Seis pessoas foram feridas e duas delas estão em estado crítico, segundo a polícia local; em 2024, foram registrados 321 ataques contra escolas nos Estados Unidos, o segundo pior ano desde 1996
Um ataque a tiros em uma escola particular cristã em Madison, estado de Wisconsin, nos EUA, deixou três mortos nesta segunda-feira (16).
O episódio ocorreu na Abundant Life Christian School, unidade escolar com cerca de 390 alunos. Um professor e um estudante adolescente, além do suposto atirador, morreram. A polícia local chegou a anunciar que cinco pessoas haviam morrido, mas corrigiu a declaração.
Segundo o chefe de polícia de Madison, Shon Barnes, os agentes foram alertados pouco antes das 11h após receberem uma ligação pelo número 911. Ele afirma ainda que os policiais que atenderam ao chamado não usaram suas armas ao chegar no local.
Seis estudantes estão sendo tratados em hospitais da área, incluindo dois em estado crítico e quatro com ferimentos, mas sem risco de morte.
Controle de armas de fogo nos EUA
Em 2024, foram registrados 321 ataques contra escolas nos Estados Unidos. É o segundo maior número de ocorrências desse tipo desde 1966. O pior foi o ano passado, quando o país registrou 349 ataques.
Os ataques reacendem a discussão sobre um controle maior de armas de fogo no país. Dados levantados pela organização sem fins lucrativos KFF, em 2020 e 2021, "as armas de fogo contribuíram para as mortes de mais crianças de 1 a 17 anos nos EUA do que qualquer outro tipo de ferimento ou doença. A taxa de mortalidade infantil por armas de fogo dobrou nos EUA de uma baixa recente de 1,8 mortes por 100.000 em 2013 para 3,7 em 2021".
"Em nenhum outro país tão grande e rico as armas de fogo estão entre as quatro principais causas de morte de crianças e adolescentes, muito menos a causa número um. Os estados dos EUA com mais leis sobre armas têm taxas mais baixas de mortes de crianças e adolescentes por armas de fogo do que os estados com poucas leis sobre armas de fogo. Mas, mesmo os estados com as menores mortes de crianças e adolescentes por armas de fogo têm taxas muito mais altas do que as experimentadas pelos países pares", diz ainda o relatório da entidade, atualizado em julho de 2023.
