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Operação prende delegado e policiais civis suspeitos de ligação com o PCC em São Paulo

Uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), com apoio da Corregedoria da Polícia Civil, prendeu sete pessoas nesta terça-feira, 17.

Entre os detidos estão um delegado, três policiais civis e outros suspeitos acusados de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

O delegado Fábio Baena, um dos presos, foi citado em uma delação premiada pelo empresário Vinícius Gritzbach, que foi assassinado no último dia 8 de novembro, no Aeroporto de Guarulhos.

Na ocasião, Gritzbach havia acusado Baena de extorsão em meio a investigações envolvendo o crime organizado.

Também foram presos os policiais Eduardo Monteiro, Marcelo Ruggeri e Marcelo “Bombom”. Rogério de Almeida Felício, que está foragido, trabalha como segurança do cantor Gusttavo Lima. Além deles, outros três civis foram detidos: Ademir Pereira Andrade, Ahmed Hassan e Robinson Granger de Moura, conhecido como “Molly”.

ESQUEMA CRIMINOSO

De acordo com as investigações, o grupo atuava oferecendo proteção ao PCC em troca de dinheiro, além de manipular e vazar informações sigilosas de inquéritos policiais.

Os suspeitos também facilitariam a lavagem de dinheiro do grupo criminoso, que teria movimentado mais de R$ 100 milhões desde 2018.

A prática ocorria por meio de aquisições de imóveis feitas por empresas de fachada ou intermediários. Há ainda suspeitas de desvio de bens apreendidos durante operações policiais.

MANDADOS E APREENSÕES

A operação, batizada de “Tacitus” – termo em latim que significa silencioso ou não dito –, contou com 130 policiais federais e promotores.

Ao todo, foram expedidos 8 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão em São Paulo, Bragança Paulista, Igaratá e Ubatuba, no interior do estado.

A Justiça também determinou medidas como bloqueio de contas bancárias, apreensão de bens e joias e sequestro de patrimônio.

Os detidos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, além de ocultação de capitais. Somadas, as penas podem chegar a 30 anos de reclusão.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Corregedoria acompanha as investigações e está colaborando com os órgãos responsáveis.

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