Jornalismo com seriedade

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Este Brasil lindo e trigueiro




Faz 110 anos que nasceu o grande Ary Barroso, retratista do Brasil brasileiro, terra do samba e do pandeiro, do coqueiro que dá coco e de fontes murmurantes. Algumas homenagens de agora do nosso Brasil que dá o nome à sua Aquarela:

1 - Tiririca, que tinha prometido desistir da política, resolveu se candidatar à reeleição. Seus votos ajudam a eleger outros políticos do PR, do mensaleiro Valdemar Costa Neto, e rendem ao partido, cada um, R$ 3,75, de dinheiro público. Seu slogan é "Sem Tiririca, Brasília mica". Tiririca, na última eleição, disse que não sabia o que um deputado federal faz. Hoje ele sabe. Parece que gostou.

2 - Lembra de Eduardo Gaievski, assessor da ministra Gleisi Hoffmann, indicado para coordenar sua candidatura pelo PT ao Governo do Paraná e preso pela acusação de pagar crianças para fazer sexo? Há mais casos estranhos. Gleisi, quando senadora, nomeou Gláudio Renato de Lima, PT, para assistente parlamentar. Quando virou ministra, seu sucessor, Sérgio Souza, PMDB, o recebeu como herança e o mantém até hoje no Senado - embora Gláudio tenha sido condenado em dois processos pela Justiça do Paraná, um por improbidade administrativa, outro por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e concussão. Pedofilia, ladroeira - que dedo tem a ministra-candidata para escolher assessores!

3 - Nerigleikson Paiva de Melo, assessor de Renan Calheiros, acusado de comprar votos, foi demitido do Senado. Quem não tem padrinho morre pagão.

Dos olhos claros de cristal

Há Ary; e há Sílvio Caldas, que celebrou a loirinha, a rainha de seu Carnaval. A folia da rainha vem até hoje: Marli Brambilla e Jaime Dutra Coelho, da cooperativa Coana, de Querência do Norte, Paraná, foram presos, acusados de desviar o dinheiro público destinado à compra de alimentos para creches, escolas e hospitais. Os documentos apreendidos se referem à negociação de repasses da estatal Conab, Cia. Nacional de Abastecimento, com a então senadora Gleisi Hoffmann, hoje ministra, e o deputado federal Zeca Dirceu, ambos do PT paranaense. 

Que dedo tem a senadora que virou ministra para escolher interlocutores!

Cada vez aumenta mais

Ary, Silvio Caldas. E Ricardo Frazão, que criou O Cordão dos Puxa-Sacos, marchinha tão brasileira, sucesso há quase 70 anos. Pois a sra. Luiza Barros elogiou fortemente um discurso da presidente Dilma Rousseff contra o racismo institucional. "Foi um marco no desenvolvimento do país", disse Luiza Barros. 

Quem é Luiza Barros, tão pródiga em elogios a Dilma? É ministra de Dilma.

Me dá um dinheiro aí

Ary, Sílvio Caldas, Frazão. E Homero Ferreira, que compôs o hino dos governantes brasileiros:Me dá um dinheiro aí, sucesso com Moacyr Franco em 1960. Sucesso até na São Paulo de Fernando Haddad, prefeito que nunca deve ter ouvido falar de um artista popular como Moacyr Franco. 

Haddad, com apoio de certos vereadores, multiplicou brutalmente o IPTU. O Ministério Público obteve liminar na Justiça contra a escorcha. Haddad deu uma de joão-sem-braço: disse que não tinha sido notificado e publicou o aumento no Diário Oficial. Falhou: a Justiça anulou a publicação. O prefeito Maldadd vai ter de negociar de novo com os vereadores. 

Nem é Carnaval, mas ainda vai ouvir muito essa marchinha. 

