A investida da ex primeira-dama, de defenestrar a deputada federal Detinha, do comando estadual do PL Mulher, tem gerado reações contra o bolsonarismo no Maranhão, e isso deve ter consequências futuras.
Ao tirar o comando do PL Mulher, da deputada federal mais bem votada da história do Maranhão, com mais de 161 mil votos em 2022, para entregar a vereadora eleita de São Luís, Flávia Berthier (PL), que obteve 4.857 votos, Michele pode ter dado inicio ao afundamento da legenda no Estado.
Se o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), líder do grupo no Maranhão, resolver mudar de legenda, será praticamente impossível o PL voltar a repetir os sucessos das últimas eleições.
Para se ter uma ideia, em 2024, o PL fez o maior número de prefeitos, 40 no total, e muitos já se manifestaram, revoltados com a conduta desleal de Michele.
Mas ainda pior do que perder 40 prefeitos, é não ter a força de Josimar para a eleição federal, quando o partido precisará de votos para cumprir a cláusula de barreira.
Em 2026, para cumprir a cláusula de barreira e ter acesso a tempo de TV, os partidos precisam ter no mínimo, 2,5% dos votos válidos para a Câmara, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da federação, além da eleição de pelo menos 13 deputados federais distribuídos em pelo menos 1/3 dos Estados.
Em 2020, o PL teve 16,87% dos votos, ultrapassando a marca dos 626 mil votos, feito inédito, graças a liderança de Josimar. O partido também foi o que mais elegeu deputados federais, quatro ao todo.
Por esses motivos, pode ser que em 2026, o PL seja apenas um pequeno partido, como o PT, de Lula.