arolde manteve discurso alinhado ao de Jair Bolsonaro e se colocava contra o isolamento social. “Os números do vírus chinês no mundo e no Brasil demonstram a inutilidade do isolamento social. Autoridades, alarmistas por conveniência, destruíram o setor produtivo e criaram milhões de desempregos. O Presidente @jairbolsonaro ,isolado pelo STF, estava certo desde o início”, escreveu o senador em 19 de abril.