O deputado estadual do Maranhão Hemetério Weba está no centro de uma polêmica após um áudio seu, vazado no WhatsApp, gerar indignação entre os moradores de Nova Olinda.
No áudio, Weba faz ameaças explícitas à população, condicionando a permanência em seus cargos e a obtenção de oportunidades à garantia de votos em sua base política.
Weba afirma categoricamente: “Política, quem sabe controlar, sou eu. Tudo de política, tu tem que conversar comigo. Olha, como é que nós fazemos isso, como é que nós fazemos aquilo, porque aí no meio vai um bando de oportunista que nem com a gente vota.”
O deputado continua suas críticas, direcionando ofensas a um indivíduo identificado como Alves: “Esse Alves aí, isso é um safado, não olho nem na cara disso.” Weba também se queixa de pessoas que, segundo ele, se beneficiam de ações como campanhas de catarata, mas não demonstram gratidão: “E outros mais que vão nesse negócio de catarata, cumade não sabe nem quem ela está controlando, vai tudo e depois não agradece a ninguém, não agradece a prefeita, não agradece a deputado, não agradece a Ari.”
A parte mais alarmante do áudio surge quando Weba deixa claro que os moradores de Nova Olinda devem votar em seus aliados, sob a ameaça de serem expulsos de suas funções: “Eu vou reunir, a vota comigo, não vota comigo, ou vota com a Ari ou não tem oportunidade aqui. Aqui eu quero voto casado, a família de fulano vota, mas fulano não. Mas se não votar tudo, boto pra fora, boto pra fora. Para fora e boto outros. Aqui não tem esse negócio, eu já disse.”
Ao concluir, Weba reafirma seu controle sobre a política local: “Política é comigo. Todo e qualquer argumento político você tem que conversar comigo, porque eu conheço isso aí há 50 anos e eu tô nisso. E sei quem presta e quem não presta.
Repercussão e Reações
A divulgação do áudio causou grande repercussão na região, com moradores e lideranças comunitárias expressando repúdio às declarações do deputado. Muitos consideraram a fala de Weba uma tentativa de coerção e abuso de poder, utilizando seu cargo para intimidar eleitores e garantir apoio político à força.
Fonte Vanilson Rabelo