Lobão recebeu R$ 1 milhão de propina e dinheiro era levado de
carro até Brasilia, diz delator
O
senador Edison Lobão (PMDB-MA) acertou um acordo para receber 1 milhão de reais
em propina para usar em campanha eleitoral. A história é contada em delação
premiada por Walmir Pinheiro, ex-diretor financeiro da UTC que não soube dizer
na campanha de qual candidato o dinheiro seria usado.
Segundo
contou o delator, Edison Lobão deu plenos poderes para André Serwy receber o
dinheiro em seu nome. André Serwy, não era um estranho para Edison Lobão, tanto
que chamava o senador de "tio".
O
dinheiro entregue em 2014 teria sido o pagamento pela participação da empresa
UTC no consórcio vencedor para realizar as obras da usina de Angra 3. Walmir
Pinheiro diz que para não chamar a atenção nos aeroportos, o dinheiro foi
levado de carro de São Paulo para Brasília. Segundo o delator, o dinheiro foi
entregue a uma pessoa autorizada por Edison Lobão e que se chama André Serwy e
que tratava o senador maranhense por “tio”.
Parte
do depoimento foi trazida a público por O Estado de São Paulo: “Que tais pagamentos ocorreram
no decorrer do ano de 2014, pouco antes da contratação final; que questionado
sobre a operacionalização deste pagamento, afirmou que foi pago em três
parcelas; que em duas delas André Serwy foi pessoalmente no escritório da UTC,
em São Paulo, pegando o dinheiro em espécie com o próprio declarante; Que André
Serwy foi sozinho ao escritório da UTC em São Paulo e comentou que iria voltar
para Brasília de carro, para evitar possíveis problemas no aeroporto, em razão
das quantias em espécie”, declarou o diretor da UTC.