Cada
ação da Polícia Federal é mais um dia de angústia e desespero no seio
família Sarney. Assim foi com a Operação Catilinárias, deflagrada na
terça-feira (15) pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em mais
uma fase da Lava Jato.
De
acordo com o jornalista Ricardo
Noblat, de O Globo, o ex-presidente José Sarney ligou, nervoso, para o
presidente do Senado, Renan Calheiros. Queria saber o que estava havendo, e se
sua filha Roseana, ex-governadora do Maranhão, citada na Lava-Jato, poderia
também ser alcançada pela operação policial.
Pelo
rumo que tomam as investigações, Sarney precisa preparar o coração para fortes
emoções. Afinal, a Polícia Federal está decidida a limpar a sujeira da
roubalheira e da corrupção que por muito tempo foi arquivada para debaixo dos
tapetes judiciários.
A
Operação Lava Jato investiga um esquema bilionário de desvio e lavagem de
dinheiro envolvendo a Petrobras. Em delação premiada, o ex-diretor da
Petrobras Paulo Roberto Costa disse ter se reunido pessoalmente com Roseana
Sarney para tratar de propina. Segundo o ex-diretor, o senador Edison Lobão,
ex-ministro de Minas e Energia, foi quem solicitou R$ 2 milhões, destinados à
campanha de Roseana ao governo do Estado em 2010. O valor, afirmou Costa, foi
pago em espécie via o doleiro Alberto Youssef. Este afirmou também em delação
premiada à Polícia Federal que pagou propina de R$ 3 milhões para João Abreu, então
chefe da Casa Civil do governo Roseana.