Jornalismo com seriedade: PMs são denunciados pelo MP por abuso sexual e extorsão durante operação em Imperatriz; eles são afastados da corporação

sábado, 6 de julho de 2024

PMs são denunciados pelo MP por abuso sexual e extorsão durante operação em Imperatriz; eles são afastados da corporação

Os crimes teriam sido cometidos durante uma operação, no bairro Vilinha, em Imperatriz, a 635 km de São Luís. Os dois policiais envolvidos foram afastados de suas atividades.

Dois policiais militares de Imperatriz, a 635 km de São Luís, foram afastados de suas atividades, após serem denunciados no Ministério Público do Maranhão por abuso sexual e extorsão. Os crimes teriam sido cometidos durante uma operação, no bairro Vilinha. O caso foi divulgado nesta semana. Eles não tiveram suas identidades reveladas.

A primeira denúncia foi feita no 14º Batalhão da Polícia Militar, onde os agentes estavam lotados. De acordo com os relatos das vítimas, um homem teria chamado a polícia para denunciar que a namorada teria pegado seu celular. Porém, a PM disse que não atendia esse tipo de ocorrência.

Alguns minutos depois, o homem ligou novamente para a central de atendimento da PM e disse que havia sido assaltado. A polícia atendeu à solicitação e foi encaminhada para averiguar a chamada. Segundo o depoimento das vítimas, após os policiais constatarem que a denúncia era mentira, o homem foi algemado.

Durante a operação, um dos policiais teria dito ao casal que haveria “um jeito para resolver tudo e vai sair caro”. No momento, a mulher fez um pix de R$ 400 reais para liberar o namorado.

No depoimento feito à polícia, a mulher apresentou comprovante da transferência e disse que um dos PMs pediu mais dinheiro para libertar o namorado. Após isso, a mulher contou que o mesmo policial passou a mão em sua parte íntima, colocou o pênis para fora e a forçou a fazer sexo oral nos dois PMs.

Posicionamento da polícia

O comandante de Policiamento da Área do Interior, Wellington Araújo, disse que ainda é cedo para afirmar que houve o crime de abuso de autoridade e que é necessário esperar pelo parecer final do inquérito.

O comandante diz ainda, que é uma denúncia grave que precisa ser apurada sem fazer nenhum juízo de valor prévio.

“Se houve abuso de autoridade, quem vai dizer isso, na verdade, vai ser o relatório após a conclusão do inquérito. A gente não pode fazer nenhum juízo de valor no momento, mas é uma denúncia grave e toda denúncia que chega, de imediato, nós mandamos aspirar”, disse Wellington.

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