Na manhã desta quarta-feira (3), o ex-deputado estadual José Alves Cavalcante, conhecido como ‘Pastor Cavalcante’, foi alvo de uma operação do Ministério Público do Maranhão, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O Pastor Cavalcante, que também é presidente da Convenção de Ministros Igrejas Assembleias de Deus no Maranhão (COMADESMA), é investigado pela realização de ‘rachadinha’, que é quando um parlamentar recebe parte do salário de assessores ou servidores indicados por ele próprio.
No caso do Pastor Cavalcante, as ‘rachadinhas’ teriam acontecido quando ele era deputado estadual, entre 2019 e 2022, e ele recebia parte do salário dos assessores (familiares e funcionários de sua confiança) empregados no seu gabinete na Assembleia Legislativa, segundo o Ministério Público.
Ainda segundo as investigações da Promotoria de Açailândia, estas pessoas recebiam grandes quantidades de dinheiro em espécie para realizar depósitos com ou sem identificação. Uma movimentação de cerca de R$ 4 milhões teria acontecido em apenas dois anos.
Por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público do Maranhão (Gaeco), em operação batizada de ‘Damnare Avaritia’, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos municípios de Imperatriz, Açailândia e Governador Edison Lobão.
Na ação, policiais estiveram na casa do Pastor Cavalcante e foram apreendidos documentos, bens, computadores, celulares, veículos e até uma arma de fogo e munições. Como a arma estava em situação irregular, o pastor foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos.
Além dos imóveis do ex-deputado estadual, foram alvos da operação a casa do filho do Pastor, Jefte Cavalcante, assim como do tesoureiro das igrejas vinculadas ao pastor, José Félix Costa Júnior.
O g1 entrou em contato com o Pastor Cavalcante para se pronunciar sobre as afirmações do Ministério Público, mas ainda não houve retorno até a última atualização desta reportagem.