Deixa o barco correr

E, claro, ao lado de todos, entre os melhores, Chico Buarque. A Confederação Nacional dos Transportes divulgou sua pesquisa mensal e estão todos festejando: os governistas porque Dilma continua favoritíssima nas eleições do ano que vem e, no segundo turno, venceria qualquer dos adversários; os oposicionistas porque a avaliação do Governo Dilma caiu de 79 para 39% em seis meses, e porque só 8% dão a sua administração o nível de "ótima" (os tucanos perderam a Presidência quando o índice de "ótimo" de Fernando Henrique era de 23%). 

Todos têm motivo para festejar, mas ninguém deveria estar festejando. Falta quase um ano para as eleições e, como ensina Chico Buarque, "deixa a festa acabar, deixa o barco correr, deixa o dia raiar". Hoje, as pesquisas são como cada um quiser, bastando lê-las conforme a vontade do freguês. Há coisas boas para o Governo - como a vantagem de Dilma no primeiro turno e sua capacidade de derrotar qualquer adversário no segundo; mas a avaliação de Dilma estacionou de um mês para outro, tendo passado de 38 para 39%. A oposição gosta do pequeno índice de "ótimo", mas a rejeição a Dilma caiu bem, para 36,5%. 

E há a economia: se for bem, Dilma vai bem. Se for mal, Dilma irá mal.

O Pintinho Piu

A lista iniciada por Ary Barroso termina aqui com Erisvaldo da Silva e uma música ingênua, grudenta, O Pintinho Piu. Essa história de pinto falar nunca deu muito certo. Pois nesta semana a Polícia estourou em Cotia, SP, um escritório que cuidava da contabilidade do PCC, o crime organizado. As ordens para os contadores saíam da Penitenciária de Presidente Venceslau, "de segurança máxima".


Mas é esquisito: o secretário da Segurança Ferreira Pinto, que deixou o cargo há pouco tempo e está hoje na Fiesp, assegurou que o crime organizado tinha sido desmantelado. E, quando o pintinho pia, quem não há de calar-se?

Governadora troca o Comando da Polícia Militar do Maranhão



Coronel Zanoni Porto
Diante da crise na Segurança do Maranhão, a Governadora exonerou, na tarde de hoje o comandante Geral, O Subcomandante e o Comandante do Policiamento Metropolitano.

O novo Comandante Geral da PM É O CORONEL Zanoni Porto. O tenente-coronel Marco Antonio Alves foi designado para assumir o Policiamento Metropolitano.

O segredo da Islândia, o melhor país para ser mulher



A islandesa Annadís Rudolfsdottir ainda se lembra do dia que mudou a vida de diferentes gerações de mulheres do seu país.

"Senti que, com 11 anos, havia me tornado feminista".

Em 24 de outubro de 1975, milhares de mulheres no país nórdico saíram às ruas para chamar a atenção para seus baixos salários e a falta de reconhecimento de seu papel na sociedade.

"Nem minha mãe, nem suas amigas, nem funcionárias do comércio, nem as professoras trabalharam, cozinharam ou cuidaram de seus filhos naquele dia", contou Rudolfsdottir à BBC Mundo, que ficou sozinha em casa com sua irmã menor.

Nada menos do que 90% das mulheres do país se somaram aos protestos e atos públicos naquele dia.

As empresas não tiveram outra alternativa a não ser receber um grande número de crianças que foram levadas ao trabalho por seus pais, já que muitas escolas, fábricas e lojas fecharam.

"Foi um chamado à ação. Muitos sentem que a solidariedade mostrada neste dia abriu caminho para a eleição, cinco anos depois, de Vigdis Finnbogadottir, a primeira presidente eleita democraticamente no mundo", ressaltou Rudolfsdottir, que coordena o programa sobre estudos de gênero da Universidade da ONU na capital islandesa, Reykjavík.

As manifestações de 1975, seguidas de ações semelhantes em 2005 e 2010, mostram a luta por trás das mudanças que explicam porque a Islândia é, pelo quinto ano consecutivo, o país número um em igualdade de gênero, segundo o ranking anual do Fórum Econômico Mundial.

