O religioso ainda pediu novamente a prisão do ministro do STF a quem sempre chama de "ditador da toga"
O empresário da fé Silas Malafaia continua fazendo de tudo para ser preso e emplacar um discurso de perseguição religiosa. Em um contundente vídeo divulgado nesta segunda (16), o religioso, conhecido aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenou veementemente a prisão preventiva do general Walter Braga Netto. A ordem de prisão foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no sábado, 14 de dezembro.
Malafaia classificou a decisão de Moraes, a quem sempre faz questão de chamar de “ditador da toga”, como um abuso de poder, afirmando que o ministro "deveria ser preso". A prisão de Braga Netto foi fundamentada na alegação de que o general teria interferido nas investigações que envolvem militares suspeitos de planejar impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022.
"Conversa entre dois generais de um ano e meio atrás não é fato novo nem tampouco fato concreto. Conversa não é fato concreto. Não tem materialidade. Onde está que Braga Netto tentou impedir [as investigações]? Isso é uma vergonha, um abuso de poder do ditador da toga, pra promover a perseguição política", afirmou Malafaia que ultimamente tem atacado de especialista em Constituição e Direito Penal, sem muito sucesso.
Silas também questionou a lógica por trás da prisão, destacando que o inquérito já havia sido concluído há mais de dez dias e que mais de 30 pessoas foram indiciadas. "Como alguém pode ser preso agora por obstrução de uma investigação que já foi concluída? Isso é um absurdo. A prisão de Braga Netto é imoral, ilegal e mancha o Judiciário", declarou o líder religioso.
Em seu discurso, Malafaia ainda atacou o STF, acusando a corte de proteger Moraes e de se transformar em um "Supremo Tribunal da Injustiça". Ele criticou o que chamou de "confraria de amigos" que estaria a serviço do ministro. "Esse sim vem atentando contra o Estado Democrático de Direito. Ele tem que sofrer impeachment e ser preso. Ele preside inquéritos imorais e ilegais, como o da fake news, abuso de poder, usando informações do TSE pra abastecer inquéritos no STF para perseguição política", concluiu.
Porém, o gran finale da fala de Malafaia foi mais uma de suas “profetadas”, o empresário diz que o ministro do STF será julgado/punido por Deus: “eu quero declarar, EM NOME DE JESUS, Alexandre de Moraes, vai chegar a sua vez, ou pelo supremo poder de uma nação, que é o povo ou PELO SUPREMO PODER DO UNIVERSO, QUE É DEUS (...) Deus é o supremo juiz e VOCÊ VAI ACERTAR CONTAS ou com o povo ou com Deus. Declaro em nome de Jesus”. A julgar pelos jejuns de Malafaia (jejuou para Bolsonaro vencer, ele perdeu; jejuou para Flavio Dino não ser ministro, Dino está no STF firme e forte), Moraes terá vida longa e próspera no Supremo Tribunal Federal. E Malafaia continuará vociferando raivosamente por aí, como a única coisa que lhe resta fazer.