A recente reunião entre Felipe Camarão e figuras importantes do grupo político de Carlos Brandão (PSB), como Marcus Brandão, Júnior Viana e Rubens Pereira, gerou fortes reações entre os membros mais radicais do “dinismo”. A conversa entre os políticos foi vista por muitos como uma tentativa de aproximação, apaziguação e volta da harmonia, mas não conseguiu amenizar os ânimos entre os principais líderes do grupo, especialmente os deputados Othelino Neto e Márcio Jerry.
Othelino Neto (SD) e Márcio Jerry (PCdoB), descartam qualquer possibilidade de trégua neste momento, mantendo suas posições firmes diante dos recentes acontecimentos. O deputado federal Márcio Jerry, por exemplo, saiu em defesa da tese de anulação da eleição que elegeu Iracema Vale (PSB), à presidência da Assembleia.
A reunião entre Camarão e aliados de Brandão foi vista como uma tentativa de reaproximar os dinistas, mas a proposta de reorganização da SECID, pagamento de emendas impositivas e vaga do TCE em discussão conjunta, não agrada a parte grupo.
Othelino, que se mantém como uma figura de liderança importante na Assembleia, entende que Carlos Brandão não vai cumprir o que for acordado, a exemplo de 2022, que o parlamentar insiste em dizer que foi traído ao ser preterido por Iracema para o comando da Assembleia Legislativa.
Márcio Jerry segue a mesma linha, ainda “ferido” por conta de um possível “descumprimento de acordo” para a disputa eleitoral de Colinas, o deputado federal que seria uma espécie de “porta-voz” do ministro do STF, Flávio Dino, também descarta um entendimento neste momento.
Além de Othelino e Jerry, Rodrigo Lago (PCdoB), Júlio César (PCdoB), Ricardo Rios (PCdoB), Francisco Nagib (PSB)e Carlos Lula (PSB), acompanhariam o entendimento neste momento. Apenas, Leandro Bello (Podemos), estaria pronto para seguir um novo comando, capitaneado por Felipe Camarão (PT).