Mas qual é o segredo deste país de pouco mais de 300 mil habitantes, e o que a América Latina pode aprender com o modelo islandês?

Creches baratas

A acadêmica acredita que para encontrar as causas para a menor disparidade de gênero na Islândia é preciso olhar para as ações do movimento das mulheres, marcado pela paralisação de 1975.

"Em suma, o movimento lutou duramente para criar na sociedade as estruturas necessárias para que as mulheres pudessem participar da política e do mercado de trabalho".

Na Islândia, 82,6% das mulheres em idade economicamente ativa trabalham e respondem por 45,5% da força de trabalho. Ao mesmo tempo, elas têm uma das taxas de fertilidade mais altas da Europa, com 2,1 filhos por mulher. Como conseguem?

Uma das chaves é o acesso a creches de baixo custo.
Leia mais em: O segredo da Islândia, o melhor país para ser mulher

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Bandidos declaram guerra à Polícia, metralham trailers e matam PM

Bandidos declaram guerra à Polícia, metralham trailers e matam PM

PM morto dentro do trailer no bairro Vila Nova
Um policial militar executado, trailers da PM metralhado e ônibus queimados, é o resultado de uma ação de facções criminosas realizada na noite desse sábado (9) em São Luis do Maranhão.
Os bandidos articularam uma ação simultânea em vários pontos da cidade. No bairro de Fátima e bairro Vila Nova os trailers da Polícia Militar foram metralhados. O pior foi no bairro Vila Nova, onde o soldado Francinaldo Sousa Pereira, 41 anos, foi executado com 19 tiros de pistola. No ataque ao bairro de Fátima, foi alvejado o sargento Marco Antonio Correa Cutrim.

Há relatos de pelo menos um assalto a ônibus em que os bandidos tentaram atear fogo ao veículo. 

A Secretaria de Segurança Pública emitiu a seguinte nota:

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) informa que o Serviço de Inteligência, com apoio de homens do Batalhão de Choque e do helicóptero do Grupo Tático Aéreo – GTA, que está sobrevoando áreas de São Luís, está à procura dos envolvidos na morte do soldado Francinaldo Sousa Pereira, durante ataque, neste sábado (9), a um traillerda polícia, na Vila Nova.

A ação da SSP busca identificar, ainda, criminosos, que também num ataque a outro trailler da polícia, balearam o sargento Marco Antonio Correa Cutrim e uma moradora no Bairro de Fátima. Ambos foram levados para o Centro Cirúrgico do Socorrão I

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Policiais ameaçam "relaxar" segurança na Copa



É grande a irritação de policiais e bombeiros com o cerco do Planalto à proposta de emenda constitucional que institui o piso salarial para as corporações. Em conversas com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o sindicalismo de farda fez um, digamos, aviso: sem aumento, não haverá policial que se anime a enfrentar black blocs nas ruas. “Eles dizem que não vão mais conter manifestações. Afirmam que estão sendo achincalhados e atingidos. Lembram que vem aí a Copa do Mundo.”
A PEC 300, como é chamada a proposta de emenda que acomoda na Constituição o piso de policiais e bombeiros, já foi aprovada na Câmara em primeiro turno. Antes de ser enviada ao Senado, os deputados precisariam aprová-la em segundo turno. E Henrique não tem a intenção de levar a encrenca à pauta. Além do Planalto, a grossa maioria dos governadores é contra a matéria.
Governador de Pernambuco e candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos manifestou-se por escrito. Anotou que a PEC 300 custaria às arcas do seu Estado algo como R$ 2 bilhões ao ano. A União estima que a despesa global será de R$ 42 bilhões. A corporação diz é lorota. E fala num espeto de quase R$ 13 bilhões.
Do modo como a emenda foi redigida, a União e os Estados teriam seis meses para negociar um valor nacional para o piso salarial de policiais e bombeiros. O problema, diz Henrique, é que “ninguém seguraria a pressão” depois que a emenda fosse aprovada.